ENTREVISTAS
Lapalux
Verdade de Lapalux
· 17 Out 2012 · 00:34 ·
Quando começaste a fazer música, e que te inspirou a fazê-lo? Comecei por aprender a tocar guitarra e pedaços de outros instrumentos aqui e ali. Lembro-me de jogar ao Music, na Playstation, quando era miúdo, e creio que foi isso que me inspirou a criar música com computadores.
Que tipo de equipamento e software usas, tanto no estúdio como ao vivo?
O meu estúdio é uma mistura de tudo aquilo a que deito as mãos. Compro e vendo bastante material, está constantemente a mudar. Uso muito o meu gravador portátil e comprei recentemente um sintetizador Nord, do qual estou a gostar. Tenho alguns gravadores de cassetes e faço umas brincadeiras com outros tipos de equipamento. E uso o Ableton Live para compor a maioria das minhas coisas.
O teu primeiro EP "a sério" (Many Faces Out Of Focus) foi editado em cassete. A que se deveu isso, foi algo surgido de uma certa nostalgia, isto é, teres ouvido cassetes enquanto criança? Achas que iremos ter um revivalismo das cassetes da mesma forma que o tivemos do vinil?
Sim, foi uma espécie de nostalgia, porque cresci a ouvir cassetes e achei que seria porreiro lançar o meu primeiro EP numa edição limitada em cassete. Não creio que as cassetes voltem de forma tão forte, mas é bom ver que há algumas pessoas a editar nesse formato.
Após dois EPs instrumentais, lançaste este ano o When You're Gone, que mantém a génese do teu som - as melodias, os beats... - mas já tem uma componente vocal em algumas das faixas. Chamar-lhe-ias o teu disco mais pop, uma tentativa de fazer algo mais próximo de uma canção pop?
Sim, com o When You're Gone tentei experimentar mais com o formato pop, tentar criar um disco mais próximo do R&B. Foi o meu primeiro lançamento na Brainfeeder e quis mostrar maturidade, que tinha uma forma mais estruturada de fazer um disco.
O Some Other Time, editado recentemente, também saiu pela Brainfeeder. Que nos podes dizer sobre ele?
Diria que é um pouco mais dark, mais profundo que o When You're Gone. Tem uma maior influência do jazz e da electrónica experimental. Tentei focar-me em fazer um EP que fosse uma viagem... as faixas nunca ficam quietas, evoluem constantemente, assim revelando outra parte da história.
Planeias um longa-duração para breve, ou vais continuar com o formato EP? Segues algum plano enquanto compões? Estes EPs nasceram mais da improvisação, ou trabalhaste laboriosamente cada canção? Como costuma ser o teu processo criativo?
De momento estou a trabalhar num LP. Normalmente não sigo plano algum, ao trabalhar num disco. A maioria das vezes selecciono o que acho que funcionará bem e tento organizá-lo num lançamento, de canções que fiz ou nas quais tenho trabalhado, e as quais edito, por vezes, para caber de forma coesa num EP ou LP.
Para mim, a tua música é mais agradável de se ouvir durante um passeio no parque, relaxando sob as árvores, as tuas malhas têm esta qualidade suave e de sonho, mas ao mesmo tempo não consigo deixar de pensar que são algo dançáveis... na tua opinião, criar música para a mente ou para a anca?
Para a mente, definitivamente. Dito isto não acho que seja algo que faça de um modo consciente, apenas prefiro fazer música que tenha um significado mais profundo que aquela que é apontada à pista. Não quero dizer com isto que a música de dança não é profunda - claro que é. Ainda faço uns ajustes à minha música em situações ao vivo, contudo, e sempre que estou a trabalhar em algo mais pesado penso em como soará numa pista, tento fazer com que seja mais dançável se acho que é essa a direcção que está a seguir.
Que se segue para Lapalux? Que planeias fazer após esta tour? Como costumas relaxar depois de tantos concertos?
Como já disse, estou a trabalhar num disco. Tenho tocado muito ao vivo, trabalhado em novo material e a experimentar mais com o som, trabalhando com outros artistas. Normalmente tiro uns dias longe de tudo, após cada tour. Regra geral não faço nada depois de cada qual, levo algum tempo para digerir o que aconteceu enquanto estive em tour, interiorizo aos poucos, para depois poder usar o que ganhei em inspiração no meu trabalho.
