DISCOS
Oneida
Preteen Weaponry
· 10 Dez 2008 · 09:54 ·
Oneida
Preteen Weaponry
2008
Jagjaguwar / Sabotage
Sítios oficiais:
- Oneida
- Jagjaguwar
- Sabotage
Preteen Weaponry
2008
Jagjaguwar / Sabotage
Sítios oficiais:
- Oneida
- Jagjaguwar
- Sabotage
Oneida
Preteen Weaponry
2008
Jagjaguwar / Sabotage
Sítios oficiais:
- Oneida
- Jagjaguwar
- Sabotage
Preteen Weaponry
2008
Jagjaguwar / Sabotage
Sítios oficiais:
- Oneida
- Jagjaguwar
- Sabotage
Oneida lutam pelo rock em três andamentos; uma banda a ter sempre em conta.
Concerto para guitarra e percussão em Ré M
1. Allegro
2. Adagio
3. Allegro Moderato
No primeiro andamento, Preteen Weaponry lança o mote para toda a obra. A empreitada é de uma muralha de guitarras que não demora muito a mostrar os dentes. O ruído começa então a disseminar-se e a receber apoio de um fiel colaborador: a percussão, primeiramente esparsa e depois mais definida, percebendo que ali se começa a construir diferentes níveis de intensidade em crescendo. Os teclados, o que sobra deles, já lá estavam e cobrem tudo de psicadelismo como a neve cobre tal qual manto uma montanha. O diálogo entre os solistas no movimento é um dos pontos altos de toda a produção Oneidiana. Pouco vale discutir sobre tonalidade ou atonalidade; mais vale apreciar as pequenas melodias que se vão gerando entre o ruído e a complexidade que vai aumentando.
Depois vem o segundo andamento e tudo mergulha numa escuridão que é em tudo distinta da circularidade conseguida na primeira parte de Preteen Weaponry. O horizonte é cerrado e serrado por ondas de ruído que deixam muito pouca – ou nenhuma – vida por onde passam. A percussão marcada e pesarosa é quase prenuncio se um ritual que se celebra há séculos por uma minoria de humanos. As vozes mergulhadas em efeitos sublinham apenas o desejo de pouca luz e a certeza de um caminho rotativo e celebratório que mostra um outro lado deste Preteen Weaponry.
Vistas a cara e a coroa desta moeda, o terceiro andamento pega no primeiro exercício exploratório deste Preteen Weaponry e leva-o para fora deste planeta. Leva-o a ver os outros corpos celestes, deixa-se guiar pela percussão e por mil e trezentas melodias pouco comuns à Terra. A sensação de desumanidade é sublinhada pela forma entrecortada como a percussão entregue e pelos raios melódicos que escapam ao se atravessar a paisagem. O território é riquíssimo e apesar de, à boa maneira deste Preteen Weaponry, se ir reciclando e repetindo, o interesse é sempre renovado. Está ao alcance de poucos mas, como prova este novo disco, esta nave está bem oleada.
André Gomes1. Allegro
2. Adagio
3. Allegro Moderato
No primeiro andamento, Preteen Weaponry lança o mote para toda a obra. A empreitada é de uma muralha de guitarras que não demora muito a mostrar os dentes. O ruído começa então a disseminar-se e a receber apoio de um fiel colaborador: a percussão, primeiramente esparsa e depois mais definida, percebendo que ali se começa a construir diferentes níveis de intensidade em crescendo. Os teclados, o que sobra deles, já lá estavam e cobrem tudo de psicadelismo como a neve cobre tal qual manto uma montanha. O diálogo entre os solistas no movimento é um dos pontos altos de toda a produção Oneidiana. Pouco vale discutir sobre tonalidade ou atonalidade; mais vale apreciar as pequenas melodias que se vão gerando entre o ruído e a complexidade que vai aumentando.
Depois vem o segundo andamento e tudo mergulha numa escuridão que é em tudo distinta da circularidade conseguida na primeira parte de Preteen Weaponry. O horizonte é cerrado e serrado por ondas de ruído que deixam muito pouca – ou nenhuma – vida por onde passam. A percussão marcada e pesarosa é quase prenuncio se um ritual que se celebra há séculos por uma minoria de humanos. As vozes mergulhadas em efeitos sublinham apenas o desejo de pouca luz e a certeza de um caminho rotativo e celebratório que mostra um outro lado deste Preteen Weaponry.
Vistas a cara e a coroa desta moeda, o terceiro andamento pega no primeiro exercício exploratório deste Preteen Weaponry e leva-o para fora deste planeta. Leva-o a ver os outros corpos celestes, deixa-se guiar pela percussão e por mil e trezentas melodias pouco comuns à Terra. A sensação de desumanidade é sublinhada pela forma entrecortada como a percussão entregue e pelos raios melódicos que escapam ao se atravessar a paisagem. O território é riquíssimo e apesar de, à boa maneira deste Preteen Weaponry, se ir reciclando e repetindo, o interesse é sempre renovado. Está ao alcance de poucos mas, como prova este novo disco, esta nave está bem oleada.
andregomes@bodyspace.net
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