ENTREVISTAS
Sarah P.
O mundo num acorde
· 07 Jan 2016 · 14:29 ·
Nasceu em Atenas, mas foi em Berlim que voltou a sonhar. De um dos sonhos nasceu Free, EP lançado no dia em que completou 26 invernos e que se define como um hino ao seu renascimento enquanto artista e, fundamentalmente, enquanto ser humano. Depois de um projecto colectivo (Keep Shelly in Athens) e da mudança radical para a capital germânica, esta cantautora grega busca mudar o mundo, pessoa a pessoa, toque a toque, para que daí brote a flor anunciada em cada ser. Dela fica, agora, esta entrevista, onde para além da música propriamente dita, Sarah leva-nos ao coração das suas vivências pessoais e ao interior da sua íris, uma íris que nos mostra uma sociedade que anula a hipótese de se absolutamente concretizar como tal. Não se pense, contudo, que ela se fica pela crítica, ela tem a solução na ponta de um abraço feito de música. Eis Sarah P..
© Anne Tsitselis
Começar de novo em Berlim. Nos últimos anos parece ser este o lema para milhares de europeus. A minha questão é: Porquê Berlim?
Fui aconselhada a mudar-me para Berlim por motivos profissionais e, para ser honesta, naquele ponto da minha vida, precisava de uma mudança drástica. Disseram-me que Berlim se enquadraria perfeitamente na minha personalidade e no meu estilo musical, foi tudo o que precisava de ouvir. Não tinha nada a perder – comprei o bilhete e arrumei a mala. Foi espontâneo. Arrisquei e não me arrependo de nada. Estou feliz por estar em Berlim.
“Refugiado”, em Portugal, foi considerada a palavra do ano. Podemos considerar-te uma espécie de “refugiada musical”?
Em que lugar do mundo, “refugiado” ou “crise”, não foram as palavras do ano? Gosto de me considerar como uma “nómada da música”, mas não, não sou uma refugiada. Os meus bisavôs, quer do lado da minha mãe como do lado do meu pai, tiveram que fugir de Esmirna (actual Turquia, mas que já pertenceu à Grécia) em 1922. Só sei o que passaram pelas histórias que me contaram. Só sei o que os refugiados sírios estão a passar pelas histórias que ouço. Por isso, tudo isto funciona como que se um enorme peso se abatesse sobre o meu coração e, em particular, ao ver os milhares de crianças que perderam os seus pais durante este processo e que, por certo, ficaram traumatizadas para o resto das suas vidas. Tantas famílias desfeitas, tantas pessoas a deixarem as suas vidas para trás e a começarem de novo. O conservador mundo ocidental fundado na premissa da propriedade também não ajuda porque esquece o valor da partilha e recusa-se a construir as pontes necessárias para ultrapassar tão turbulento rio. Na realidade, esse mesmo mundo conservador ocidental beneficia com as guerras no Médio Oriente ao mesmo tempo que num estranho “jogo” aposta as vidas de inocentes. Por isso não, não me considero uma refugiada. Ainda que sendo grega isso me coloque entre os chamados “PIGS” – Portugal, Grécia, Espanha e Irlanda – o que eles não sabem é o que os porcos são super inteligentes, colocam as suas famílias acima de tudo o resto e possuem extraordinários poderes de sobrevivência. Talvez a comparação até não seja má de todo (risos). Se sofri com o racismo? Sim, mas terei eu um lar e uma família que me apoia? Sim. Sou uma sortuda por poder fazer música e simultaneamente ter tanta gente à minha volta que me apoia, que me dá a força necessária para que possa concretizar os meus sonhos. Pela minha música darei a volta ao mundo em qualquer altura, realço, sou uma sortuda por poder fazê-lo. No final de contas, o local onde nascemos acaba por ser completamente arbitrário.
O que é que significa verdadeiramente a citação “Sarah P. não é apenas uma pessoa, mas um movimento que empodera quem se propõe começar de novo”? A capa do teu EP representa uma mulher deitada em posição fetal. É aqui que reside a resposta?
