ÚLTIMAS
Mão Morta editam Pesadelo em Peluche a 19 de Abril
· 01 Abr 2010 · 14:56 ·
Numa altura em que celebram os 25 anos de carreira, os Mão Morta editam a 19 de Abril o seu novo álbum de originais e o primeiro com selo da Universal Music Portugal, Pesadelo em Peluche. O álbum, com doze temas, incluindo o primeiro single já a rodar nas rádios, "Novelos da Paixão", conta com a colaboração de Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, no tema "Como um Vampiro". A apresentação oficial de Pesadelo em Peluche está marcada para dia 29 de Abril, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
Para Adolfo Luxúria Canibal, Pesadelo em Peluche é assim: "teve como ponto de partida o livro The Atrocity Exhibition (A Feira de Atrocidades), de J. G. Ballard, e a questão aà levantada da nova percepção do real que o panorama mediático e cultural instituÃdo pela moderna comunicação de massas induz no indivÃduo. É sobejamente conhecida a anedota do miúdo urbano que se espanta ante a visão de uma galinha viva porque só a figurava depenada e dependurada nos talhos e nos supermercados. Da mesma forma, com o devido reajuste de escala, que traços de personalidade são sulcados no sujeito diariamente exposto à s imagens choque de guerras, acidentes, crimes ou catástrofes naturais que enchem os noticiários televisivos, aos paradigmas produzidos pela publicidade na permanente exaltação de objectos quotidianos como o champô, o automóvel, os destinos de férias ou os gadgets tecnológicos, aos mexericos emocionais da vida privada de vedetas televisivas e demais figuras públicas constantemente expostos nas capas das revistas e nos escaparates dos quiosques, aos infindáveis cenários de auto-estradas, engarrafamentos, viadutos, aeroportos e vastos bairros uniformes que lhe marginam as jornadas casa trabalho? Essa matéria visual da cultura mediática e os novos desejos e padrões psÃquicos que fomenta constituem o cerne das histórias contidas nas canções e também a premissa para a sua composição, desenvolvida a partir de algumas das matrizes que os últimos 30 anos da história do rock fixaram. Assim, os riffs ou as batidas à maneira de servem para enquadrar narrativas psicóticas onde a pulsão sexual é alimentada por estranhos fetiches e a morte não passa de uma ficção conceptual carregada de encantos obscenos. Como se, perdido o equilÃbrio genésico, a vida se transmutasse num perturbante pesadelo de desconcerto numa mente entorpecida pelo peluche do conforto".
André GomesPara Adolfo Luxúria Canibal, Pesadelo em Peluche é assim: "teve como ponto de partida o livro The Atrocity Exhibition (A Feira de Atrocidades), de J. G. Ballard, e a questão aà levantada da nova percepção do real que o panorama mediático e cultural instituÃdo pela moderna comunicação de massas induz no indivÃduo. É sobejamente conhecida a anedota do miúdo urbano que se espanta ante a visão de uma galinha viva porque só a figurava depenada e dependurada nos talhos e nos supermercados. Da mesma forma, com o devido reajuste de escala, que traços de personalidade são sulcados no sujeito diariamente exposto à s imagens choque de guerras, acidentes, crimes ou catástrofes naturais que enchem os noticiários televisivos, aos paradigmas produzidos pela publicidade na permanente exaltação de objectos quotidianos como o champô, o automóvel, os destinos de férias ou os gadgets tecnológicos, aos mexericos emocionais da vida privada de vedetas televisivas e demais figuras públicas constantemente expostos nas capas das revistas e nos escaparates dos quiosques, aos infindáveis cenários de auto-estradas, engarrafamentos, viadutos, aeroportos e vastos bairros uniformes que lhe marginam as jornadas casa trabalho? Essa matéria visual da cultura mediática e os novos desejos e padrões psÃquicos que fomenta constituem o cerne das histórias contidas nas canções e também a premissa para a sua composição, desenvolvida a partir de algumas das matrizes que os últimos 30 anos da história do rock fixaram. Assim, os riffs ou as batidas à maneira de servem para enquadrar narrativas psicóticas onde a pulsão sexual é alimentada por estranhos fetiches e a morte não passa de uma ficção conceptual carregada de encantos obscenos. Como se, perdido o equilÃbrio genésico, a vida se transmutasse num perturbante pesadelo de desconcerto numa mente entorpecida pelo peluche do conforto".
andregomes@bodyspace.net