The Blood Brothers / White Circle Crime Club
Copérnico, Madrid
19 Fev 2007
A zona de Moncloa é especialmente conhecida por ser o local onde Zapatero exerce as suas funções de chefe do governo espanhol. É ao mesmo tempo local de entrada e saída da cidade e a zona onde se situa uma casa que se conhece pelo nome de Copérnico, aparentemente em memória do astrólogo polaco. É uma sala algo imponente feita maioritariamente de madeira (e/ou imitação), a fazer lembrar de certa forma o falecido Hard Club, em Gaia. Nas paredes existem e no chão existem motivos que lembram a actividade exercida por Nicolás Copérnico; pela sala notava-se a presença de seguranças privados bem visíveis a olho nu (óculos escuros e braços cruzados são aquela marca inconfundível).
A sala Copérnico recebia duas propostas distintas mas com pontos em comum. Os belgas White Circle Crime Club acompanhavam as figuras centrais da noite, os rebeldes Blood Brothers. O quinteto de Seattle regressava a Madrid com motivos diferentes dos da última vez: agora era o recém-editado Young Machetes o principal fundamento para a deslocação à capital espanhola. Morgan Henderson (baixo, teclas), Jordan Blilie (voz), Mark Gajadhar, (bateria), Cody Votolato (guitarra) e Johnny Whitney (voz, teclas). São eles que mal entram em palco afirmam que até poderiam dizer “hola” mas que não queriam parecer Bono dos U2. Logo de seguida instalam o caos sónico com guitarras em fúria e vozes com atitude similar.
Jordan Blilie e Johnny Whitney parecem dois MCs na frente do palco; vão alternando nas vozes ou disparam a mensagem em conjunto. Foi da última forma que bem cedo na actuação gritaram “Set fire to the face on fire”, o tema de abertura de Young Machetes: “Set fire to the horse on fire / Set fire to the dress on fire / Set fire to the stage on fire / Set fire to the stars on fire”. Os Blood Brothers são uma bola de fogo que combina hardcore com pós-punk, que brinca com teclados algo surpreendentes na mistura, que sofre influências nowaveianas, que lembra os Fugazi. Tudo foi motivo para que, lá à frente, se instalasse um caos saudável entre o público, respondendo assim aos incentivos musicais vindos do palco. A sintonia entre o palco e o público foi perfeita durante toda a actuação. Em raiva e em fúria.
Na primeira parte actuaram os White Circle Crime Club, vindos de Antuérpia e com A present perfect ainda quente. O quarteto belga trouxe a Madrid mostras de um pós-punk directo por vezes interrompido por longas e surpreendentes explorações instrumentais. Os White Circle Crime Club parecem gostar de brincar um pouco com aquilo que se poderia esperar deles. Não foram sempre interessantes mas a fusão das guitarras com teclados e a força de certos temas (alguns deles provenientes do mais recente A present perfect) chegou para o teste dar resultado positivo.
A sala Copérnico recebia duas propostas distintas mas com pontos em comum. Os belgas White Circle Crime Club acompanhavam as figuras centrais da noite, os rebeldes Blood Brothers. O quinteto de Seattle regressava a Madrid com motivos diferentes dos da última vez: agora era o recém-editado Young Machetes o principal fundamento para a deslocação à capital espanhola. Morgan Henderson (baixo, teclas), Jordan Blilie (voz), Mark Gajadhar, (bateria), Cody Votolato (guitarra) e Johnny Whitney (voz, teclas). São eles que mal entram em palco afirmam que até poderiam dizer “hola” mas que não queriam parecer Bono dos U2. Logo de seguida instalam o caos sónico com guitarras em fúria e vozes com atitude similar.
Jordan Blilie e Johnny Whitney parecem dois MCs na frente do palco; vão alternando nas vozes ou disparam a mensagem em conjunto. Foi da última forma que bem cedo na actuação gritaram “Set fire to the face on fire”, o tema de abertura de Young Machetes: “Set fire to the horse on fire / Set fire to the dress on fire / Set fire to the stage on fire / Set fire to the stars on fire”. Os Blood Brothers são uma bola de fogo que combina hardcore com pós-punk, que brinca com teclados algo surpreendentes na mistura, que sofre influências nowaveianas, que lembra os Fugazi. Tudo foi motivo para que, lá à frente, se instalasse um caos saudável entre o público, respondendo assim aos incentivos musicais vindos do palco. A sintonia entre o palco e o público foi perfeita durante toda a actuação. Em raiva e em fúria.
Na primeira parte actuaram os White Circle Crime Club, vindos de Antuérpia e com A present perfect ainda quente. O quarteto belga trouxe a Madrid mostras de um pós-punk directo por vezes interrompido por longas e surpreendentes explorações instrumentais. Os White Circle Crime Club parecem gostar de brincar um pouco com aquilo que se poderia esperar deles. Não foram sempre interessantes mas a fusão das guitarras com teclados e a força de certos temas (alguns deles provenientes do mais recente A present perfect) chegou para o teste dar resultado positivo.
· 19 Fev 2007 · 08:00 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
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