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CAVEIRA no Porto e em Lisboa
· 04 Dez 2012 · 10:35 ·
© Vera Marmelo

Durante cerca de cinco anos foram uma das mais polarizantes bandas surgidas no burgo. Talvez por terem sido uma das mais tumultuosas, a estilhaçar o rock pela sua via mais libertária e vital. Do trio inicial formado por Pedro Gomes e Rita Vozone nas guitarras e Joaquim Albergaria na bateria, até ao duo – depois da saída de Rita Vozone – com que a banda se apresentou pela última vez em Abril de 2010, foram um contínuo de reinvenção nervosa e feérica absolutamente fulcral. Tendo em conta o espaço temporal decorrido e uma nova formação onde pontificam o André Abel na guitarra e o Gabriel Ferrandini na bateria, poder-se-ia pensar num regresso da banda, mas é o próprio Pedro Gomes que assume não encarar “tanto a questão como um regresso aos CAVEIRA, mas sim uma continuação que, por várias razões foi sendo atrasada”.

Durante este hiato, Gomes e Ferrandini tocaram juntos por diversas vezes – com estreia no Festival Rescaldo em 2011 – e, nas palavras desse primeiro “estava já a sonhar as coisas de uma forma concreta no que diz respeito a quem idealmente queria ter ao meu lado nesta música, e falei com o André Abel, que é dos meus guitarristas predilectos, por razões praticamente infinitas”. Tendo em conta a agenda preenchida dos três músicos, foi necessário reunir todas as condições necessárias – disponibilidade anímica e temporal, que coincidiu também com o fim dos Aquaparque – para arrancar de vez com a música. “No que diz respeito à utilização do nome, depois de ter pensado bem no assunto e de ter tido a maior benção por parte do Quim, concluí que o eixo blues, rock e jazz da banda se mantinham por completo, tal como as utilizações vocabulares e estruturantes da música. Mais importante, aquilo que se encara na música de CAVEIRA, continua a ser, na sua essência, o mesmo. As formas tímbricas, rítmicas e texturais serão outras, mas a obsessão central da frase continua intacta, tal como a mecânica, que é a de uma banda que trabalha (em ensaio e concerto) sem música escrita.”

Ou seja, a essência e o sentido de progressão contínua mantém-se intactos para dois concertos a acontecer ainda antes de findar o ano. No próximo dia 7, o trio encerrará as mensalidades Mana no espaço d'O Meu Mercedes no Porto - a começar pelas 23:30h. No dia 12, apresenta-se na ZDB, com primeira parte do grande Rodrigo Amado, com início marcado para as 22h.
Bruno Silva
celasdeathsquad@gmail.com

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