DISCOS
Elliott Smith
Figure 8
· 25 Ago 2002 · 08:00 ·

Elliott Smith
Figure 8
2000
DreamWorks
Sítios oficiais:
- Elliott Smith
- DreamWorks
Figure 8
2000
DreamWorks
Sítios oficiais:
- Elliott Smith
- DreamWorks

Elliott Smith
Figure 8
2000
DreamWorks
Sítios oficiais:
- Elliott Smith
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Figure 8
2000
DreamWorks
Sítios oficiais:
- Elliott Smith
- DreamWorks
Elliott Smith nasceu nos EUA, tendo começado a compor e a gravar os seus próprios temas aos 14 anos. Pode-se dizer que deixou de ser apenas um cantor desconhecido quando, em 1997, foi o responsável pela criação do tema “Miss Misery”, incluído na banda sonora do filme “Good Will Hunting”.
Podemos dizer que Smith nada tem de estrela, no sentido em que tanto no seu aspecto físico como na forma como age, não se encontra presente aquele vedetismo que caracteriza tantos daqueles que fazem parte do mundo do espectáculo.
Elliott Smith mostra-nos neste álbum, mais uma vez, que as suas raízes são de certa forma encaixadas num estilo “folk punk”. Os fãs de “punk” ficarão certamente satisfeitos por se aperceberem que este álbum é bem mais “cru” do que o anterior “XO”.
Embora neste álbum, Smith se mostre mais gracioso na forma como interpreta aquilo que escreve, as suas letras continuam a ser tristes e algo escuras como antes. A imaginação está sempre presente em cada tema, havendo sempre algo novo em cada música, embora sejam mudanças subtis, o que faz com que os temas ao longo do cd sejam vistos/ouvidos como um todo... homogéneo demais para mim! O disco acaba por ser longo demais (cerca de 52 minutos), porque não há pontos de discordância entre as músicas. Começo a ouvir o cd e, ao fim de meia dúzia de temas, acabo com a sensação de que é tudo o mesmo e que não me apetece ouvir mais... mas um último esforço acaba por valer a pena. Figure 8 acaba por ser uma boa colecção de temas e grandes interpretações, com pouca instrumentalização. Por exemplo, “Everything reminds me of her” é um tema muito bonito que nos transporta ao mundo de Smith, através da sua simplicidade “so if I seem a little out of it, sorry... but why should I lie... everything reminds me of her”.
Por outro lado, em temas como “Somebody that I used to know”, Elliott consegue mostrar que a sua interpretação de alguns temas consegue ir além dos simples sussurros de outras músicas suas. No fundo, a vulnerabilidade que Elliott Smith mostra nos temas de Figure 8 acabam por revelar muito sobre ele próprio, ao mesmo tempo que escondem... disfarçam...
Figure 8, com o nome de uma manifestação geométrica de solipsismo, retractando o infinito, é um álbum que não tem o tal toque de genialidade de que tanto se fala, mas merece um pouco da atenção de quem gosta de relembrar os tão falados Beatles mas num registo mais actual.
Susana EnesPodemos dizer que Smith nada tem de estrela, no sentido em que tanto no seu aspecto físico como na forma como age, não se encontra presente aquele vedetismo que caracteriza tantos daqueles que fazem parte do mundo do espectáculo.
Elliott Smith mostra-nos neste álbum, mais uma vez, que as suas raízes são de certa forma encaixadas num estilo “folk punk”. Os fãs de “punk” ficarão certamente satisfeitos por se aperceberem que este álbum é bem mais “cru” do que o anterior “XO”.
Embora neste álbum, Smith se mostre mais gracioso na forma como interpreta aquilo que escreve, as suas letras continuam a ser tristes e algo escuras como antes. A imaginação está sempre presente em cada tema, havendo sempre algo novo em cada música, embora sejam mudanças subtis, o que faz com que os temas ao longo do cd sejam vistos/ouvidos como um todo... homogéneo demais para mim! O disco acaba por ser longo demais (cerca de 52 minutos), porque não há pontos de discordância entre as músicas. Começo a ouvir o cd e, ao fim de meia dúzia de temas, acabo com a sensação de que é tudo o mesmo e que não me apetece ouvir mais... mas um último esforço acaba por valer a pena. Figure 8 acaba por ser uma boa colecção de temas e grandes interpretações, com pouca instrumentalização. Por exemplo, “Everything reminds me of her” é um tema muito bonito que nos transporta ao mundo de Smith, através da sua simplicidade “so if I seem a little out of it, sorry... but why should I lie... everything reminds me of her”.
Por outro lado, em temas como “Somebody that I used to know”, Elliott consegue mostrar que a sua interpretação de alguns temas consegue ir além dos simples sussurros de outras músicas suas. No fundo, a vulnerabilidade que Elliott Smith mostra nos temas de Figure 8 acabam por revelar muito sobre ele próprio, ao mesmo tempo que escondem... disfarçam...
Figure 8, com o nome de uma manifestação geométrica de solipsismo, retractando o infinito, é um álbum que não tem o tal toque de genialidade de que tanto se fala, mas merece um pouco da atenção de quem gosta de relembrar os tão falados Beatles mas num registo mais actual.
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