Paulo CecÃlioQue tipo de equipamento e software usas, tanto no estúdio como ao vivo?
O meu estúdio é uma mistura de tudo aquilo a que deito as mãos. Compro e vendo bastante material, está constantemente a mudar. Uso muito o meu gravador portátil e comprei recentemente um sintetizador Nord, do qual estou a gostar. Tenho alguns gravadores de cassetes e faço umas brincadeiras com outros tipos de equipamento. E uso o Ableton Live para compor a maioria das minhas coisas.
O teu primeiro EP "a sério" (Many Faces Out Of Focus) foi editado em cassete. A que se deveu isso, foi algo surgido de uma certa nostalgia, isto é, teres ouvido cassetes enquanto criança? Achas que iremos ter um revivalismo das cassetes da mesma forma que o tivemos do vinil?
Sim, foi uma espécie de nostalgia, porque cresci a ouvir cassetes e achei que seria porreiro lançar o meu primeiro EP numa edição limitada em cassete. Não creio que as cassetes voltem de forma tão forte, mas é bom ver que há algumas pessoas a editar nesse formato.
Após dois EPs instrumentais, lançaste este ano o When You're Gone, que mantém a génese do teu som - as melodias, os beats... - mas já tem uma componente vocal em algumas das faixas. Chamar-lhe-ias o teu disco mais pop, uma tentativa de fazer algo mais próximo de uma canção pop?
Sim, com o When You're Gone tentei experimentar mais com o formato pop, tentar criar um disco mais próximo do R&B. Foi o meu primeiro lançamento na Brainfeeder e quis mostrar maturidade, que tinha uma forma mais estruturada de fazer um disco.
O Some Other Time, editado recentemente, também saiu pela Brainfeeder. Que nos podes dizer sobre ele?
Diria que é um pouco mais dark, mais profundo que o When You're Gone. Tem uma maior influência do jazz e da electrónica experimental. Tentei focar-me em fazer um EP que fosse uma viagem... as faixas nunca ficam quietas, evoluem constantemente, assim revelando outra parte da história.
Planeias um longa-duração para breve, ou vais continuar com o formato EP? Segues algum plano enquanto compões? Estes EPs nasceram mais da improvisação, ou trabalhaste laboriosamente cada canção? Como costuma ser o teu processo criativo?
De momento estou a trabalhar num LP. Normalmente não sigo plano algum, ao trabalhar num disco. A maioria das vezes selecciono o que acho que funcionará bem e tento organizá-lo num lançamento, de canções que fiz ou nas quais tenho trabalhado, e as quais edito, por vezes, para caber de forma coesa num EP ou LP.
Para mim, a tua música é mais agradável de se ouvir durante um passeio no parque, relaxando sob as árvores, as tuas malhas têm esta qualidade suave e de sonho, mas ao mesmo tempo não consigo deixar de pensar que são algo dançáveis... na tua opinião, criar música para a mente ou para a anca?
Para a mente, definitivamente. Dito isto não acho que seja algo que faça de um modo consciente, apenas prefiro fazer música que tenha um significado mais profundo que aquela que é apontada à pista. Não quero dizer com isto que a música de dança não é profunda - claro que é. Ainda faço uns ajustes à minha música em situações ao vivo, contudo, e sempre que estou a trabalhar em algo mais pesado penso em como soará numa pista, tento fazer com que seja mais dançável se acho que é essa a direcção que está a seguir.
Que se segue para Lapalux? Que planeias fazer após esta tour? Como costumas relaxar depois de tantos concertos?
Como já disse, estou a trabalhar num disco. Tenho tocado muito ao vivo, trabalhado em novo material e a experimentar mais com o som, trabalhando com outros artistas. Normalmente tiro uns dias longe de tudo, após cada tour. Regra geral não faço nada depois de cada qual, levo algum tempo para digerir o que aconteceu enquanto estive em tour, interiorizo aos poucos, para depois poder usar o que ganhei em inspiração no meu trabalho.
pauloandrececilio@gmail.com
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