DISCOS
Denman Maroney
Udentity
· 16 Set 2009 · 10:27 ·
Denman Maroney
Udentity
2009
Clean Feed
Sítios oficiais:
- Denman Maroney
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Hyperjazz de alta complexidade formal em constante mutação.
Denman Maroney é um óptimo pianista criativo que se distingue pela exploração que faz do seu instrumento. Servindo-se directamente das cordas do piano e utilizando diversos objectos, em técnicas extensivas designadas de “hyperpiano”, Maroney tem como objectivo expandir a paleta sonora do piano. Os portugueses já tiveram oportunidade de confirmar a sua originalidade quando, integrado num fantástico trio com Mark Dresser (contrabaixo) e Michael Sarin (bateria), protagonizou um dos melhores concertos da edição 2005 do Jazz Em Agosto – “música grandiosa”, escreveu-se na altura.
Para esta gravação o pianista Maroney reuniu à sua volta um conjunto de músicos talentosos, consolidando um grupo criativo e coeso: Ned Rothenberg (clarinetes e saxofone alto), Dave Ballou (trompete), Reuben Radding (contrabaixo) e Michael Sarin (bateria). O quinteto parte de uma base formal bastante rígida (composições bem definidas, tempos e espaços muito marcados), mas por outro lado a música assume uma maleabilidade fora do normal. Por exemplo, integrando no segundo tema está uma parte da melodia de “Blue Train” [magnífico hardbop de Coltrane], que depois vai sendo decomposta ao longo da interpretação para dar lugar a novas formas.
Plástica, em permanente transformação, a música deste quinteto foge à previsibilidade, foge à lógica da estrutura exposição da melodia do tema-improvisação-tema (típica do jazz mainstream), bem como à lógica da improvisação desregrada (free improv). Há aqui um intenso trabalho de articulação instrumental, que combina elementos de diversas correntes para uma linguagem comum que estranhamente consegue funcionar bem. A fluência é magnífica e a articulação dos discursos é soberba. Este Udentity é a prova viva daquilo que o mais criativo jazz contemporâneo tem para oferecer.
Nuno CatarinoPara esta gravação o pianista Maroney reuniu à sua volta um conjunto de músicos talentosos, consolidando um grupo criativo e coeso: Ned Rothenberg (clarinetes e saxofone alto), Dave Ballou (trompete), Reuben Radding (contrabaixo) e Michael Sarin (bateria). O quinteto parte de uma base formal bastante rígida (composições bem definidas, tempos e espaços muito marcados), mas por outro lado a música assume uma maleabilidade fora do normal. Por exemplo, integrando no segundo tema está uma parte da melodia de “Blue Train” [magnífico hardbop de Coltrane], que depois vai sendo decomposta ao longo da interpretação para dar lugar a novas formas.
Plástica, em permanente transformação, a música deste quinteto foge à previsibilidade, foge à lógica da estrutura exposição da melodia do tema-improvisação-tema (típica do jazz mainstream), bem como à lógica da improvisação desregrada (free improv). Há aqui um intenso trabalho de articulação instrumental, que combina elementos de diversas correntes para uma linguagem comum que estranhamente consegue funcionar bem. A fluência é magnífica e a articulação dos discursos é soberba. Este Udentity é a prova viva daquilo que o mais criativo jazz contemporâneo tem para oferecer.
nunocatarino@gmail.com
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