A capa do EP simboliza, em traços gerais, o meu renascimento, tanto artística como mentalmente, aliás, foi por essa razão que o lançamento do EP coincidiu com o meu aniversário. Free é esse renascimento – não admira que tenha chamado à minha editora EraseRestart! Quanto ao “movimento”, tento através da minha música, do meu blog e das minhas entrevistas transmitir as minhas experiências e aconselhar do melhor modo possível quem, como eu, esteja a passar por um momento em que precise de mudar de vida. Por vezes sentimo-nos presos na nossa zona de conforto. Por exemplo, alguns podem considerar difícil acabar com uma relação tempestuosa ou despedirem-se de um trabalho tormentoso para seguirem os seus sonhos, neste ponto, as minhas músicas acabam por ser um espécie de “lembrete” para essas pessoas, um lembrete de quem elas realmente são e de todo o potencial que guardam em si. Poderá parecer um pouco naive, mas eu acredito verdadeiramente que se todos fizermos o que nos faz felizes a Terra poderá ser um local muito mais feliz, um lugar onde o respeito e a integridade reinem.
Não te vou pedir para que definas a tua música, mas se tivesses de explicar a alguém que não conhece a Sarah P. que tipo de sensações a tua música lhe poderá proporcionar, o que lhe dirias?
O EP desenvolve-se como se alguém estivesse a tentar sair de um túnel obscuro, por isso, as minhas canções poderão, por vezes, soar a algo assustador, misterioso, mas simultaneamente luminosos. Diria que as sensações se condensariam em algo agridoce, quero dizer, é tudo acerca de um fim e de um começo e isso é sempre agridoce, certo?
Pergunto-te isto porque, quando escutamos Free, soa-nos a algo verdadeiramente diferente de tudo o que já ouvimos. Seguindo esta lógica, novo som novas sensações ou estarei errado?
Num certo sentido é exactamente isso. Só para que fique registado; eu nunca tive qualquer influência no rumo musical das Keep Shelly in Athens (banda a que Sarah pertenceu), por isso nunca mostrei realmente a ninguém o que tinha guardado no meu armazém, musicalmente falando. No entanto, posso imaginar que as minhas músicas soem de modo mais energético e dinâmico do que nos meus anteriores projectos e isto poderá confundir um pouco quem é fã dessa banda, mas não seria ainda mais confuso se eu tivesse saído da banda e continuasse a fazer o mesmo tipo de música? Estou fora da cena do “sonho Pop” e apesar de ainda existirem elementos que resistem em mim, isto é, não posso mudar completamente o meu estilo, os sons que utilizo e as melodias que escrevo enquadram-se numa perspectiva completamente diferente. Algo que se faz notar ao nível da produção; as vocalizações aparecem mais em primeiro plano, não foram usados tantos reverbs o que acaba por produzir um som diferente, mais cru. Para além disso, a minha voz também mudou, o que é normal uma vez que já não tenho 19 anos, portanto, para além da nova experiência enquanto artista a solo, a nível de escrita e produção, a perspectiva é radicalmente diferente.
Quais são as tuas principais influências?
A nível musical? Um pouco de tudo. Cresci a ouvir rock melódico/soft (The Beetles, Tim Buckley, Leonard Cohen, etc) e aquilo que é considerado folk grego contemporâneo: Manos Hadjidakis, Nikos Kypourgos, Sokratis Malamas, Ta Xylina Spathia, entre outros. Basicamente era a música que os meus pais ouviam. Depois, acabei por mergulhar numa cena mais dark/post punk com The Cure, Bauhaus, Sad Lovers & Giants ou Echo and The Bunnyman, o que ainda é o que ouço quando me quero isolar do resto do mundo. Também adoro Kate Bush, que considero uma deusa vinda do Espaço. Numa onda mais pop mainstream acho Madonna absolutamente incrível e considero Lady Gaga como o exemplo acabado de que nos mantermos fiéis a nós próprios é o melhor que podemos fazer pela nossa arte. Aparte a música, acabo por colher influências de filmes, peças de teatro ou livros como por exemplo o Orlando de Virginia Wolf – um livro que me ajudou a moldar aquilo que sou. Apesar de tudo é muito difícil pensar nas minhas influências, uma vez que, grosso modo, sou inspirada pelo que vejo na rua diariamente.
