DISCOS
A.M.O.R.
Infinity Remixed, Volume 1 EP
· 03 Jun 2014 · 15:09 ·

A.M.O.R.
Infinity Remixed, Volume 1 EP
2014
A.M.O.R.
Sítios oficiais:
- A.M.O.R.
Infinity Remixed, Volume 1 EP
2014
A.M.O.R.
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- A.M.O.R.

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2014
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2014
A.M.O.R.
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As regras da atracção.
A dupla lisboeta A.M.O.R. estreou-se em 2013 com ∞, um álbum irreverente e promissor, sob coordenadas "hip hop" mas rompendo as convenções do género. O EP "Infinity Remixed, Volume 1" contém quatro faixas desse álbum remisturadas por IVVVO, Sabre, Shcuro e Pedro, O Mau. Os trabalhos de remistura vulgarizaram-se em demasia e muitas vezes não resultam bem, ou não acrescentam nada de relevante ao material original. Tratando-se de "hip hop", com vocalizações muito expressivas, o desafio torna-se ainda mais complicado.
Talvez devido à cumplicidade patente entre as autoras e os produtores das remisturas, porém, este EP resulta bem e acrescenta novos conceitos e novas linguagens às faixas originais. A energia torrencial das A.M.O.R. surge comprimida e enquadrada num ambiente sombrio e hipnótico, com as rimas envolvidas na languidez de texturas electrónicas que apontam para uma experiência mais introspectiva e cerebral, menos física, igualmente poderosa.
Sobretudo a faixa de abertura, "Novo Dia (IVVVO Mix)", colisão frontal entre duas forças magnéticas, dois polos opostos que acabam por se atrair mutuamente. A fusão ocorre num ponto intermédio entre a vocalização das A.M.O.R., à superfície, e as batidas fragmentadas e reverberações cavernosas de IVVVO, nas profundezas dos melhores clubes da "bass music" londrina.
Em "Hustlerz (Sabre Refix)" explora-se uma putativa adaptação às pistas de dança, através de desdobramentos com linhas "house" sincopadas e luminosas, enquanto Shcuro (reminiscências de um "dubstep" em ruínas) e Pedro, O Mau (mais fiel ao material original) apontam no mesmo sentido metafísico de IVVVO. Aguarda-se com expectativa pelo segundo volume.
Gustavo SampaioTalvez devido à cumplicidade patente entre as autoras e os produtores das remisturas, porém, este EP resulta bem e acrescenta novos conceitos e novas linguagens às faixas originais. A energia torrencial das A.M.O.R. surge comprimida e enquadrada num ambiente sombrio e hipnótico, com as rimas envolvidas na languidez de texturas electrónicas que apontam para uma experiência mais introspectiva e cerebral, menos física, igualmente poderosa.
Sobretudo a faixa de abertura, "Novo Dia (IVVVO Mix)", colisão frontal entre duas forças magnéticas, dois polos opostos que acabam por se atrair mutuamente. A fusão ocorre num ponto intermédio entre a vocalização das A.M.O.R., à superfície, e as batidas fragmentadas e reverberações cavernosas de IVVVO, nas profundezas dos melhores clubes da "bass music" londrina.
Em "Hustlerz (Sabre Refix)" explora-se uma putativa adaptação às pistas de dança, através de desdobramentos com linhas "house" sincopadas e luminosas, enquanto Shcuro (reminiscências de um "dubstep" em ruínas) e Pedro, O Mau (mais fiel ao material original) apontam no mesmo sentido metafísico de IVVVO. Aguarda-se com expectativa pelo segundo volume.
gsampaio@hotmail.com
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