DISCOS
Maria Mendes
Innocentia
· 22 Out 2015 · 08:50 ·
Maria Mendes
Innocentia
2015
Ed. de Autor
Sítios oficiais:
- Maria Mendes
Innocentia
2015
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- Maria Mendes
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Innocentia
2015
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Innocentia
2015
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- Maria Mendes
Volume dois, a confirmação.
Tendo editado em 2012 o seu disco de estreia, Along the Road, a cantora Maria Mendes revelou desde logo uma voz sólida. Chegada ao “temido” segundo disco, editado três anos depois da estreia, a cantora não treme. Ao segundo registo não desilude, confirma definitivamente as credenciais reveladas nesse primeiro cartão de apresentação.
Este segundo álbum, Innocentia, não tem necessariamente a inocência do primeiro, nem se afasta muito da estética inicial, embora seja notório um desejo de emancipação. Agora há menos covers, menos standards, mais originais. Há um lado brasileiro que se mantém, embora as escolhas agora sejam pouco óbvias (apenas a bonus track, “Água de Beber”), preferindo revisitar temas menos comuns, como “O Ovo” de Hermeto Pascoal e “Bachianas Brasileiras” de Heitor Villa-Lobos.
Tal como aconteceu no disco de estreia, nesta gravação a cantora natural do Porto volta a contar com o apoio de um grupo de músicos holandeses: mantém-se o núcleo composto por Karel Boehlee (piano), Clemens van der Feen (contrabaixo) e Jasper van Hulten (bateria); neste disco sai Wim Dijkgraaf (harmónica) e entra Anat Cohen (clarinete). Tal como no anterior, os músicos desenvolvem uma cama instrumental confortável, pouco exuberante.
O disco abre com a universal “Smile”, de Charlie Chaplin, em arranjo despido com a voz de Maria em natural evidência. Seguem-se vários originais e versões/transformações, de Sting a Pat Metheny, passando por Michel Legrand (o tio de Victoria, dos Beach House, que gravou com Miles Davis). O disco sobrevive pela segurança da voz de Maria Mendes, apoiada por um background instrumental consistente. A diversidade de ambientes e línguas (alternando entre português de Portugal, português do Brasil e inglês) acaba por condicionar a fruição do disco que, nos distintos registos que atravessa, acaba por soar demasiado variado, demasiado disperso. Mas, apesar dessa diversidade, e de nem sempre manter o mesmo nível, há um elemento central fundamental que conduz todo o disco: a voz de Maria. Que já merece chegar a um público mais vasto.
Nuno CatarinoEste segundo álbum, Innocentia, não tem necessariamente a inocência do primeiro, nem se afasta muito da estética inicial, embora seja notório um desejo de emancipação. Agora há menos covers, menos standards, mais originais. Há um lado brasileiro que se mantém, embora as escolhas agora sejam pouco óbvias (apenas a bonus track, “Água de Beber”), preferindo revisitar temas menos comuns, como “O Ovo” de Hermeto Pascoal e “Bachianas Brasileiras” de Heitor Villa-Lobos.
Tal como aconteceu no disco de estreia, nesta gravação a cantora natural do Porto volta a contar com o apoio de um grupo de músicos holandeses: mantém-se o núcleo composto por Karel Boehlee (piano), Clemens van der Feen (contrabaixo) e Jasper van Hulten (bateria); neste disco sai Wim Dijkgraaf (harmónica) e entra Anat Cohen (clarinete). Tal como no anterior, os músicos desenvolvem uma cama instrumental confortável, pouco exuberante.
O disco abre com a universal “Smile”, de Charlie Chaplin, em arranjo despido com a voz de Maria em natural evidência. Seguem-se vários originais e versões/transformações, de Sting a Pat Metheny, passando por Michel Legrand (o tio de Victoria, dos Beach House, que gravou com Miles Davis). O disco sobrevive pela segurança da voz de Maria Mendes, apoiada por um background instrumental consistente. A diversidade de ambientes e línguas (alternando entre português de Portugal, português do Brasil e inglês) acaba por condicionar a fruição do disco que, nos distintos registos que atravessa, acaba por soar demasiado variado, demasiado disperso. Mas, apesar dessa diversidade, e de nem sempre manter o mesmo nível, há um elemento central fundamental que conduz todo o disco: a voz de Maria. Que já merece chegar a um público mais vasto.
nunocatarino@gmail.com
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