DISCOS
Riccardo Dillon Wanke
Cuts
· 01 Abr 2015 · 10:32 ·
Riccardo Dillon Wanke
Cuts
2015
Three:Four Records
Sítios oficiais:
- Three:Four Records
Cuts
2015
Three:Four Records
Sítios oficiais:
- Three:Four Records
Riccardo Dillon Wanke
Cuts
2015
Three:Four Records
Sítios oficiais:
- Three:Four Records
Cuts
2015
Three:Four Records
Sítios oficiais:
- Three:Four Records
Eis, um ONVI.
A primeira vez que ouvimos o nome de Riccardo Dillon Wanke terá sido como membro do grupo Dru, onde acompanhava os nossos conhecidos Manuel Mota e David Maranha. Estávamos em 2008 e desde então Dillon Wanke tem sido uma presença assídua na cena musical (experimental e improvisada) portuguesa. Italiano, oriundo de Génova, Riccardo Dillon Wanke vive desde 2005 em Lisboa, actuando como multi-instrumentista, muitas vezes dedicado ao piano eléctrico Fender Rhodes, sintetizador e guitarra.
Tendo Dillon Wanke usado ao longo dos últimos anos, sobretudo nos contextos de improvisação livre, estruturas repetitivas que iam evoluindo em longas peças, este disco quer funcionar de modo inverso: resulta de um esforço de concentração, de utilizar a mesma estratégia mas aqui aplicada a espaços mais curtos e concisos. Este disco não revela apenas peças mais concisas, mostra também uma variedade de ambientes e tonalidades sonoras.
Este disco de estreia surge pela Three:Four, a editora suíça que tem editado recentemente vários nomes portugueses: Norberto Lobo (Fornalha ), Filipe Felizardo (Sede e Morte ) e David Maranha & Helena Espvall (Sombras Incendiadas, apresentado ao vivo na ZDB há poucos dias). A edição vinil conta com dois temas no lado A (“Dust” e “La puerta condenada”) e quatro temas no lado B (“Fast tears”, “Dorset”, “Una sonrisa torcida” e “Gallos blancos”) – a edição digital junta ainda dois temas extra, “K” e “Avallaneda”.
Dillon Wanke refere como fonte de inspiração referências literárias, nomeadamente nomes como Roberto Bolaño e Julio Cortazar. Mas neste Cuts não temos música que se deixe ficar fechada numa referência imagética sul-americana polvilhada de respectivos clichés associados. Aqui encontramos matéria sonora não identificável, isto é um OVNI musical que ora nos embala na tonalidade ambiental, ora nos surpreende com a sujidade noise, ora nos leva nas batidas regulares (cardíacas?), sem nunca se fixar, deixando-nos sem saber onde estamos.
Nuno CatarinoTendo Dillon Wanke usado ao longo dos últimos anos, sobretudo nos contextos de improvisação livre, estruturas repetitivas que iam evoluindo em longas peças, este disco quer funcionar de modo inverso: resulta de um esforço de concentração, de utilizar a mesma estratégia mas aqui aplicada a espaços mais curtos e concisos. Este disco não revela apenas peças mais concisas, mostra também uma variedade de ambientes e tonalidades sonoras.
Este disco de estreia surge pela Three:Four, a editora suíça que tem editado recentemente vários nomes portugueses: Norberto Lobo (Fornalha ), Filipe Felizardo (Sede e Morte ) e David Maranha & Helena Espvall (Sombras Incendiadas, apresentado ao vivo na ZDB há poucos dias). A edição vinil conta com dois temas no lado A (“Dust” e “La puerta condenada”) e quatro temas no lado B (“Fast tears”, “Dorset”, “Una sonrisa torcida” e “Gallos blancos”) – a edição digital junta ainda dois temas extra, “K” e “Avallaneda”.
Dillon Wanke refere como fonte de inspiração referências literárias, nomeadamente nomes como Roberto Bolaño e Julio Cortazar. Mas neste Cuts não temos música que se deixe ficar fechada numa referência imagética sul-americana polvilhada de respectivos clichés associados. Aqui encontramos matéria sonora não identificável, isto é um OVNI musical que ora nos embala na tonalidade ambiental, ora nos surpreende com a sujidade noise, ora nos leva nas batidas regulares (cardíacas?), sem nunca se fixar, deixando-nos sem saber onde estamos.
nunocatarino@gmail.com
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