Buraka Som Sistema
Pavilhão Multiusos, Guimarães
28 Jan 2012
Quem os viu e quem os vê. Ainda não há muito tempo eram aqueles tipos da “Yah” que faziam kuduro progressivo e agora são uma das maiores exportações da música portuguesa - que felizmente soube alargar a palete musical para bem da sua própria sobrevivência. Komba pode não ser tudo aquilo que se esperava que fosse, mas é de certa forma o disco de amadurecimento dos Buraka; e um disco que ao vivo ombreia bastante bem com o que está no passado recente. Não nos esqueçamos que a concepção de Buraka Som Sistem aconteceu há menos tempo do que aquilo que parece.

© Angela Costa

Em Guimarães, no encerramento da primeira semana da Capital Europeia da Cultura 2012, os Buraka Som sistema mostraram o espectáculo todo que há em Komba: grandes cenários, muitas projecções, muita luz, muito movimento. E, felizmente, muita música. E superiormente entregue. Da imbatível “Hangover (BaBaBa)” a “Yah”, passando por “(We Stay) Up all night” ou “Kalemba (wegue wegue)”, os Buraka Som Sistema são frescos, universais, realmente únicos (e esta palavra é usada hoje em dia ao desbarato).

© Angela Costa

Ao longo de mais de uma hora, numa sala cheia (na disposição adaptada do Multiusos), para um público maioritariamente jovem (é interessante o interesse de uma nova geração na música dos Buraka), os Buraka Som Sistema justificaram a aposta da Capital Europeia da Cultura e a fama dos concertos intensos. Catalogações à parte, os Buraka foram grandes num campeonato que é só deles.

© Angela Costa
· 05 Fev 2012 · 13:53 ·
André Gomes
andregomes@bodyspace.net
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