ENTREVISTAS
Endless Boogie
Europe Endless
· 18 Abr 2013 · 23:52 ·
Que me podes dizer sobre os Endless Boogie que nunca disseste a ninguém?
Existe uma extensa mensagem escondida num dos nossos LPs duplos que revela algo inacreditável. Nunca dissemos a ninguém em que faixa está ou o que é, não há pistas, acredito que alguém encontrará onde a escondemos por debaixo do ruído das guitarras, mas até agora ninguém o fez.
Formar uma banda de rock n' roll era o teu sonho de criança?
Só a formei para tocar guitarra muito alto, não tinha em mente qualquer carreira futura nesse tempo. Nenhuma estratégia a não ser rockar forte e feio.
Que te parece esta nova vaga de bandas de rock psicadélico que andam a surgir aqui e ali? Achas que as pessoas procuram algo mais espiritual, exploratório, ou sentem apenas uma afinidade pelo que é retro? Quanto retiram das pessoas que vos vêm ao vivo, e quanto lhes dão de volta?
Existem sempre novas vagas, apoio-as a todas se a sua motivação primária for a música. As pessoas gostarão sempre de algo mais exploratório se fizerem parte; o retro, por oposto ao "agora", é um rótulo que não importa se te divertires. Um bom momento de diversão é "espiritual" e contagioso sem regras desnecessárias. Damos e retiramos em quantidades exactas quando tocamos ao vivo; damos sempre o nosso máximo e quando a audiência se diverte percebemos logo. Somos, primariamente, uma banda para tocar ao vivo...
Sentes a necessidade de estar num estado particular de espírito quando tocas num estúdio (ou no teu quarto, ou ao vivo) e começas a esgalhar?
Não precisamos de um estado de espírito específico; podemos começar a tocar vindos de todas e quaisquer realidades... mais do que ter um determinado estado de espírito cavalgamos a onda desse dia. Há um lugar que procuramos alcançar, mas as estradas mudam constantemente.
Quanto tempo andaram a trabalhar no Long Island, e em que estúdio gravaram?
Começámos a gravá-lo na primavera passada em Dunham, num grande estúdio focado em soul e r&b. Acabámo-lo com uma faixa gravada ao vivo em estúdio, a "The Savagist", que abre o disco, há poucos meses.
Têm algum plano para lançar o Volume 1 e o Volume 2 juntos num disco? São difíceis de encontrar...
Talvez... existem bootlegs e podem, claro, ser sacados por aí - não estávamos realmente a pensar, na altura, que se tornassem itens caros para coleccionadores. Queríamos apenas livrarmos-nos de todos eles quando os fizemos...
Que se pode esperar do vosso concerto no Porto? Jams de três horas? Faziam ideia de que Trips À Moda Do Porto é um trocadilho com "tripas", que é basicamente um prato típico feito com tripas de vaca?
Vamos andar a tocar forte e feio, de certeza que se ouvirão longas jams. Alguns dos nossos sets na Austrália têm esticado até às duas horas, e como damos sempre o litro em qualquer situação em que estejamos, o Porto pode esperar 100% de acção. De certeza que haverá alguma quantidade de "Rock de Tripas de Vaca" lá para o meio...
Trocavas a tua colecção de discos pela ressurreição do John Lee Hooker?
Essa nem se coloca, significaria que a minha colecção de discos tem o poder de Deus... acho que os dividia em várias colecções para que o Bob Hite e o Alan Wilson também regressassem. Hooker 'N' Heat, parte dois!
Paulo CecÃlioExiste uma extensa mensagem escondida num dos nossos LPs duplos que revela algo inacreditável. Nunca dissemos a ninguém em que faixa está ou o que é, não há pistas, acredito que alguém encontrará onde a escondemos por debaixo do ruído das guitarras, mas até agora ninguém o fez.
Formar uma banda de rock n' roll era o teu sonho de criança?
Só a formei para tocar guitarra muito alto, não tinha em mente qualquer carreira futura nesse tempo. Nenhuma estratégia a não ser rockar forte e feio.
Que te parece esta nova vaga de bandas de rock psicadélico que andam a surgir aqui e ali? Achas que as pessoas procuram algo mais espiritual, exploratório, ou sentem apenas uma afinidade pelo que é retro? Quanto retiram das pessoas que vos vêm ao vivo, e quanto lhes dão de volta?
Existem sempre novas vagas, apoio-as a todas se a sua motivação primária for a música. As pessoas gostarão sempre de algo mais exploratório se fizerem parte; o retro, por oposto ao "agora", é um rótulo que não importa se te divertires. Um bom momento de diversão é "espiritual" e contagioso sem regras desnecessárias. Damos e retiramos em quantidades exactas quando tocamos ao vivo; damos sempre o nosso máximo e quando a audiência se diverte percebemos logo. Somos, primariamente, uma banda para tocar ao vivo...
Sentes a necessidade de estar num estado particular de espírito quando tocas num estúdio (ou no teu quarto, ou ao vivo) e começas a esgalhar?
Não precisamos de um estado de espírito específico; podemos começar a tocar vindos de todas e quaisquer realidades... mais do que ter um determinado estado de espírito cavalgamos a onda desse dia. Há um lugar que procuramos alcançar, mas as estradas mudam constantemente.
Quanto tempo andaram a trabalhar no Long Island, e em que estúdio gravaram?
Começámos a gravá-lo na primavera passada em Dunham, num grande estúdio focado em soul e r&b. Acabámo-lo com uma faixa gravada ao vivo em estúdio, a "The Savagist", que abre o disco, há poucos meses.
Têm algum plano para lançar o Volume 1 e o Volume 2 juntos num disco? São difíceis de encontrar...
Talvez... existem bootlegs e podem, claro, ser sacados por aí - não estávamos realmente a pensar, na altura, que se tornassem itens caros para coleccionadores. Queríamos apenas livrarmos-nos de todos eles quando os fizemos...
Que se pode esperar do vosso concerto no Porto? Jams de três horas? Faziam ideia de que Trips À Moda Do Porto é um trocadilho com "tripas", que é basicamente um prato típico feito com tripas de vaca?
Vamos andar a tocar forte e feio, de certeza que se ouvirão longas jams. Alguns dos nossos sets na Austrália têm esticado até às duas horas, e como damos sempre o litro em qualquer situação em que estejamos, o Porto pode esperar 100% de acção. De certeza que haverá alguma quantidade de "Rock de Tripas de Vaca" lá para o meio...
Trocavas a tua colecção de discos pela ressurreição do John Lee Hooker?
Essa nem se coloca, significaria que a minha colecção de discos tem o poder de Deus... acho que os dividia em várias colecções para que o Bob Hite e o Alan Wilson também regressassem. Hooker 'N' Heat, parte dois!
pauloandrececilio@gmail.com
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