Para além da nacionalidade, o que é que a Grécia aportou à tua música?
Nasci e cresci em Atenas e, como tal, a cidade será sempre a minha maior fonte de inspiração. Já do meu anterior trabalho com Keep Shelly in Athens guardo com carinho os verões que passei em Creta, as suas magníficas praias e os deslumbrantes pôr-do-sol que tiveram uma grande influência sobre mim. No projecto a solo, o facto de a Grécia ter estado nos últimos anos em convulsão acabou por ter um grande impacto na minha escrita. Penso que a Grécia, enquanto nação (e de forma similar aos países limítrofes), refinou a arte da sobrevivência, o que acaba por ser verdadeiramente uma fonte de inspiração. O orgulho na Grécia, e provavelmente no Sul, de um modo geral, capta uma significação sem paralelo no resto do mundo. No meu país, orgulho é o combustível que te faz seguir adiante assente num conjunto de valores seguros e um sorriso na cara. Quero que as minhas canções soem “orgulhosas” e acredito que o façam. “Moving On” e “I’d Go” fazem-no claramente, por exemplo.
Quais são os teus objectivos na música? O que é que gostarias de alcançar no universo musical?
Estamos a falar de sonhos? Oh, a minha conversa favorita! Penso que uma das melhores coisas que Berlim me deu foi a capacidade de me fazer sonhar de novo! Desejo/Quero que através da música eu possa passar as minhas ideias e conhecer pessoas inspiracionais por todo o mundo. Do mesmo modo, também quero ser capaz de viver da minha música, uma vez que é a minha actividade principal assim como quero que a editora EraseRestart cresça e acomode cada vez mais pessoas que queiram mudar o mundo através da sua arte. Quero ainda que, através da minha música, a filosofia da actual indústria musical seja colocada em causa e, a partir daí, reestruturada e reconstruida. Isto irá demorar algum tempo, claro. (piscar de olho)
Depois de Free, quais são os teus planos?
Concertos ao vivo com os meus colegas de banda Owen Howells e Marv Rudnick e agravação do meu LP que será lançado no final deste ano. É sempre trabalho, trabalho, trabalho! Trabalho e prazer, claro!
Por último, mas não menos importante, quando é que os teus concertos aterram em Portugal?
Espero que em breve! Até agora, nunca tive a oportunidade de visitar o vosso belo país. Vamos fazer com que tal aconteça!
Fernando GonçalvesFui aconselhada a mudar-me para Berlim por motivos profissionais e, para ser honesta, naquele ponto da minha vida, precisava de uma mudança drástica. Disseram-me que Berlim se enquadraria perfeitamente na minha personalidade e no meu estilo musical, foi tudo o que precisava de ouvir. Não tinha nada a perder – comprei o bilhete e arrumei a mala. Foi espontâneo. Arrisquei e não me arrependo de nada. Estou feliz por estar em Berlim.
“Refugiado”, em Portugal, foi considerada a palavra do ano. Podemos considerar-te uma espécie de “refugiada musical”?
