ETC.
DVD
Shut up and Play the hits
LCD Soundsystem
· 28 Dez 2012 · 21:12 ·
Shut up and Play the hits
LCD Soundsystem
2012
Pulse Films
LCD Soundsystem
2012
Pulse Films
Shut up and Play the hits
LCD Soundsystem
2012
Pulse Films
LCD Soundsystem
2012
Pulse Films
Recordar os LCD Soundsystem ou como guardar uma enorme celebração dentro de um DVD.
James Murphy acorda e está na cama. Brinca com o cão, faz a barba, vê a colecção de vinil, sai à, dá uma entrevista, passeia pela cidade, fala com pessoas que não conhece. Mostra-se anti-herói, um tipo normal, o vizinho do lado. Para trás tem um dos percursos mais excitantes da música feita na década passada com os LCD Soundsystem. Pela frente tem um último concerto, uma espécie de última celebração. E que bela celebração.
Shut up and play the hits não quer ser mais do que isso: lembrar aquela última noite na vida dos LCD Soundystem e, entre canções, contar a história improvável de James Murphy. A história do rock star tardio, do gordo que não “vai à baliza” e que, em vez disso, torna-se fundador de uma bandas mais relevantes da década dos dois zeros. Depois o resto são canções; mais ou menos radiofónicas, mais ou menos directas ao assunto, mais ou menos apontadas à pista de dança, mais punk ou menos funk, mas invariavelmente urgentes e celebradoras deste tempo - sem esquecer toda a música feita nas duas décadas anteriores.
Percorrer Shut up and play the hits de uma ponta à outra é, quanto mais não seja, perceber a importância da música que os LCD Soundsystem tiveram na década passada, sobretudo numa altura de tantos monges copistas disfarçados de salvadores do rock. Ouvir James Murphy cantar “I'm losing my edge”, naquela espécie de ode aos tempos modernos que é a canção com nome similar, é aceitar que o futuro está sempre ali à frente – e que não há tronos para ninguém. Mas é também entender que os LCD Soundystem quiseram sair de cena antes que chegasse o tempo de outros. E saber sair antes de ser empurrado é ainda uma das maiores virtudes ao serviço da humanidade.
André GomesShut up and play the hits não quer ser mais do que isso: lembrar aquela última noite na vida dos LCD Soundystem e, entre canções, contar a história improvável de James Murphy. A história do rock star tardio, do gordo que não “vai à baliza” e que, em vez disso, torna-se fundador de uma bandas mais relevantes da década dos dois zeros. Depois o resto são canções; mais ou menos radiofónicas, mais ou menos directas ao assunto, mais ou menos apontadas à pista de dança, mais punk ou menos funk, mas invariavelmente urgentes e celebradoras deste tempo - sem esquecer toda a música feita nas duas décadas anteriores.
Percorrer Shut up and play the hits de uma ponta à outra é, quanto mais não seja, perceber a importância da música que os LCD Soundsystem tiveram na década passada, sobretudo numa altura de tantos monges copistas disfarçados de salvadores do rock. Ouvir James Murphy cantar “I'm losing my edge”, naquela espécie de ode aos tempos modernos que é a canção com nome similar, é aceitar que o futuro está sempre ali à frente – e que não há tronos para ninguém. Mas é também entender que os LCD Soundystem quiseram sair de cena antes que chegasse o tempo de outros. E saber sair antes de ser empurrado é ainda uma das maiores virtudes ao serviço da humanidade.
andregomes@bodyspace.net
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