ENTREVISTAS
Jacco Gardner
A curiosidade matou o gato
· 02 Fev 2014 · 22:36 ·

É inegável o facto de a tua música ter um ar muito 60's. O que há nesse tipo de música que te atrai?
É a imaginação vívida de pessoas num tempo que adoro. Nessa altura havia muito mistério e entusiasmo na música.
Cabinet of Curiosities foi escrito durante um longo período de tempo. O que é que fez com que fosse lançado em 2013? Como é que foi o processo de gravação? Consideras-te um perfeccionista?
Bem... não me senti preparado antes disso porque que não tinha as aptidões que precisava para criar um álbum destes por minha conta. Gravei tudo sozinho, programei a bateria num MIDI, substituí-a por uma verdadeira bateria e fiz a mistura de tudo depois. O produto final teve de combinar tudo aquilo que eu tinha em mente, portanto acho que podes chamar a isso perfeccionismo, mas muitos artistas são assim.

No disco tocas todos os instrumentos. Quando escreves uma canção, tens logo em mente o que nela vais tocar ou experimentas vários sons antes de escolher um?
Às vezes tenho algo pensado mas, na maior parte das vezes, vou tentando coisas diferentes até que resulte. O que, por vezes, significa ter que tirar muita coisa para ficar só com as partes mais importantes.
Quanto tocas ao vivo, tocas com uma banda. Quem são eles e como é que os conseguiste juntar?
Conhecia-os de bandas e escolas e também de Amesterdão e Hoorn. Dois deles são de uma banda onde toquei, chamada Lola Kite. A única coisa que fiz foi falar-lhes das minhas ideias para um projecto a solo e eles ficaram muito interessados.
Quando ouvi pela primeira vez algumas das tuas músicas, imaginei-me a correr por campos de túlipas. Só mais tarde é que vim a descobrir que eras holandês... Numa música que está tão ligada ao psicadelismo americano e britânico, tentas colocar alguma quantidade de "holandisse" nas tuas canções ou dirias que esta música, à semelhança de Pink Floyd, não tem fronteiras? Qual o teu lugar de eleição onde te possas deitar e fechar os olhos?
Nunca tento colocar nada na música, isso simplesmente acontece desde que as minhas inspirações venham de algo... mas não tenho bem a certeza de quê. Nunca me deito em campos de túlipas, mas gosto da minha cama, de tempos a tempos.

Para mim é um tipo de música muito visual; Quando a oiço, cria todo o género de imagens na minha cabeça. Vês-te a compor especificamente para um filme, ou banda sonora? Para que filme gostarias de escrever uma canção?
Poderia tentar mas... a razão pela qual a minha música é tão cinematográfica é porque estou a transcrever imagens para a música, não o inverso. A Semente Do Diabo [Roman Polanski, 1968] é um bom filme.
Já estás a preparar o teu segundo álbum? Tendo em conta o tempo que levaste a escrever o Cabinet of Curiosities, há a possibilidade de haver canções que foram colocadas de parte e que possam, eventualmente, acabar num disco?
Haverá definitivamente um segundo álbum, mas provavelmente não terá nenhuma das canções antigas, já que estou a ir por uma sonoridade diferente.
E podemos também contar com novo material por parte dos Skywalkers?
Na verdade não... por agora, esse projecto está parado.
Como descreverias o psicadelismo a alguém que nunca tivesse ouvido o termo ou sequer música desse género?
Banda sonora para sonhos estranhos.
Tradução: Inês Vieira
Paulo CecílioÉ a imaginação vívida de pessoas num tempo que adoro. Nessa altura havia muito mistério e entusiasmo na música.
Cabinet of Curiosities foi escrito durante um longo período de tempo. O que é que fez com que fosse lançado em 2013? Como é que foi o processo de gravação? Consideras-te um perfeccionista?
Bem... não me senti preparado antes disso porque que não tinha as aptidões que precisava para criar um álbum destes por minha conta. Gravei tudo sozinho, programei a bateria num MIDI, substituí-a por uma verdadeira bateria e fiz a mistura de tudo depois. O produto final teve de combinar tudo aquilo que eu tinha em mente, portanto acho que podes chamar a isso perfeccionismo, mas muitos artistas são assim.

No disco tocas todos os instrumentos. Quando escreves uma canção, tens logo em mente o que nela vais tocar ou experimentas vários sons antes de escolher um?
Às vezes tenho algo pensado mas, na maior parte das vezes, vou tentando coisas diferentes até que resulte. O que, por vezes, significa ter que tirar muita coisa para ficar só com as partes mais importantes.
Quanto tocas ao vivo, tocas com uma banda. Quem são eles e como é que os conseguiste juntar?
Conhecia-os de bandas e escolas e também de Amesterdão e Hoorn. Dois deles são de uma banda onde toquei, chamada Lola Kite. A única coisa que fiz foi falar-lhes das minhas ideias para um projecto a solo e eles ficaram muito interessados.
Quando ouvi pela primeira vez algumas das tuas músicas, imaginei-me a correr por campos de túlipas. Só mais tarde é que vim a descobrir que eras holandês... Numa música que está tão ligada ao psicadelismo americano e britânico, tentas colocar alguma quantidade de "holandisse" nas tuas canções ou dirias que esta música, à semelhança de Pink Floyd, não tem fronteiras? Qual o teu lugar de eleição onde te possas deitar e fechar os olhos?
Nunca tento colocar nada na música, isso simplesmente acontece desde que as minhas inspirações venham de algo... mas não tenho bem a certeza de quê. Nunca me deito em campos de túlipas, mas gosto da minha cama, de tempos a tempos.

Para mim é um tipo de música muito visual; Quando a oiço, cria todo o género de imagens na minha cabeça. Vês-te a compor especificamente para um filme, ou banda sonora? Para que filme gostarias de escrever uma canção?
Poderia tentar mas... a razão pela qual a minha música é tão cinematográfica é porque estou a transcrever imagens para a música, não o inverso. A Semente Do Diabo [Roman Polanski, 1968] é um bom filme.
Já estás a preparar o teu segundo álbum? Tendo em conta o tempo que levaste a escrever o Cabinet of Curiosities, há a possibilidade de haver canções que foram colocadas de parte e que possam, eventualmente, acabar num disco?
Haverá definitivamente um segundo álbum, mas provavelmente não terá nenhuma das canções antigas, já que estou a ir por uma sonoridade diferente.
E podemos também contar com novo material por parte dos Skywalkers?
Na verdade não... por agora, esse projecto está parado.
Como descreverias o psicadelismo a alguém que nunca tivesse ouvido o termo ou sequer música desse género?
Banda sonora para sonhos estranhos.
Tradução: Inês Vieira
pauloandrececilio@gmail.com
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