Stephen O´Malley
Culturgest, Porto
11 Abr 2009
Foi uma Culturgest relativamente bem composta que recebeu o concerto de estreia a solo de Stephen O'Malley em Portugal, depois de uma passagem dos seus Sunn 0))) pela Casa da Música em 2006. O concerto - o primeiro de um ciclo que a promotora Filho Único está a organizar na sala de exposições portuense - surgiu poucos dias depois do de Earth, fazendo da semana que passou uma ceia farta, pré-pascal, para os amantes do drone. Mas adiante.
Como esperado, O'Malley apareceu apenas com uma guitarra eléctrica, ladeado de duas projecções em vÃdeo incatalogáveis, que mostravam o resultado, segundo explicou um elemento da Filho Único ao Bodyspace, da reacção de um agente quÃmico a ondas de som. A aura abstracta encontrou eco no som, entidade sobre o qual O'Malley, os Sunn 0))), KTL e Æthenor - os seus projectos em actividade mais reconhecidos – vêm estudando e trabalhando.
Durante menos de uma hora, O'Malley cruzou os riffs à Sunn 0))), graves e saturados, com uma abordagem mais lÃrica e psicadélica ao instrumento. De loop em loop, O' Malley construiu uma única peça em que conviveram diferentes ideias de som contÃnuo: ragas indianas, em versão eléctrica, entrecortadas por massas de som grave, solilóquios e lamentos à guitarra, não muito distantes do que os Earth têm feito nos últimos tempos, sorvendo inspiração da música instrumental de guitarras (o Neil Young de Dead Man, por exemplo).
Ao concerto faltou apenas o poder sónico que se exige de O' Malley, por força das condições impostas pelo edifÃcio. Mesmo assim, o guitarrista demonstrou o encanto que esta música – uma massagem com formas só aparentemente feias – tem, sobretudo no contexto "ao vivo". Tomado o aperitivo, pede-se, agora, um regresso dos Sunn 0))) a Portugal.
© Jorge Silva |
Como esperado, O'Malley apareceu apenas com uma guitarra eléctrica, ladeado de duas projecções em vÃdeo incatalogáveis, que mostravam o resultado, segundo explicou um elemento da Filho Único ao Bodyspace, da reacção de um agente quÃmico a ondas de som. A aura abstracta encontrou eco no som, entidade sobre o qual O'Malley, os Sunn 0))), KTL e Æthenor - os seus projectos em actividade mais reconhecidos – vêm estudando e trabalhando.
© Jorge Silva |
Durante menos de uma hora, O'Malley cruzou os riffs à Sunn 0))), graves e saturados, com uma abordagem mais lÃrica e psicadélica ao instrumento. De loop em loop, O' Malley construiu uma única peça em que conviveram diferentes ideias de som contÃnuo: ragas indianas, em versão eléctrica, entrecortadas por massas de som grave, solilóquios e lamentos à guitarra, não muito distantes do que os Earth têm feito nos últimos tempos, sorvendo inspiração da música instrumental de guitarras (o Neil Young de Dead Man, por exemplo).
Ao concerto faltou apenas o poder sónico que se exige de O' Malley, por força das condições impostas pelo edifÃcio. Mesmo assim, o guitarrista demonstrou o encanto que esta música – uma massagem com formas só aparentemente feias – tem, sobretudo no contexto "ao vivo". Tomado o aperitivo, pede-se, agora, um regresso dos Sunn 0))) a Portugal.
· 15 Abr 2009 · 23:09 ·
Pedro Riospedrosantosrios@gmail.com
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