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Countdown Alive
· 09 Jul 2013 · 16:28 ·


Jovem! És uma daquelas pessoas para quem os Kings of Leon não dizem nada, os Green Day já passaram do prazo de validade em 1994 e os Depeche Mode não fazem sentido porque a gótica que querias papar no secundário ficou entretanto gorda e mal casada? Não desesperes: aqui no Bodyspace mostramos-te todas as alternativas (porque é isso que somos, um bando de hipsters de merda fãs de música alternativa) que deverás tomar para que o teu Optimus Alive! 2013 seja tão bom quanto o nosso. Porque um festival não se faz apenas dos cabeças de cartaz, eis os cinco artistas que não podes de todo perder nesta edição do festival mais famoso de Algés, com os respectivos dias e horários:

Japandroids (12 de Julho, 19:50, Palco Heineken): Os canadianos regressam a Portugal depois de um belíssimo concerto no festival de Paredes de Coura de 2012 (diz quem viu, nós não o fizemos mas confiamos nas pessoas) sendo que o mote continua a ser Celebration Rock, na boa um dos melhores dez discos do ano passado. Rock para celebrar a juventude, os amores perdidos, os que continuam, ou para simplesmente partir tudo com a raiva punk que lhes é conhecida e que fará os Green Day corar de inveja. Let's get to France so we can french kiss some french girls!

Jessie Ware (12 de Julho, 22:55, Optimus Clubbing): Comparações a Sade Adu são às pázadas, colaborações com malta da nova vaga electrónica também, canções bonitas para cantarolar é capaz de ser o set inteiro; Jessie Ware estreia-se no país depois de lançar Devotion, primeiro disco de uma carreira que se quer longa. Candura e sofisticação num antro de javardos? Sim, é possível. "Running", "No To Love" e "Night Light" comprová-lo-ão. No final do concerto prevê-se que o Facebook se encha do seguinte comentário: "Jessie Ware <3".

Vampire Weekend (12 de Julho, 00:00, Palco Heineken): Confessemos: era de esperar que, à semelhança dos Tame Impala (já lá vamos), os Vampire Weekend merecessem honras de palco principal, considerando que lançaram dois discos fabulosos e outro que ainda não ouvimos mas que deverá estar igualmente muito bom. Os norte-americanos pousam novamente em Lisboa depois de um concerto neste mesmo local em 2008 e outro, dos melhores que já deverão ter dado, no Campo Pequeno (este sabemo-lo: estávamos lá. Em princípio não haverá a glória suprema de "Diplomat's Son", que é daquelas canções que nos despertam desejos homoeróticos, mas conte-se com "Cousins", "Horchata", "A-Punk" e todas essas malhas que fizeram com que nos apaixonássemos por eles e pelo mundo.

Rhye (13 de Julho, 20:00, Palco Heineken): Que poderemos dizer que "Last Dance" não diga à primeira audição? Os Rhye são demasiado lindos e deverão levar a que este espaço se encha de casalinhos abraçados e a gingar suavemente ao som da voz andrógina do seu vocalista. Autores de um dos melhores discos deste ano, os Rhye, se houver justiça no mundo, terão tanto impacto como tiveram, por exemplo, os XX (escreve-se The xx, já sabemos) ou James Blake; basta acreditar. Ou não ser surdo.

Tame Impala + Phoenix (20h10 / 21h20, Palco Optimus): Não é um só, mas dois concertos para se ver de seguida. Os primeiros virão até cá para pintar Algés com um pouco de música e de psicadelismo, os segundos para tocar, basicamente, "Lisztomania" e "Trying To Be Cool", das melhores canções de 2009 e 2013, respectivamente. Se for preciso bater em menores empertigadas (que sdds dos Stooges em 2011) para chegar até às grades, que assim seja.
Paulo Cecílio
pauloandrececilio@gmail.com

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