DISCOS
Alpha
Stargazing
· 27 Out 2003 · 08:00 ·
Alpha
Stargazing
2003
Catalogue
Sítios oficiais:
- Alpha
- Catalogue
Stargazing
2003
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Stargazing
2003
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2003
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Um breve regresso ao passado. Os Alpha surgiram em 1997 com Come From Heaven, álbum muito bem recebido e altamente elogiado; no entanto, não deixou de haver umas erradas e imediatas conotações com os Massive Attack, muito devido ao facto de os Alpha terem sido a primeira banda a ser editada pela Melankolic, editora fundada por membros dos Massive Attack.
Provenientes de Bristol, foram colados ao movimento do “trip-hop”, sendo talvez isso que os levou em The Impossible Thrill a procurar novas rumos, do que resulta um álbum em que a simplicidade se esfumou, as orquestrações eram demasiadamente complexas... a fluidez foi perdida.
Surge então Stargazing, editado pela Catalogue (os Alpha sempre foram mais bem recebidos em França do que em Inglaterra), que traz de novo os Alpha à ribalta. Regressam as canções orgânicas, as luxuosas orquestrações, a energia positiva, como espelha a capa do disco - que nos traz um túnel de metro invertido, mas tremendamente iluminado. Aos vocalistas já habituais (Helen White, Wendy Stubbs e Martin Barnard) ainda houve espaço para juntar outro grande talento – Kelvin Swaby – que, por exemplo, em “Elvis” mostra a sua poderosa voz numa prodigiosa canção “soul”. É também nas vocalizações que os Alpha estão melhores, na forma como enquadram vozes nas instrumentações, sem retirar brilho a nenhuma das partes (se bem que nem faz sentido falar em partes…).
É complicado destacar momentos, tal a coesão, mas num disco claramente de canções e emoções há momentos para todos os gostos; ”Silver Light” é intriga e mistério, “I Just Wanna Make You” é desejo e sensualidade, insano é sinónimo de “Vers Toi”... mas o nosso mundo é feito de variadas sensações e como podíamos viver sem o doce e terno que nos é trazido em “Elvis”? Como disse, é complicado destacar momentos, pois seria injusto deixar “A Perfect End” no seu tom sombrio, ou até “As Far as You Can”, num momento de pura instrumentação que funciona como o interlúdio perfeito entre duas intensas canções.
Em “Once Round Town” ouve-se repetidamente “it looks like we found our way”… Sem qualquer dúvida, estão de volta as cordas que tanto arrepiam, os momentos de tensão, a beleza ímpar. Está de volta a perfeição e o classicismo das canções sobre borbulhantes toadas electrónicas.
Miguel MarquesProvenientes de Bristol, foram colados ao movimento do “trip-hop”, sendo talvez isso que os levou em The Impossible Thrill a procurar novas rumos, do que resulta um álbum em que a simplicidade se esfumou, as orquestrações eram demasiadamente complexas... a fluidez foi perdida.
Surge então Stargazing, editado pela Catalogue (os Alpha sempre foram mais bem recebidos em França do que em Inglaterra), que traz de novo os Alpha à ribalta. Regressam as canções orgânicas, as luxuosas orquestrações, a energia positiva, como espelha a capa do disco - que nos traz um túnel de metro invertido, mas tremendamente iluminado. Aos vocalistas já habituais (Helen White, Wendy Stubbs e Martin Barnard) ainda houve espaço para juntar outro grande talento – Kelvin Swaby – que, por exemplo, em “Elvis” mostra a sua poderosa voz numa prodigiosa canção “soul”. É também nas vocalizações que os Alpha estão melhores, na forma como enquadram vozes nas instrumentações, sem retirar brilho a nenhuma das partes (se bem que nem faz sentido falar em partes…).
É complicado destacar momentos, tal a coesão, mas num disco claramente de canções e emoções há momentos para todos os gostos; ”Silver Light” é intriga e mistério, “I Just Wanna Make You” é desejo e sensualidade, insano é sinónimo de “Vers Toi”... mas o nosso mundo é feito de variadas sensações e como podíamos viver sem o doce e terno que nos é trazido em “Elvis”? Como disse, é complicado destacar momentos, pois seria injusto deixar “A Perfect End” no seu tom sombrio, ou até “As Far as You Can”, num momento de pura instrumentação que funciona como o interlúdio perfeito entre duas intensas canções.
Em “Once Round Town” ouve-se repetidamente “it looks like we found our way”… Sem qualquer dúvida, estão de volta as cordas que tanto arrepiam, os momentos de tensão, a beleza ímpar. Está de volta a perfeição e o classicismo das canções sobre borbulhantes toadas electrónicas.
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