Em que lugar do mundo, “refugiado” ou “crise”, não foram as palavras do ano? Gosto de me considerar como uma “nómada da música”, mas não, não sou uma refugiada. Os meus bisavôs, quer do lado da minha mãe como do lado do meu pai, tiveram que fugir de Esmirna (actual Turquia, mas que já pertenceu à Grécia) em 1922. Só sei o que passaram pelas histórias que me contaram. Só sei o que os refugiados sírios estão a passar pelas histórias que ouço. Por isso, tudo isto funciona como que se um enorme peso se abatesse sobre o meu coração e, em particular, ao ver os milhares de crianças que perderam os seus pais durante este processo e que, por certo, ficaram traumatizadas para o resto das suas vidas. Tantas famílias desfeitas, tantas pessoas a deixarem as suas vidas para trás e a começarem de novo. O conservador mundo ocidental fundado na premissa da propriedade também não ajuda porque esquece o valor da partilha e recusa-se a construir as pontes necessárias para ultrapassar tão turbulento rio. Na realidade, esse mesmo mundo conservador ocidental beneficia com as guerras no Médio Oriente ao mesmo tempo que num estranho “jogo” aposta as vidas de inocentes. Por isso não, não me considero uma refugiada. Ainda que sendo grega isso me coloque entre os chamados “PIGS” – Portugal, Grécia, Espanha e Irlanda – o que eles não sabem é o que os porcos são super inteligentes, colocam as suas famílias acima de tudo o resto e possuem extraordinários poderes de sobrevivência. Talvez a comparação até não seja má de todo (risos). Se sofri com o racismo? Sim, mas terei eu um lar e uma família que me apoia? Sim. Sou uma sortuda por poder fazer música e simultaneamente ter tanta gente à minha volta que me apoia, que me dá a força necessária para que possa concretizar os meus sonhos. Pela minha música darei a volta ao mundo em qualquer altura, realço, sou uma sortuda por poder fazê-lo. No final de contas, o local onde nascemos acaba por ser completamente arbitrário.
© Bertrand Bosrédon
O que é que significa verdadeiramente a citação “Sarah P. não é apenas uma pessoa, mas um movimento que empodera quem se propõe começar de novo”? A capa do teu EP representa uma mulher deitada em posição fetal. É aqui que reside a resposta?
A capa do EP simboliza, em traços gerais, o meu renascimento, tanto artística como mentalmente, aliás, foi por essa razão que o lançamento do EP coincidiu com o meu aniversário. Free é esse renascimento – não admira que tenha chamado à minha editora EraseRestart! Quanto ao “movimento”, tento através da minha música, do meu blog e das minhas entrevistas transmitir as minhas experiências e aconselhar do melhor modo possível quem, como eu, esteja a passar por um momento em que precise de mudar de vida. Por vezes sentimo-nos presos na nossa zona de conforto. Por exemplo, alguns podem considerar difícil acabar com uma relação tempestuosa ou despedirem-se de um trabalho tormentoso para seguirem os seus sonhos, neste ponto, as minhas músicas acabam por ser um espécie de “lembrete” para essas pessoas, um lembrete de quem elas realmente são e de todo o potencial que guardam em si. Poderá parecer um pouco naive, mas eu acredito verdadeiramente que se todos fizermos o que nos faz felizes a Terra poderá ser um local muito mais feliz, um lugar onde o respeito e a integridade reinem.
Não te vou pedir para que definas a tua música, mas se tivesses de explicar a alguém que não conhece a Sarah P. que tipo de sensações a tua música lhe poderá proporcionar, o que lhe dirias?
O EP desenvolve-se como se alguém estivesse a tentar sair de um túnel obscuro, por isso, as minhas canções poderão, por vezes, soar a algo assustador, misterioso, mas simultaneamente luminosos. Diria que as sensações se condensariam em algo agridoce, quero dizer, é tudo acerca de um fim e de um começo e isso é sempre agridoce, certo?
Pergunto-te isto porque, quando escutamos Free, soa-nos a algo verdadeiramente diferente de tudo o que já ouvimos. Seguindo esta lógica, novo som novas sensações ou estarei errado?
Num certo sentido é exactamente isso. Só para que fique registado; eu nunca tive qualquer influência no rumo musical das Keep Shelly in Athens (banda a que Sarah pertenceu), por isso nunca mostrei realmente a ninguém o que tinha guardado no meu armazém, musicalmente falando. No entanto, posso imaginar que as minhas músicas soem de modo mais energético e dinâmico do que nos meus anteriores projectos e isto poderá confundir um pouco quem é fã dessa banda, mas não seria ainda mais confuso se eu tivesse saído da banda e continuasse a fazer o mesmo tipo de música? Estou fora da cena do “sonho Pop” e apesar de ainda existirem elementos que resistem em mim, isto é, não posso mudar completamente o meu estilo, os sons que utilizo e as melodias que escrevo enquadram-se numa perspectiva completamente diferente. Algo que se faz notar ao nível da produção; as vocalizações aparecem mais em primeiro plano, não foram usados tantos reverbs o que acaba por produzir um som diferente, mais cru. Para além disso, a minha voz também mudou, o que é normal uma vez que já não tenho 19 anos, portanto, para além da nova experiência enquanto artista a solo, a nível de escrita e produção, a perspectiva é radicalmente diferente.
