DISCOS
Broken Social Scene
Broken Social Scene
· 10 Ago 2006 · 08:00 ·

Broken Social Scene
Broken Social Scene
2005
Arts & Crafts
Sítios oficiais:
- Broken Social Scene
- Arts & Crafts
Broken Social Scene
2005
Arts & Crafts
Sítios oficiais:
- Broken Social Scene
- Arts & Crafts

Broken Social Scene
Broken Social Scene
2005
Arts & Crafts
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- Broken Social Scene
- Arts & Crafts
Broken Social Scene
2005
Arts & Crafts
Sítios oficiais:
- Broken Social Scene
- Arts & Crafts
E aqui volta à baila a questão da acessibilidade. "7/4 (Shoreline)" é talvez dos singles pop mais brilhantes dos anos 2000. O riff certeiro, a voz de Feist, o ritmo 7/4, as guitarras (tantas guitarras, "mais guitarras!", pedia Conan O'Brien quando foram tocar isto ao Late Night, com Feist e Emily Haines passadíssimas, cinco guitarras, cinco metais, umas 30 pessoas em palco), os metais que começam lá ao fundo e depois são postos para a frente no final da canção, tudo aqui introduz o que é Broken Social Scene. Um disco mais conciso que o seu antecessor, menos ecléctico, mas que continua a ser basicamente 30 pessoas num estúdio a não saber bem o que estão a fazer, a gravar isto ou aquilo e alguém, uma mente brilhante, neste caso, a de David Newfeld, a juntar tudo como ninguém. Parece não ter havido aqui um processo de escrita de canções (parte-se de um riff, de um beat, e até de uma remistura de "One Evening" de Feist a solo, em "Hotel"), mas não nos podemos enganar, há aqui muitas e boas canções. Este foi o disco que catapultou, ainda mais que em 2002/2003, os Broken Social Scene para a linha da frente das bandas canadianas, depois do fenómeno Arcade Fire que mudou para sempre a visão da comunidade indie sobre o país frio que existe mesmo por cima dos Estados Unidos. Não interessam os membros predominantes, entre pernas e braços, até há espaço para umas rimas de K-Os, o rapper canadiano algo aborrecido que aqui até está em topo de forma e safa-se estupidamente bem em algo que devia ser uma má ideia. Uma péssima ideia, juntar dois mundos que, em pleno século XXI, andam sempre de mãos dadas (o hip-hop e o indie rock), mas felizmente, para além de um ou outro disco do Cage, não costumam juntar-se muito (nem todas as vezes podem resultar assim). A pressão tremenda que recaía sobre a banda nesta altura resultou de forma impressionante.
Rodrigo Nogueirarodrigo.nogueira@bodyspace.net
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