ENTREVISTAS
Peixe
Saber nadar
· 21 Set 2012 · 21:33 ·
© Paulo Cunha Martins
Este é o teu disco de estreia, mas dá a impressão que os temas deste álbum já andavam na tua cabeça há algum tempo? É verdade?
Sim, já há alguns anos que vinha compondo para guitarra solo, mesmo antes de pensar em gravar um disco.
Qual é a história deste disco? Como foi chegar até ele, descobrir a sua verdade?
O disco começou a ser esboçado a partir de algumas improvisações que fiz num bar do Porto. Um dia alguém gravou a sessão e a partir daí comecei a tentar organizar e desenvolver o universo que encontrava nas improvisações. Ao fim de três ou quatro anos nasceu o “Apneia”.
Quais são os perigos e as vantagens de fazer um disco a solo? Para que lado cai a balança?
É mais difícil de lidar com as inseguranças e não perder o entusiasmo naqueles momentos em que achamos que não estamos a encontrar caminho algum. Por outro lado, descobrimos coisas que não nos conhecíamos. Fazer música a solo obriga uma introspecção que revela facetas escondidas. Esse lado é muito interessante.
Tiveste alguém com quem partilhar os temas deste disco ou confiaste apenas no teu poder de decisão?
Ao longo do processo ia mostrando as músicas a amigos e ia recolhendo as suas opiniões. Isso ajudou-me a acreditar que valia a pena gravar e editar aquelas composições.
Peixe poderá ser em disco mais do que uma experiência a solo no futuro?
Sim. O que me motivou neste “Apneia” foi fazer algo que nunca tinha feito até então. Faz sentido estrear-me com a guitarra a solo porque é o formato mais simples que posso encontrar e ao mesmo tempo aquele que melhor representa o meu percurso musical. A partir daqui apetece-me fazer e escrever música para grupos e tentar experiências pelas quais ainda não passei. Apesar disso não descarto a hipótese de continuar a fazer discos de guitarra solo.
Até onde queres levar a experiência enquanto Peixe?
Quero fazer tudo aquilo que conseguir. Desde discos para guitarra solo à escrita de peças para grandes grupos e orquestras.
Como pensas apresentar este disco ao vivo em termos de formato?
Apenas eu, uma guitarra acústica e uma eléctrica.
Que guitarristas inspiram o teu trabalho? Consegues nomear alguns?
Muitos ao longo do tempo. Desde Django Reinhardt a Bill Frisell passando por Marc Ribot, Chet Atkins, Wes Montgomery, Carlos Paredes...
Faz-nos um resumo de todos os outros projectos em que estás envolvido neste momento…
Temporariamente estou a preparar os concertos dos Coliseus com os Ornatos Violeta, mas esse projecto não terá continuidade depois dos espectáculos. Para além disso, estou a dirigir a OGBE, Orquestra de Guitarras e Baixos Eléctricos, que é um projecto que está ligado à Casa da Música no Porto. Tenho também um trio de Jazz experimental e vou fazendo bandas sonoras para o “Teatro Bruto” do Porto. Acabei recentemente de escrever uma peça para o grupo de percussão “Drumming”.
Estava a aguardar esta quase para o fim. Como foi voltar ao palco com os Ornatos Violeta em Paredes de Coura?
Foi incrível! Superou todas as minhas expectativas que já eram elevadas. Foi um momento que não irei esquecer.
Entusiasma-te a ideia de alguns fãs de Ornatos chegarem ao teu disco por essa via?
É uma via como qualquer outra. Eu sou a mesma pessoa nos dois projectos e se um deles é mais mediático e desperta a curiosidade das pessoas em relação ao outro, então isso só pode ser bom para que o meu disco a solo chegue a mais pessoas.
André GomesSim, já há alguns anos que vinha compondo para guitarra solo, mesmo antes de pensar em gravar um disco.
Qual é a história deste disco? Como foi chegar até ele, descobrir a sua verdade?
O disco começou a ser esboçado a partir de algumas improvisações que fiz num bar do Porto. Um dia alguém gravou a sessão e a partir daí comecei a tentar organizar e desenvolver o universo que encontrava nas improvisações. Ao fim de três ou quatro anos nasceu o “Apneia”.
Quais são os perigos e as vantagens de fazer um disco a solo? Para que lado cai a balança?
É mais difícil de lidar com as inseguranças e não perder o entusiasmo naqueles momentos em que achamos que não estamos a encontrar caminho algum. Por outro lado, descobrimos coisas que não nos conhecíamos. Fazer música a solo obriga uma introspecção que revela facetas escondidas. Esse lado é muito interessante.
Tiveste alguém com quem partilhar os temas deste disco ou confiaste apenas no teu poder de decisão?
Ao longo do processo ia mostrando as músicas a amigos e ia recolhendo as suas opiniões. Isso ajudou-me a acreditar que valia a pena gravar e editar aquelas composições.
© Paulo Cunha Martins |
Peixe poderá ser em disco mais do que uma experiência a solo no futuro?
Sim. O que me motivou neste “Apneia” foi fazer algo que nunca tinha feito até então. Faz sentido estrear-me com a guitarra a solo porque é o formato mais simples que posso encontrar e ao mesmo tempo aquele que melhor representa o meu percurso musical. A partir daqui apetece-me fazer e escrever música para grupos e tentar experiências pelas quais ainda não passei. Apesar disso não descarto a hipótese de continuar a fazer discos de guitarra solo.
Até onde queres levar a experiência enquanto Peixe?
Quero fazer tudo aquilo que conseguir. Desde discos para guitarra solo à escrita de peças para grandes grupos e orquestras.
Como pensas apresentar este disco ao vivo em termos de formato?
Apenas eu, uma guitarra acústica e uma eléctrica.
Que guitarristas inspiram o teu trabalho? Consegues nomear alguns?
Muitos ao longo do tempo. Desde Django Reinhardt a Bill Frisell passando por Marc Ribot, Chet Atkins, Wes Montgomery, Carlos Paredes...
© Paulo Cunha Martins |
Faz-nos um resumo de todos os outros projectos em que estás envolvido neste momento…
Temporariamente estou a preparar os concertos dos Coliseus com os Ornatos Violeta, mas esse projecto não terá continuidade depois dos espectáculos. Para além disso, estou a dirigir a OGBE, Orquestra de Guitarras e Baixos Eléctricos, que é um projecto que está ligado à Casa da Música no Porto. Tenho também um trio de Jazz experimental e vou fazendo bandas sonoras para o “Teatro Bruto” do Porto. Acabei recentemente de escrever uma peça para o grupo de percussão “Drumming”.
Estava a aguardar esta quase para o fim. Como foi voltar ao palco com os Ornatos Violeta em Paredes de Coura?
Foi incrível! Superou todas as minhas expectativas que já eram elevadas. Foi um momento que não irei esquecer.
Entusiasma-te a ideia de alguns fãs de Ornatos chegarem ao teu disco por essa via?
É uma via como qualquer outra. Eu sou a mesma pessoa nos dois projectos e se um deles é mais mediático e desperta a curiosidade das pessoas em relação ao outro, então isso só pode ser bom para que o meu disco a solo chegue a mais pessoas.
andregomes@bodyspace.net
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