The Who
Pavilhão Atlântico, Lisboa
16 Mai 2007
“I Can’t Explain”, o primeiro hit da história dos The Who, abre o concerto. Enquanto a banda se apresenta com este primeiro tema vão sendo projectadas imagens de arquivo e somos confrontados com a crueldade do tempo: Pete Townshend está careca e já não dá saltos acrobáticos, Roger Daltrey também não consegue disfarçar a idade. Eles, que um dia cantaram “I hope I die before I get old”, afinal enganaram-nos. Sobreviveram e resolveram regressar, certamente para rentabilizar o respeitado estatuto de “uma das maiores bandas rock de sempre”.
Apesar do novo disco, Endless Wire (2006), são os clássicos que arrastam os fãs ao Atlântico. O pavilhão da Expo’98 está a meia casa e a maioria dos espectadores ultrapassa os quarenta anos de idade. A banda não desilude e vai apresentando os êxitos, alternados com outros temas. Há espaço para tudo: “Who Are You”, a nova mini-ópera “Wire & Glass” (seis pequenas canções que estão à altura da história da banda), a balada (foleirona) “Behind Blue Eyes” e o hino “My Generation”. E, claro, não poderia faltar “Baba O’Riley”, com todo o público a gritar “teenage wasteland, it’a only teenage wasteland”. Para fechar o alinhamento oficial fica guardada “Won’t Get Fooled Again”, que o público acompanha entusiasticamente. O encore traz quase meia dúzia de temas extra, incluindo os obrigatórios “The Kids Are Alright” e “Pinball Wizard”.
Se o contributo dos The Who para a história da música popular do século XX é amplamente reconhecido, pelo seu rock enérgico e vibrante registado numa mão cheia de discos essenciais, pouco haverá agora a acrescentar. Mas por termos a oportunidade de ver Daltrey e Townshend, acompanhados por mais quatro músicos, a interpretar com muita competência um lote de músicas que fizeram parte da história das nossas vidas, só podemos dar graças. Pete Townshend roda o braço no ar e ataca a guitarra. É este o Pete que queríamos ver, o do rock coberto de entusiasmo adolescente. Melhor só mesmo se pudéssemos espreitar como era em 1965 ou 1971, mas por enquanto não foram inventadas máquinas do tempo.
Apesar do novo disco, Endless Wire (2006), são os clássicos que arrastam os fãs ao Atlântico. O pavilhão da Expo’98 está a meia casa e a maioria dos espectadores ultrapassa os quarenta anos de idade. A banda não desilude e vai apresentando os êxitos, alternados com outros temas. Há espaço para tudo: “Who Are You”, a nova mini-ópera “Wire & Glass” (seis pequenas canções que estão à altura da história da banda), a balada (foleirona) “Behind Blue Eyes” e o hino “My Generation”. E, claro, não poderia faltar “Baba O’Riley”, com todo o público a gritar “teenage wasteland, it’a only teenage wasteland”. Para fechar o alinhamento oficial fica guardada “Won’t Get Fooled Again”, que o público acompanha entusiasticamente. O encore traz quase meia dúzia de temas extra, incluindo os obrigatórios “The Kids Are Alright” e “Pinball Wizard”.
Se o contributo dos The Who para a história da música popular do século XX é amplamente reconhecido, pelo seu rock enérgico e vibrante registado numa mão cheia de discos essenciais, pouco haverá agora a acrescentar. Mas por termos a oportunidade de ver Daltrey e Townshend, acompanhados por mais quatro músicos, a interpretar com muita competência um lote de músicas que fizeram parte da história das nossas vidas, só podemos dar graças. Pete Townshend roda o braço no ar e ataca a guitarra. É este o Pete que queríamos ver, o do rock coberto de entusiasmo adolescente. Melhor só mesmo se pudéssemos espreitar como era em 1965 ou 1971, mas por enquanto não foram inventadas máquinas do tempo.
· 16 Mai 2007 · 08:00 ·
Nuno Catarinonunocatarino@gmail.com
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