DISCOS
Supersilent
10
· 25 Mai 2011 · 10:20 ·

Supersilent
10
2010
Rune Grammofon
Sítios oficiais:
- Rune Grammofon
10
2010
Rune Grammofon
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Supersilent
10
2010
Rune Grammofon
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10
2010
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Ao décimo volume não há novidades, a magia é intemporal.
Os noruegueses Supersilent são um fenómeno único. Combinando elementos do jazz livre com a electrónica minimal, Arve Henriksen (trompete), Ståle Storløkken (sintetizador) e Helge Sten AKA Deathprod (electrónicas diversas), têm trilhado um percurso riquíssimo desde 1997. Neste seu 10, que corresponde metodicamente ao seu décimo disco (nesta altura já saiu o 11, edição exclusiva em vinil, que ainda não tivemos oportunidade de ouvir), a improvisação vai de encontro a um murmúrio ambiental, numa música de desenvolvimento lento, recheada de pormenores.
Se em alguns contextos/projectos o trompete de Henriksen envereda pontualmente por uma costela do tipo ECM (leia-se: jazz versão paisagem-aborrecidazzzzzzzz), aqui encaixa-se na perfeição numa lenta construção de edifícios mutantes. A electrónica IDM/ambiental de Deathprod contribui aqui com uma faceta mais tranquila, extremamente dolente. O trio completa-se com o sintetizador de Storløkken, que se integra nos diálogos, sem atropelos.
Neste décimo volume da discografia dos noruegueses - que parece não ter limite – encontramos um disco globalmente paisagístico, sem grandes erupções raivosas, onde a possível tensão é sempre muito controlada, onde a toada ambiental ganha sobre a expressividade turbulenta. Fica a ganhar cada tema, que abre mais espaço para que cada detalhe, cada fraseado do trompete ou cada burburinho electrónico possam brilhar. Sóbrio, deliciosamente contido, este 10 é uma maravilha escondida, disfarçada de preguiça.
Nuno CatarinoSe em alguns contextos/projectos o trompete de Henriksen envereda pontualmente por uma costela do tipo ECM (leia-se: jazz versão paisagem-aborrecidazzzzzzzz), aqui encaixa-se na perfeição numa lenta construção de edifícios mutantes. A electrónica IDM/ambiental de Deathprod contribui aqui com uma faceta mais tranquila, extremamente dolente. O trio completa-se com o sintetizador de Storløkken, que se integra nos diálogos, sem atropelos.
Neste décimo volume da discografia dos noruegueses - que parece não ter limite – encontramos um disco globalmente paisagístico, sem grandes erupções raivosas, onde a possível tensão é sempre muito controlada, onde a toada ambiental ganha sobre a expressividade turbulenta. Fica a ganhar cada tema, que abre mais espaço para que cada detalhe, cada fraseado do trompete ou cada burburinho electrónico possam brilhar. Sóbrio, deliciosamente contido, este 10 é uma maravilha escondida, disfarçada de preguiça.
nunocatarino@gmail.com
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