DISCOS
Múm
Finally We are no one
· 29 Jul 2002 · 08:00 ·
Múm
Finally We are no one
2002
Fat Cat
Sítios oficiais:
- Fat Cat
Finally We are no one
2002
Fat Cat
Sítios oficiais:
- Fat Cat
Múm
Finally We are no one
2002
Fat Cat
Sítios oficiais:
- Fat Cat
Finally We are no one
2002
Fat Cat
Sítios oficiais:
- Fat Cat
Da Islândia: depois de Björk e dos Sigur Ròs, os Múm. O facto de serem neste momento um fenómeno de popularidade é também devido a um público cada vez mais heterogéneo e surpreendente, que absorve de forma impressionante um conceito a priori não-comercial. No entanto, a rota que tomou "Finally We Are No One" é também um factor importante; apesar de manter as idiossincrasias inerentes aos Múm intactas, percebe-se uma maior proximidade do Mainstream: a influência da electrónica suja e experimental de Aphex Twin ou Boards of Canada dilui-se nas correntes transparentes das vozes de crianças ou dos órgãos infantis, assumindo os Múm, de forma definitiva, a candura que transparecia já do primeiro álbum.
"Finally We Are No One" é do principio ao fim um conjunto de sons que se integra numa lógica nostálgica, mas não só: sem ser artificial, esta nostalgia consegue transportar o ouvinte para si mesmo, dando espaço para a introspecção, sem que esta esteja carregada de algum simbolismo condicionador (como por exemplo com os Boards of Canada). Os Múm expressam a sua pureza gelada vinda directamente dos glaciares islandeses.
"Finally We Are No One" não despreza os sons electrónicos, possuindo até, do ponto de vista técnico, uma concepção baseada em layers como em qualquer outro projecto electrónico, ao contrário dos Sigur Ròs, que partem de princípios orgânicos. No entanto, essa mesma electrónica é formada por sons suaves e batidas subtis (será que ainda sobrevivem ao próximo álbum?), que compõem paisagens e passagens de um estado de espírito para outro de uma forma sublime, tornando-se impossível descrever com palavras alguns momentos de "K/Half Noise" e "The Land Between Solar Systems".
Nuno Cruz"Finally We Are No One" é do principio ao fim um conjunto de sons que se integra numa lógica nostálgica, mas não só: sem ser artificial, esta nostalgia consegue transportar o ouvinte para si mesmo, dando espaço para a introspecção, sem que esta esteja carregada de algum simbolismo condicionador (como por exemplo com os Boards of Canada). Os Múm expressam a sua pureza gelada vinda directamente dos glaciares islandeses.
"Finally We Are No One" não despreza os sons electrónicos, possuindo até, do ponto de vista técnico, uma concepção baseada em layers como em qualquer outro projecto electrónico, ao contrário dos Sigur Ròs, que partem de princípios orgânicos. No entanto, essa mesma electrónica é formada por sons suaves e batidas subtis (será que ainda sobrevivem ao próximo álbum?), que compõem paisagens e passagens de um estado de espírito para outro de uma forma sublime, tornando-se impossível descrever com palavras alguns momentos de "K/Half Noise" e "The Land Between Solar Systems".
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