ENTREVISTAS
MKRNI
O Chile que há na wave
· 12 Jul 2011 · 00:59 ·
Dos MKRNI, ou Makaroni, conhece-se muito pouco - e é por isso que fomos falar com eles - com Roman S mais precisamente. Do país dos MKRNI, ou Makaroni, praticamente não falamos em termos musicais - e é por isso que fomos pedir-lhes sugestões. Das apresentações ao vivo dos MKRNI, ou Makaroni, não sabemos nada - e é por isso que estamos bastante interessados em saber como é que se irá desenrolar o seu concerto no festival onde tudo acontece, o inenarrável Milhões de Festa. De um oceano para outro, o trio que até está a ser acompanhado por Fever Ray no seu Soundcloud vem mostrar o seu segundo disco - Jumper - onde a pop dançável é o caminho e os rótulos que colam às suas canções isso mesmo: rótulos. ´Bora mexer-nos p´rá pista?
Há quanto tempo fazem música juntos? Preferem que soletre MKRNI ou Makaroni?

Fazemos música juntos há três anos. A sigla MKRNI parece-nos muito interessante graficamente, e assim o nome Makaroni passa para um plano anedótico já que apesar de nos chamarmos Makaroni às vezes chegamos a ser muito obscuros.

Estas malhas que têm no Soundcloud fazem parte do Jumper, que é o vosso segundo disco, certo? O que é que mudou, se é que mudou, nos vossos métodos do primeiro para o segundo? O que tentaram fazer neste que não fizeram no primeiro?

O primeiro disco foi uma espécie de oficina musical. O segundo tem mais trabalho dedicado à produção: instrumentos vários, mais camadas, mais processos sonoros... o nosso próximo EP, a ser publicado pela Hueso Records de NY, é muito mais simples e queremos conservar essa simplicidade e a energia que temos ao vivo, algo que nos nossos discos ainda não conseguimos reflectir.


Lendo as tags das vossas canções na mesma página vejo que arranjaram um género para cada uma… esta indefinição é puramente criativa ou tem a ver com o clima do Chile (desértico no norte, antárctico no sul…)?

Sim... a definição de acordo com "estilos" parece-nos, hoje em dia, cómica, e a facilidade com que se passa de um ritmo para outro é como um jogo musical. Não nos levamos muito a sério quanto ao estilo. MKRNI, em si, é muito difícil de definir... Jumper é saltar de um lugar para outro num segundo... sempre que seja dançável ou sugestivo.

De quem é a autoria do videoclip da “Humedad” e como foi gravá-lo?

Fê-lo o nosso amigo Nicolas Spencer, que vive agora em Londres. Fizemo-lo frente a um grande ecrã verde com elementos arranjados a baixo preço. O verdadeiro custo está nas 300 horas que ele demorou...

Andaram em tour pelos E.U.A. no mês passado. Como correu a experiência?

Foi a nossa terceira vez nos E.U.A.. A recepção tem sido sempre bastante calorosa e dançável. Temos muitos amigos nos E.U.A., e estamos agora a preparar uma digressão pela costa oeste.

Acham que cantar na vossa língua materna é de algum modo um entrave a que tenham mais oportunidades em países anglófonos?

Sim, mas a Punto, a nossa vocalista, tem uma costela Americana... ao princípio só fazíamos música em inglês. O espanhol pareceu-nos sexy e inexplorado, por isso começámos a utilizá-lo no final do nosso primeiro disco.


Irão estar em Portugal pela 1ª vez em Julho, no Milhões de Festa. Que podemos esperar de um concerto vosso?

Temos vindo a tocar novas jams em jeito space disco latino com muita atitude e num volume alto, por isso a viagem sonora e a dança serão inevitáveis.

Confesso que não conheço absolutamente nada do Chile em termos musicais. Há alguma outra banda chilena que queiram salientar?

Los Jaivas, Mamacita, Zonora Point, Vicente Sanfuentes, Cholita Sound, Fredi Michel, Matanza, Chicos de Nazca...
Paulo Cecílio
pauloandrececilio@gmail.com

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