Spektrum - Festival Hi-TeCa
Teatro Carlos Alberto, Porto
15 Set 2004
A edição de 2004 do Festival Hi-TeCa comprometia-se, nas palavras de Pedro Santos, o comissário responsável pelo ciclo, a promover “encontros e cruzamentos de artistas nacionais e internacionais que se têm aventurado na pesquisa das combinações possíveis entre as novas tecnologias e a criação artística”. Ao Teatro Carlos Alberto - que se encontra a comemorar o seu primeiro ano de vida após a reabertura – cabem as honras de anfitrião de um evento que parece fazer as delícias do público portuense. Casa cheia, filas formadas na esperança de se encontrar uma que permitisse a entrada na sala e muitas caras conhecidas do mundo da cidade do Porto. No muito sumptuoso hall de entrada do Teatro cruzavam-se algumas conversas sempre actuais sobre os concertos de Madonna ou sobre as expectativas em relação ao concerto dos Spektrum, a banda britânica responsável por Enter The... Spektrum, disco que desenvolve uma excitante amálgama de disco, funk, punk, new wave e parentes próximos.
A tela vermelha que servia de cenário para o palco não podia fazer mais sentido. Os Spektrum mostram que o sexo está por toda a parte – basta procurá-lo. A mostrar isso mesmo, Lola Olafisoye entrou em palco com uma camisola justa, um saiote branco e começou desde logo a espalhar sensualidade. A acompanhá-la, Gabriel Olegavich nos teclados e nas vozes, o excêntrico Issac Tucker na bateria e Teia Williams no baixo formavam o quarteto. Pensa-se então nuns ESG mais fornecidos, pensa-se em batidas desengonçadas, estilhaços electrónicos e toda a líbido que possa caber numa só música. Pensa-se em linhas de baixo fortes e viciantes, batidas quebradas e arremessadas ao chão, estilo, suor e algumas lágrimas. Pensa-se ainda no pós-punk, no funk semi-despido, em elementos de house e ainda mais sexo. Não faltou a excentricidade de “Interference (Radio)”, os coros e percussão acelerada em “Low Down”, a parafernália de sons electrónicos e as linhas de baixo sensuais de “Breaker” e a fúria de “Freefall”. A secção baixo/percussão dos Spektrum é no mínimo impressionante.
A presença em palco de Lola Olafisoye é também ela impressionante. Movimenta-se por todo o palco, dança, salta. Issac Tucker, o baterista, passa a vida a brincar com o público e com o resto da banda: levanta-se, corre pelo palco e solta meia dúzia de piadas. O público, esse, por estar sentado, vê-se obrigado a executar aquilo que se pode chamar de “dança sentada” – não fossem os lugares sentados, ter-se-ia assistido a uma festa de proporções superiores. Mas com “Freefall”, essa mesma dança sentada acaba por se quebrar: meia dúzia de meninas levantam-se, respondendo às cada vez mais intensas batidas que a banda fornecia. O ambiente de festa prolongou-se até ao encore, onde os Spektrum apresentariam mais dois temas, fechando uma actuação que confirmou os Spektrum como um projecto a ter em muita conta.
A tela vermelha que servia de cenário para o palco não podia fazer mais sentido. Os Spektrum mostram que o sexo está por toda a parte – basta procurá-lo. A mostrar isso mesmo, Lola Olafisoye entrou em palco com uma camisola justa, um saiote branco e começou desde logo a espalhar sensualidade. A acompanhá-la, Gabriel Olegavich nos teclados e nas vozes, o excêntrico Issac Tucker na bateria e Teia Williams no baixo formavam o quarteto. Pensa-se então nuns ESG mais fornecidos, pensa-se em batidas desengonçadas, estilhaços electrónicos e toda a líbido que possa caber numa só música. Pensa-se em linhas de baixo fortes e viciantes, batidas quebradas e arremessadas ao chão, estilo, suor e algumas lágrimas. Pensa-se ainda no pós-punk, no funk semi-despido, em elementos de house e ainda mais sexo. Não faltou a excentricidade de “Interference (Radio)”, os coros e percussão acelerada em “Low Down”, a parafernália de sons electrónicos e as linhas de baixo sensuais de “Breaker” e a fúria de “Freefall”. A secção baixo/percussão dos Spektrum é no mínimo impressionante.
A presença em palco de Lola Olafisoye é também ela impressionante. Movimenta-se por todo o palco, dança, salta. Issac Tucker, o baterista, passa a vida a brincar com o público e com o resto da banda: levanta-se, corre pelo palco e solta meia dúzia de piadas. O público, esse, por estar sentado, vê-se obrigado a executar aquilo que se pode chamar de “dança sentada” – não fossem os lugares sentados, ter-se-ia assistido a uma festa de proporções superiores. Mas com “Freefall”, essa mesma dança sentada acaba por se quebrar: meia dúzia de meninas levantam-se, respondendo às cada vez mais intensas batidas que a banda fornecia. O ambiente de festa prolongou-se até ao encore, onde os Spektrum apresentariam mais dois temas, fechando uma actuação que confirmou os Spektrum como um projecto a ter em muita conta.
· 15 Set 2004 · 08:00 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
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