Kate Walsh
Café Concerto Rivoli, Porto
01 Jul 2004
De Burnham On Crouch, Inglaterra, até à cidade do Porto são cerca de 1993 Km, mas nunca foi do conhecimento de alguém que a distância e o tempo pudessem retirar a força a uma voz que ultrapassaria tudo e todos para se fazer ouvir. Embora seja uma menina de 21 anos, Kate Walsh é já senhora de uma bela voz. O seu álbum de estreia, Clocktower Park – o nome advém de um largo onde a juventude de Burnham On Crouch se reúne – é o motivo para uma visita a Portugal que inclui quatro concertos. Quem conhece o café-concerto do Rivoli, sabe que este é um dos sítios mais aconselháveis para um concerto deste tipo: um palco em madeira mostra no seu fundo três janelas que mostram a noite do Porto; as mesas, muitas, iluminadas por pequenas velas; as luzes a meio tom. Depois de todo o material montado – dois microfones, uma guitarra acústica e uma eléctrica – Kate e Rick Oliver, o guitarrista que a acompanha, subiram ao palco sob os olhares atentos do público.
Kate Walsh é uma menina tímida. Mas como em quase todos os casos, a timidez dissolve-se ao primeiro acorde, à primeira palavra, ao primeiro sentimento esculpido por entre palavras e frases que nunca se pensou dizer em frente de uma plateia – e quanto respeito merecem aqueles que o fazem. Kate disparou canções conduzidas pelas suas mãos suaves, ainda um pouco nervosas, mas sempre seguras. Quatro anéis reluzentes – dois em cada mão – resplandeciam e também a ternura da sua voz. A fórmula não é desconhecida por ninguém, mas nestes casos é a voz que adiciona algo de novo. E a voz de Kate Walsh é, no mínimo, encorajadora e meiga. As canções são simples, e ao vivo tornam-se ainda mais despidas. Se no disco se pode ouvir pianos, cordas e toda uma banda, em concerto é do formato acústico que se reconstroem as canções de Kate Walsh. Rick Oliver, na guitarra eléctrica, acompanhou-a na perfeição até que, infelizmente, surgiram alguns problemas técnicos delicados. A partir daí, e durante umas quatro canções, acompanhou Kate como segunda voz (tarefa que aliás havia cumprido durante todo o concerto).
As suas canções falam muitas vezes da sua terra natal, das suas experiências, dos dias que escurecem e das pequenas coisas que fazem algumas grandes canções. A sua voz não deslumbra, mas encanta muitas vezes. Pela sua naturalidade, pela sua doçura. Diz-se influenciada por senhoras como Janis Joplin, Joni Mitchell ou Joan Baez mas se fosse necessária comparação seria em Aimee Mann que recairiam as escolhas. De Clocktower Park, apresentou canções como “June Bug”, “Quicksand”, “Star”, o single “It’s Never Over” e a belíssima “Holes in my Jacket“. Kate Walsh, vestida como a noite, escura, apresentaria ainda duas novas canções que provavelmente irão fazer parte do seu próximo álbum de originais. Uma dessas novas canções, “Talk of the Town” é, nas suas palavras, uma canção sobre a localidade que a viu nascer. Mas a conquista havia começado cedo, na voz e na simpatia que mostrou desde o início. Apresentou-se em português e despediu-se com um sorriso bonito.
Kate Walsh é uma menina tímida. Mas como em quase todos os casos, a timidez dissolve-se ao primeiro acorde, à primeira palavra, ao primeiro sentimento esculpido por entre palavras e frases que nunca se pensou dizer em frente de uma plateia – e quanto respeito merecem aqueles que o fazem. Kate disparou canções conduzidas pelas suas mãos suaves, ainda um pouco nervosas, mas sempre seguras. Quatro anéis reluzentes – dois em cada mão – resplandeciam e também a ternura da sua voz. A fórmula não é desconhecida por ninguém, mas nestes casos é a voz que adiciona algo de novo. E a voz de Kate Walsh é, no mínimo, encorajadora e meiga. As canções são simples, e ao vivo tornam-se ainda mais despidas. Se no disco se pode ouvir pianos, cordas e toda uma banda, em concerto é do formato acústico que se reconstroem as canções de Kate Walsh. Rick Oliver, na guitarra eléctrica, acompanhou-a na perfeição até que, infelizmente, surgiram alguns problemas técnicos delicados. A partir daí, e durante umas quatro canções, acompanhou Kate como segunda voz (tarefa que aliás havia cumprido durante todo o concerto).
As suas canções falam muitas vezes da sua terra natal, das suas experiências, dos dias que escurecem e das pequenas coisas que fazem algumas grandes canções. A sua voz não deslumbra, mas encanta muitas vezes. Pela sua naturalidade, pela sua doçura. Diz-se influenciada por senhoras como Janis Joplin, Joni Mitchell ou Joan Baez mas se fosse necessária comparação seria em Aimee Mann que recairiam as escolhas. De Clocktower Park, apresentou canções como “June Bug”, “Quicksand”, “Star”, o single “It’s Never Over” e a belíssima “Holes in my Jacket“. Kate Walsh, vestida como a noite, escura, apresentaria ainda duas novas canções que provavelmente irão fazer parte do seu próximo álbum de originais. Uma dessas novas canções, “Talk of the Town” é, nas suas palavras, uma canção sobre a localidade que a viu nascer. Mas a conquista havia começado cedo, na voz e na simpatia que mostrou desde o início. Apresentou-se em português e despediu-se com um sorriso bonito.
· 01 Jul 2004 · 08:00 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
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