DISCOS
Cangarra
C
· 10 Jan 2012 · 21:45 ·
Cangarra
C
2012
Ed. de Autor
Sítios oficiais:
- Cangarra
C
2012
Ed. de Autor
Sítios oficiais:
- Cangarra
Cangarra
C
2012
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Sítios oficiais:
- Cangarra
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2012
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- Cangarra
"Experimental" é uma palavra feia.
...é muito mais preferível utilizar a expressão "fritanço", dizer que "a guitarra leva-te para sítios insondáveis" ou, pura e simplesmente, dar uso aos discos rígidos e às pens e sacar este disco do tumblr da banda, porque agora temos permissão para o fazer - somos todos piratas até prova em contrário, certo? Sejamos contudo honestos: não fosse a pirataria e o saque de tudo quanto é sagrado não teríamos muitas das coisas boas que ouvimos hoje em dia. É o caso do duo Cangarra, piratas do psicadelismo rock, que dele se apropriam e dele fazem algo só seu.
Verdade que começaram por ter uma abordagem mais "experimental" - lá está a palavra feia outra vez -, na estreia com A, mas em B (e resta-nos esperar que continuem a lançar discos até ao Z), pareciam ter-se lançado de braços abertos aos riffs psicotrópicos que só se encontram naqueles grandes álbuns que associamos ao género, sejam norte-americanos ou alemães, os únicos discos psych que interessam. Bem, também se enfiarão neste saco os japoneses. Nunca ninguém diga que os Rallizes não são os maiores entre os drogados.
Mas os portugueses têm vindo a ter cada vez mais uma palavra a dizer nesta questão da fritaria, e C segue esta linha, albergando duas malhas longas onde o choque eléctrico é o limite, onde a bateria leva um encher de porrada e retribui-nos o gesto - algo a que o grande Ricardo Martins já nos habituou - e onde substâncias ilícitas podem ser um complemento muito útil à sua audição. Caso estas não estejam à mão os 20 minutos que dura este novo disco (EP?) não serão por isso menos agradáveis. Aproveite-se a bondade dos Cangarra em nos oferecer isto. Sempre que um músico oferece a sua arte de borla crescem furúnculos ao Tozé Brito.
Paulo CecílioVerdade que começaram por ter uma abordagem mais "experimental" - lá está a palavra feia outra vez -, na estreia com A, mas em B (e resta-nos esperar que continuem a lançar discos até ao Z), pareciam ter-se lançado de braços abertos aos riffs psicotrópicos que só se encontram naqueles grandes álbuns que associamos ao género, sejam norte-americanos ou alemães, os únicos discos psych que interessam. Bem, também se enfiarão neste saco os japoneses. Nunca ninguém diga que os Rallizes não são os maiores entre os drogados.
Mas os portugueses têm vindo a ter cada vez mais uma palavra a dizer nesta questão da fritaria, e C segue esta linha, albergando duas malhas longas onde o choque eléctrico é o limite, onde a bateria leva um encher de porrada e retribui-nos o gesto - algo a que o grande Ricardo Martins já nos habituou - e onde substâncias ilícitas podem ser um complemento muito útil à sua audição. Caso estas não estejam à mão os 20 minutos que dura este novo disco (EP?) não serão por isso menos agradáveis. Aproveite-se a bondade dos Cangarra em nos oferecer isto. Sempre que um músico oferece a sua arte de borla crescem furúnculos ao Tozé Brito.
pauloandrececilio@gmail.com
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