© Christoph Neumann
Quais são as tuas principais influências?
A nível musical? Um pouco de tudo. Cresci a ouvir rock melódico/soft (The Beetles, Tim Buckley, Leonard Cohen, etc) e aquilo que é considerado folk grego contemporâneo: Manos Hadjidakis, Nikos Kypourgos, Sokratis Malamas, Ta Xylina Spathia, entre outros. Basicamente era a música que os meus pais ouviam. Depois, acabei por mergulhar numa cena mais dark/post punk com The Cure, Bauhaus, Sad Lovers & Giants ou Echo and The Bunnyman, o que ainda é o que ouço quando me quero isolar do resto do mundo. Também adoro Kate Bush, que considero uma deusa vinda do Espaço. Numa onda mais pop mainstream acho Madonna absolutamente incrível e considero Lady Gaga como o exemplo acabado de que nos mantermos fiéis a nós próprios é o melhor que podemos fazer pela nossa arte. Aparte a música, acabo por colher influências de filmes, peças de teatro ou livros como por exemplo o Orlando de Virginia Wolf – um livro que me ajudou a moldar aquilo que sou. Apesar de tudo é muito difícil pensar nas minhas influências, uma vez que, grosso modo, sou inspirada pelo que vejo na rua diariamente.
Para além da nacionalidade, o que é que a Grécia aportou à tua música?
Nasci e cresci em Atenas e, como tal, a cidade será sempre a minha maior fonte de inspiração. Já do meu anterior trabalho com Keep Shelly in Athens guardo com carinho os verões que passei em Creta, as suas magníficas praias e os deslumbrantes pôr-do-sol que tiveram uma grande influência sobre mim. No projecto a solo, o facto de a Grécia ter estado nos últimos anos em convulsão acabou por ter um grande impacto na minha escrita. Penso que a Grécia, enquanto nação (e de forma similar aos países limítrofes), refinou a arte da sobrevivência, o que acaba por ser verdadeiramente uma fonte de inspiração. O orgulho na Grécia, e provavelmente no Sul, de um modo geral, capta uma significação sem paralelo no resto do mundo. No meu país, orgulho é o combustível que te faz seguir adiante assente num conjunto de valores seguros e um sorriso na cara. Quero que as minhas canções soem “orgulhosas” e acredito que o façam. “Moving On” e “I’d Go” fazem-no claramente, por exemplo.
© Anne Tsitselis
Quais são os teus objectivos na música? O que é que gostarias de alcançar no universo musical?
Estamos a falar de sonhos? Oh, a minha conversa favorita! Penso que uma das melhores coisas que Berlim me deu foi a capacidade de me fazer sonhar de novo! Desejo/Quero que através da música eu possa passar as minhas ideias e conhecer pessoas inspiracionais por todo o mundo. Do mesmo modo, também quero ser capaz de viver da minha música, uma vez que é a minha actividade principal assim como quero que a editora EraseRestart cresça e acomode cada vez mais pessoas que queiram mudar o mundo através da sua arte. Quero ainda que, através da minha música, a filosofia da actual indústria musical seja colocada em causa e, a partir daí, reestruturada e reconstruida. Isto irá demorar algum tempo, claro. (piscar de olho)
Depois de Free, quais são os teus planos?
Concertos ao vivo com os meus colegas de banda Owen Howells e Marv Rudnick e agravação do meu LP que será lançado no final deste ano. É sempre trabalho, trabalho, trabalho! Trabalho e prazer, claro!
Por último, mas não menos importante, quando é que os teus concertos aterram em Portugal?
Espero que em breve! Até agora, nunca tive a oportunidade de visitar o vosso belo país. Vamos fazer com que tal aconteça!
f.guimaraesgoncalves@gmail.com
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