DISCOS
Rufus Wainwright
Vibrate: The Best Of / Live From the Artists Den
· 25 Mar 2014 · 09:00 ·
Rufus Wainwright
Vibrate: The Best Of / Live From the Artists Den
2014
Universal Music Enterprises
Sítios oficiais:
- Rufus Wainwright
- Universal Music Enterprises
Vibrate: The Best Of / Live From the Artists Den
2014
Universal Music Enterprises
Sítios oficiais:
- Rufus Wainwright
- Universal Music Enterprises
Rufus Wainwright
Vibrate: The Best Of / Live From the Artists Den
2014
Universal Music Enterprises
Sítios oficiais:
- Rufus Wainwright
- Universal Music Enterprises
Vibrate: The Best Of / Live From the Artists Den
2014
Universal Music Enterprises
Sítios oficiais:
- Rufus Wainwright
- Universal Music Enterprises
A retrospetiva em estúdio e ao vivo.
Rufus Wainwright editou em 2011 uma portentosa e imponente caixa, “House of Rufus”, com mais de 20 discos que traçavam então uma retrospetiva da obra do músico nascido no Canadá. De gravações enquanto criança a momentos ao vivo, Rufus estabeleceu então um momento de viragem numa carreira pontuada por grandes momentos – “Poses”, soberbo disco de 2001, à cabeça. Desde então, Rufus Wainwright soltou a sua veia mais pop e editou o luminoso “Out of the Game” – o lado mais instrospetivo e de contenção não vê a luz desde o negro de “All Days Are Nights: Songs for Lulu”, de 2010, trabalho para piano e voz escrito depois da morte da sua mãe, a cantora Kate Mcgarrigle.
Chegado a 2014, e antes de um novo álbum de estúdio, é chegado o momento de mais um balanço na carreira de Rufus: a “Vibrate: The Best Of”, compilação da praxe de momentos natalícios inusitadamente lançada pouco antes da Páscoa, junta-se o registo ao vivo “Live From the Artists Den”, gravado numa igreja nova-iorquina em 2012 para o programa televisivo com o mesmo nome.
Há em Rufus Wainwright dois intérpretes e escritores de cantigas: um festivo e refrescante, e um outro mais dramático e teatral. “Vibrate: The Best Of” junta com sucesso os dois mundos – a edição de um só disco é uma introdução globalmente bem sucedida, embora inevitavelmente redutora, da discografia de Wainwright, mas a atenção recai para a dupla edição com momentos mais escondidos e até ver não editados, a maior parte dos quais registados ao vivo. Há duas canções novas, “Me and Liza” e “Chic and Pointless”, mas são os momentos que já conhecíamos a permanecer inalterados na sua urgência e beleza. Nos melhores momentos, Rufus Wainwright comove na sua simplicidade musical, por contraponto com a intensidade emocional das letras e interpretação.
Ao vivo, há também dois intérpretes: o Rufus a solo, voz, piano e guitarra, e o Rufus “big band”, como o que podemos ver e ouvir em “Live From the Artists Den”. Em comum, um homem de simpatia fora de comum e perfeito domínio de palco.
Rufus Wainwright está numa fase de transição. Venha daí novo material mais soalheiro ou melancólico, e antevendo que seja difícil repetir uma obra-prima como “Poses”, é certo que os próximos anos trarão boa música destes lados. Rufus Wainwright é um porto seguro e isso, parecendo que não, já é bastante.
ppfigueiredo@gmail.com
Pedro Primo FigueiredoChegado a 2014, e antes de um novo álbum de estúdio, é chegado o momento de mais um balanço na carreira de Rufus: a “Vibrate: The Best Of”, compilação da praxe de momentos natalícios inusitadamente lançada pouco antes da Páscoa, junta-se o registo ao vivo “Live From the Artists Den”, gravado numa igreja nova-iorquina em 2012 para o programa televisivo com o mesmo nome.
Há em Rufus Wainwright dois intérpretes e escritores de cantigas: um festivo e refrescante, e um outro mais dramático e teatral. “Vibrate: The Best Of” junta com sucesso os dois mundos – a edição de um só disco é uma introdução globalmente bem sucedida, embora inevitavelmente redutora, da discografia de Wainwright, mas a atenção recai para a dupla edição com momentos mais escondidos e até ver não editados, a maior parte dos quais registados ao vivo. Há duas canções novas, “Me and Liza” e “Chic and Pointless”, mas são os momentos que já conhecíamos a permanecer inalterados na sua urgência e beleza. Nos melhores momentos, Rufus Wainwright comove na sua simplicidade musical, por contraponto com a intensidade emocional das letras e interpretação.
Ao vivo, há também dois intérpretes: o Rufus a solo, voz, piano e guitarra, e o Rufus “big band”, como o que podemos ver e ouvir em “Live From the Artists Den”. Em comum, um homem de simpatia fora de comum e perfeito domínio de palco.
Rufus Wainwright está numa fase de transição. Venha daí novo material mais soalheiro ou melancólico, e antevendo que seja difícil repetir uma obra-prima como “Poses”, é certo que os próximos anos trarão boa música destes lados. Rufus Wainwright é um porto seguro e isso, parecendo que não, já é bastante.
ppfigueiredo@gmail.com
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