DISCOS
Manuel d’Oliveira
Ibéria / Amarte
· 16 Abr 2007 · 08:00 ·

Manuel d’Oliveira
Ibéria / Amarte
2002 / 2006
Ultimatum / World Village
Ibéria / Amarte
2002 / 2006
Ultimatum / World Village

Manuel d’Oliveira
Ibéria / Amarte
2002 / 2006
Ultimatum / World Village
Ibéria / Amarte
2002 / 2006
Ultimatum / World Village
Guitarrista vimaranense expõe a sua alma num intemporal colorido ibérico.
Vimaranense, nascido em 78, Manuel d’Oliveira revelou-se ao mundo em 2002. Com o disco IbĂ©ria apresentou-se um guitarrista de excepção, a trabalhar as guitarras acĂşstica e braguesa. Partindo sempre de temas originais, revelando influĂŞncias cruzadas entre o respeito pelas origens portuguesas e fascĂnio pelas divagações espanholas, Oliveira mostrou-se um exĂmio instrumentista, deixando o trio acompanhante (Paulo Pinto, Zecas, KinĂ©) completamente ofuscado pelo brilho das suas explorações. Nesse disco de 2002 aparecem convidados de peso como AntĂłnio ChaĂnho (o mestre da guitarra portuguesa) ou Jorge Pardo (o reconhecido saxofonista e flautista espanhol), mas o foco desta mĂşsica centra-se sempre no seu lĂder. A coerĂŞncia do disco Ă© admirável e, em nota de rodapĂ©, sĂł se dispensa a inclusĂŁo de elementos electrĂłnicos que surgem a despropĂłsito na bonus track “Brisa Mediterrânica”.
Agora, depois de muitas actuações ao vivo e passagens por vários festivais (nacionais e estrangeiros), o guitarrista volta a editar novo disco. A partir de um concerto na sua belĂssima terra natal, na Praça de Santiago, Ă© editado este novo álbum Amarte que regista os espectáculos realizados nos dias 9 e 10 de Junho de 2005 – durante as comemorações oficiais do Dia de Camões. Para quem já conheça IbĂ©ria, este Amarte acaba por soar a repetição. Muitos dos temas já haviam sido apresentados no disco anterior – “Praça de Santiago” , “Nicolinas”, “Momento Azul” – embora este novo disco traga tambĂ©m algumas mĂşsicas originais. Mais uma vez as novas composições sĂŁo reflexo de uma consciente alma ibĂ©rica e as interpretações sĂŁo sempre esmeradas.
Para quem nĂŁo conheça nada do guitarrista este Amarte acaba por ser uma boa porta de entrada no seu universo, ao mostrar os melhores momentos da primeira edição alternados com temas mais frescos. Pronto para conquistar pĂşblico para lá das fronteiras territoriais, este disco Ă© uma edição World Village, o departamento “world” da ilustre Harmonia Mundi. A palavra "world" Ă©, claro, uma designação demasiado tola para colar a este disco, Ă© impossĂvel rotular esta mĂşsica sem referir a mĂşsica tradicional portuguesa, o flamenco e uns certos elementos roubados ao jazz e Ă mĂşsica clássica. Tal como a sua cidade natal, GuimarĂŁes, a mĂşsica de Manuel d’Oliveira denota extrema veneração pela tradição, demonstrando que a beleza da arte (arquitectĂłnica, musical) Ă© ainda mais evidente quando se revela intemporal.
Nuno CatarinoAgora, depois de muitas actuações ao vivo e passagens por vários festivais (nacionais e estrangeiros), o guitarrista volta a editar novo disco. A partir de um concerto na sua belĂssima terra natal, na Praça de Santiago, Ă© editado este novo álbum Amarte que regista os espectáculos realizados nos dias 9 e 10 de Junho de 2005 – durante as comemorações oficiais do Dia de Camões. Para quem já conheça IbĂ©ria, este Amarte acaba por soar a repetição. Muitos dos temas já haviam sido apresentados no disco anterior – “Praça de Santiago” , “Nicolinas”, “Momento Azul” – embora este novo disco traga tambĂ©m algumas mĂşsicas originais. Mais uma vez as novas composições sĂŁo reflexo de uma consciente alma ibĂ©rica e as interpretações sĂŁo sempre esmeradas.
Para quem nĂŁo conheça nada do guitarrista este Amarte acaba por ser uma boa porta de entrada no seu universo, ao mostrar os melhores momentos da primeira edição alternados com temas mais frescos. Pronto para conquistar pĂşblico para lá das fronteiras territoriais, este disco Ă© uma edição World Village, o departamento “world” da ilustre Harmonia Mundi. A palavra "world" Ă©, claro, uma designação demasiado tola para colar a este disco, Ă© impossĂvel rotular esta mĂşsica sem referir a mĂşsica tradicional portuguesa, o flamenco e uns certos elementos roubados ao jazz e Ă mĂşsica clássica. Tal como a sua cidade natal, GuimarĂŁes, a mĂşsica de Manuel d’Oliveira denota extrema veneração pela tradição, demonstrando que a beleza da arte (arquitectĂłnica, musical) Ă© ainda mais evidente quando se revela intemporal.
nunocatarino@gmail.com
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