DISCOS
Equiknoxx
Colón Man
· 06 Dez 2017 · 17:02 ·

Equiknoxx
Colón Man
2017
DDS
Sítios oficiais:
- Equiknoxx
Colón Man
2017
DDS
Sítios oficiais:
- Equiknoxx

Equiknoxx
Colón Man
2017
DDS
Sítios oficiais:
- Equiknoxx
Colón Man
2017
DDS
Sítios oficiais:
- Equiknoxx
Na terra de ninguém, cada vez mais.
Com Bird Sound Power – álbum/antologia de apresentação ao mundo, Verão de 2016 – a lógica era a do músculo, cérebro e sentimento, era o arrasto do dancehall jamaicano para um lugar de opções insanas, imprevisíveis, um afastamento dos maneirismos práticos que a bass-music britânica forjou e formulou.
Colón Man não dista muito de Bird Sound Power, que não sendo um álbum 'álbum', era um de um alinhamento coerente – explicito o poder da escrita criativa dos seus autores, jamaicanos de gema. Uma vez mais pela DDS dos Demdikes Stares, Blair e Chung mostram-se fieis ao seu estilo, não para o 'mais do mesmo', mas para lhe aprimorar o nervo, limar as arestas.
A música continua descarnada, os beats voltam a ser golpes precisos – sentem-se no corpo mas não doem –, o fundo cénico é de minudências que só com fones nos ouvidos se detectam – amiúde ao fim várias escutas –, a imprevisibilidade é permanente mais-valia, e até as melodias, antes reduzidas ao meramente essencial, agora possuem novas e ricas texturas, mais tempo, brilho, sedução.
De cada tema transpira a confiança que os autores têm nas suas técnicas: advém daí peripécias à aventura encetada; façanha, assome-se, que em nenhum instante receia o 'estranho'. Já pouco sentido fará em falar-se de dancehall nesta exótica música de batidas extravagantes: tudo isto, todo este resumo da corajosa expedição dos Equiknoxx a uma realidade alienígena, é cada vez mais um relato vindo da terra de ninguém.
Rafael SantosColón Man não dista muito de Bird Sound Power, que não sendo um álbum 'álbum', era um de um alinhamento coerente – explicito o poder da escrita criativa dos seus autores, jamaicanos de gema. Uma vez mais pela DDS dos Demdikes Stares, Blair e Chung mostram-se fieis ao seu estilo, não para o 'mais do mesmo', mas para lhe aprimorar o nervo, limar as arestas.
A música continua descarnada, os beats voltam a ser golpes precisos – sentem-se no corpo mas não doem –, o fundo cénico é de minudências que só com fones nos ouvidos se detectam – amiúde ao fim várias escutas –, a imprevisibilidade é permanente mais-valia, e até as melodias, antes reduzidas ao meramente essencial, agora possuem novas e ricas texturas, mais tempo, brilho, sedução.
De cada tema transpira a confiança que os autores têm nas suas técnicas: advém daí peripécias à aventura encetada; façanha, assome-se, que em nenhum instante receia o 'estranho'. Já pouco sentido fará em falar-se de dancehall nesta exótica música de batidas extravagantes: tudo isto, todo este resumo da corajosa expedição dos Equiknoxx a uma realidade alienígena, é cada vez mais um relato vindo da terra de ninguém.
r_b_santos_world@hotmail.com
RELACIONADO / Equiknoxx