DISCOS
Peaking Lights
Lucifer
· 21 Set 2012 · 21:24 ·
Peaking Lights
Lucifer
2012
Mexican Summer
Sítios oficiais:
- Peaking Lights
- Mexican Summer
Lucifer
2012
Mexican Summer
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- Peaking Lights
- Mexican Summer
Peaking Lights
Lucifer
2012
Mexican Summer
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Lucifer
2012
Mexican Summer
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- Mexican Summer
Ressaca.
Após a drogaria de 936, outra coisa não seria de esperar dos Peaking Lights que não descerem um pouco à terra e amenizarem a sua sonoridade - porque não é possível viver sempre no pico, dá-nos cabo do corpo e da alma. Daí que Lucifer, apesar do nome, seja menos o Diabo e mais um pequeno pedaço celeste, a descida da trip anterior de forma tão leve quanto uma folha ao vento; menos acid house ou variantes EDM e mais as paisagens ambientais dos Orb, que são a primeira coisa que nos vem à memória nos teclados de "Beautiful Son".
Sendo certo que os melhores discos são os drogados (Bill Hicks dixit), Lucifer não deve ser posto de parte apenas porque o lo-fi de 936 foi abandonado em nome de canções mais limpas e coesas, já não tão repetitivas mas encantadoras de qualquer das formas. O fascínio pelo dub ainda se encontra bem presente: "Cosmic Tides" é o melhor exemplo disso, um groove hipnótico onde a voz em modo anjo (não falávamos de Lúcifer? Lembrem-se de que era um anjo) de Indra Dunis se alia aos sintetizadores cósmicos (heh) durante seis minutos onde gingar é imperativo (não falávamos dos Orb? Lembrem-se de "Perpetual Dawn").
Lucifer, ao contrário de 936, é um disco onde os Peaking Lights parecem dispostos a correr riscos e a trabalhar no sentido de produzir algo minimamente palpável enquanto objecto musical - não apenas uma brincadeira de quarto que, e só por acaso, correu mesmo muito bem. Será essa a sua maior falha: o terem pensado demasiado naquilo que queriam fazer, em vez de simplesmente deixar correr as ideias. No entanto, é um optimo disco de pop electrónica que promete fazer as delícias de todos quantos nele se embrenhem: o verdadeiro chill-out room de 2012. Não é preciso estar sempre a tripar.
Paulo CecílioSendo certo que os melhores discos são os drogados (Bill Hicks dixit), Lucifer não deve ser posto de parte apenas porque o lo-fi de 936 foi abandonado em nome de canções mais limpas e coesas, já não tão repetitivas mas encantadoras de qualquer das formas. O fascínio pelo dub ainda se encontra bem presente: "Cosmic Tides" é o melhor exemplo disso, um groove hipnótico onde a voz em modo anjo (não falávamos de Lúcifer? Lembrem-se de que era um anjo) de Indra Dunis se alia aos sintetizadores cósmicos (heh) durante seis minutos onde gingar é imperativo (não falávamos dos Orb? Lembrem-se de "Perpetual Dawn").
Lucifer, ao contrário de 936, é um disco onde os Peaking Lights parecem dispostos a correr riscos e a trabalhar no sentido de produzir algo minimamente palpável enquanto objecto musical - não apenas uma brincadeira de quarto que, e só por acaso, correu mesmo muito bem. Será essa a sua maior falha: o terem pensado demasiado naquilo que queriam fazer, em vez de simplesmente deixar correr as ideias. No entanto, é um optimo disco de pop electrónica que promete fazer as delícias de todos quantos nele se embrenhem: o verdadeiro chill-out room de 2012. Não é preciso estar sempre a tripar.
pauloandrececilio@gmail.com
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