Six Organs of Admittance
Culturgest, Porto
09 Set 2011
Mesmo que algum dia tivéssemos ficado chateados com Ben Chasney por este ter deixado um pouco de parte a sua existência a solo, tanto nos discos como em concerto, muito por culpa da sua colaboração com os Comets on Fire, com o concerto que assinou na Culturgest, Porto, na passada sexta-feira, não nos restaria senão desculpá-lo. Afinal de contas as saudades falavam mais altas; de o ter ali, sozinho e entregue guitarra, com a humanidade que não quer nem consegue esconder. Numa noite de alinhamento certeiro, foi saltando de discos em disco percorrendo quase todo o seu repertório. Já clássico. Pelo menos é assim que soa.
A cidade do Porto soube portar-se à altura do momento e esgotou a sala da Culturgest à sua chegada. Apesar de não ser possível ver Ben Chasney nas últimas filas da sala, era possível ouvi-lo fazer magia na guitarra; e ainda mais, na voz. Abençoado o dia em que Ben Chasney descobriu que sabia cantar. Com ou sem voz, canções como “Elk River” ou “Lisboa” – não podemos chamar-lhes outra coisa senão canções – Ben Chasney foi espalhando encantamento, emoção pura, muito para além da técnica apurada.
Foi construindo uma teia de intimismo que acabou por chegar, aparentemente, a todos. Entre disco e disco, mesmo quando despiu ao essencial canções que chegaram a disco de banda completa e com corpo cheio, o seu talento e coerência mostraram-se intemporais. Foi vagueando pelos anos que passaram pela sua carreira e foi recebido de braços abertos, claro. Como não podia de deixar de ser. Não surpreende. Resta desejar que Ben Chasney tenha a seriedade de passar por Portugal mais vezes. Especialmente neste formato: sem defesas e em carne viva.
A cidade do Porto soube portar-se à altura do momento e esgotou a sala da Culturgest à sua chegada. Apesar de não ser possível ver Ben Chasney nas últimas filas da sala, era possível ouvi-lo fazer magia na guitarra; e ainda mais, na voz. Abençoado o dia em que Ben Chasney descobriu que sabia cantar. Com ou sem voz, canções como “Elk River” ou “Lisboa” – não podemos chamar-lhes outra coisa senão canções – Ben Chasney foi espalhando encantamento, emoção pura, muito para além da técnica apurada.
Foi construindo uma teia de intimismo que acabou por chegar, aparentemente, a todos. Entre disco e disco, mesmo quando despiu ao essencial canções que chegaram a disco de banda completa e com corpo cheio, o seu talento e coerência mostraram-se intemporais. Foi vagueando pelos anos que passaram pela sua carreira e foi recebido de braços abertos, claro. Como não podia de deixar de ser. Não surpreende. Resta desejar que Ben Chasney tenha a seriedade de passar por Portugal mais vezes. Especialmente neste formato: sem defesas e em carne viva.
· 14 Set 2011 · 01:27 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
ÚLTIMAS REPORTAGENS

ÚLTIMAS