DISCOS
Yoshio Machida
Hypernatural #3
· 11 Out 2008 · 14:59 ·
Yoshio Machida
Hypernatural #3
2008
Baskaru


Sítios oficiais:
- Yoshio Machida
- Baskaru
Yoshio Machida
Hypernatural #3
2008
Baskaru


Sítios oficiais:
- Yoshio Machida
- Baskaru
Sem deixar de incidir nas mesmas linguagens, Yoshio Machida é figura da música improvisada japonesa que dificilmente repisa terreno. Com a trilogia que termina em Hypernatural #3, Machida prova que o seu alcance enquanto músico vai muito além da acústica pura do amorphone, vasilha de metal personalizada, que domina Naada e grande parte de Infinite Flowers (que contava com a participação dos minamo). Yoshio Machida, sempre atento às estações e aos seus diferentes ciclos, procurou, com o conceito Hypernatural, transpor para a música as possibilidades quase infinitas dos vários meios. Depois de um primeiro volume dedicado à “memória no Oriente” e de um segundo incidente na “existência transparente”, Hypernatural #3 dedica-se ao “oblívio” e a como esse se sente na natureza, seja nas ondas que esquecem a sua contagem ou na mutação sofrida por um alimento ao longo da sua cadeia. Com isso, fica o caminho aberto para exercícios caleidoscópicos de electro-acústica, inserida num formato de diário-sonoro próximo dos que conhecemos a Yuko Nexus6 ou Aki Onda (guru da manipulação analógica de fitas que, por aqui, cede préstimos a uma “Camouflage” saturada de ruído, embora não completamente vedada a infiltrações de melodia em cacos). Sem exigir mais do que dois auscultadores, Hypernatural #3 conserva a aparência de tapete de Aladino com a rota de voo estipulada pela perspectiva intrinsecamente naturalista de Yoshio Machida.
Miguel Arsénio
migarsenio@yahoo.com
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