DISCOS
Baikonour
Your Ear Knows Future
· 23 Mar 2009 · 13:57 ·
Baikonour
Your Ear Knows Future
2009
Melodic
Sítios oficiais:
- Baikonour
- Melodic
Your Ear Knows Future
2009
Melodic
Sítios oficiais:
- Baikonour
- Melodic
Baikonour
Your Ear Knows Future
2009
Melodic
Sítios oficiais:
- Baikonour
- Melodic
Your Ear Knows Future
2009
Melodic
Sítios oficiais:
- Baikonour
- Melodic
Missão espacial de impulso kraut fracassa por completo. Nem a participação de Lee Adams dos Fujiya & Miyagi salva a coisa.
Um mapa pode até ter uma legenda bem preenchida e um aspecto engraçado, mas, sem um “x” que marque o lugar, falta-lhe objectividade. Assim é Your Ear Knows Future, segundo disco do francês Jean-Emmanuel Krieger enquanto Baikonour: um percurso atento às coordenadas do kraut que não morre (Cluster, Neu! e por aí) e, ao mesmo tempo, um vácuo de ideias que chega a meter dó. Atribua-se esse vazio a todos os sintomas que fazem de Your Ear Knows Future um caso crónico de “muita parra e pouca uva”.
Durante quarenta minutos (algo exasperantes), Baikonour compromete-se a frisar os aspectos mais lúdicos do shoegaze e do kraut, contando até com Lee Adams, dos Fujiya & Miyagi, na bateria-foguetão, mas a missão não vai longe, quando praticamente tudo é redundante e derivativo. Sobra a sensação de que o francês sedeado em Brighton podia empilhar a quantidade que entendesse de sintetizadores e guitarras, sem que isso o livrasse do pesado marasmo prog que sabota canções que raramente superam a aparência de esboço (“Fly Tiger” é apenas um bom prospecto).
A verdade é que ninguém hoje deseja relembrar como eram chatos os Air numa temporada em que acreditavam ser a reencarnação dos Pink Floyd. A mesma falta de paciência aplica-se a alguns momentos em que Baikonour entende ser uma espécie de Durutti Column júnior. Ninguém quer saber. Só pode ser desértico o futuro anunciado por Your Ear Knows Future.
Miguel ArsénioDurante quarenta minutos (algo exasperantes), Baikonour compromete-se a frisar os aspectos mais lúdicos do shoegaze e do kraut, contando até com Lee Adams, dos Fujiya & Miyagi, na bateria-foguetão, mas a missão não vai longe, quando praticamente tudo é redundante e derivativo. Sobra a sensação de que o francês sedeado em Brighton podia empilhar a quantidade que entendesse de sintetizadores e guitarras, sem que isso o livrasse do pesado marasmo prog que sabota canções que raramente superam a aparência de esboço (“Fly Tiger” é apenas um bom prospecto).
A verdade é que ninguém hoje deseja relembrar como eram chatos os Air numa temporada em que acreditavam ser a reencarnação dos Pink Floyd. A mesma falta de paciência aplica-se a alguns momentos em que Baikonour entende ser uma espécie de Durutti Column júnior. Ninguém quer saber. Só pode ser desértico o futuro anunciado por Your Ear Knows Future.
migarsenio@yahoo.com
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