DISCOS
Thievery Corporation
Radio Retaliation
· 09 Out 2008 · 09:28 ·

Thievery Corporation
Radio Retaliation
2008
Eighteenth Street Lounge Music
Sítios oficiais:
- Thievery Corporation
- Eighteenth Street Lounge Music
Radio Retaliation
2008
Eighteenth Street Lounge Music
Sítios oficiais:
- Thievery Corporation
- Eighteenth Street Lounge Music

Thievery Corporation
Radio Retaliation
2008
Eighteenth Street Lounge Music
Sítios oficiais:
- Thievery Corporation
- Eighteenth Street Lounge Music
Radio Retaliation
2008
Eighteenth Street Lounge Music
Sítios oficiais:
- Thievery Corporation
- Eighteenth Street Lounge Music
Cada vez mais longe andam os dias da saudável pilhagem de Sound From The Thievery Hi-Fi, agora indolência é a nova palavra de ordem.
Sejamos sinceros neste ponto: os Thievery Corporation pouco têm a oferecer. Mesmo admirando a sua persistência na singularidade do seu som – e na sua tentativa de dinamização –, pouca tenacidade se tem encontrado nos seus mais recentes trabalhos. E novo Radio Retaliation não é a excepção.
Se com Sound From The Thievery Hi-Fi (1997) o duo de Washington representava a frente mais expressiva de uma geração (“samplerdependente”?) que aprendeu a integrar a modernidade tecnológica nos moldes clássicos do reggae, do roots dub, do jazz ou da bossa-nova, recompondo e reposicionando a linguagem da pop no final do milénio, dez anos depois e volvidos quatro álbuns de originais, a música dos Thievery Corporation cristalizou numa fórmula, que apesar de única, nada de novo nos oferece senão uma mescla resumida do passado – onde participam uma mão cheia de novos convidados (Femi Kuti, Seu Jorge, Chuck Brown, Notch, Jana Andevska) do qual se esperariam resultados bem mais estimulantes.
Apesar da pertinente temática politica em vésperas de eleições para a Casa Branca e alguma modesta retaliação dirigida à radiofonia norte-americana e à sua subserviência às grandes multinacionais, Rob Garza e Eric Hilton pouco divergem dos paradigmas por si lançados em The Mirror Conspiracy (2000), ignorando algumas das sementes mais intrigantes lançadas no anterior The Cosmic Game (2005), voltando a insistir nas áreas mais cinzentas que caracterizaram o infausto The Richest Man in Babylon (2002).
Entre a teimosa insistência na desaceleração do hip-hop, o pseudo-afro-beat, os delírios psicadélicos, o dub encrostado, as típicas passagens por Cuba ou Índia, o funk ou blues cozinhado em calda psicotrópica, o linguajar francês ou o reggae orelhudo, tudo soa a uma indolência que chega mesmo a perder sentido quando as canções, na grande maioria insípidas, entram num caloroso piloto automático. Radio Retaliation não será tão mau como The Richest Man in Babylon, mas que lhe tentou fazer alguma concorrência, disso não haverá grandes dúvidas. Mais uma oportunidade perdida.
Rafael SantosSe com Sound From The Thievery Hi-Fi (1997) o duo de Washington representava a frente mais expressiva de uma geração (“samplerdependente”?) que aprendeu a integrar a modernidade tecnológica nos moldes clássicos do reggae, do roots dub, do jazz ou da bossa-nova, recompondo e reposicionando a linguagem da pop no final do milénio, dez anos depois e volvidos quatro álbuns de originais, a música dos Thievery Corporation cristalizou numa fórmula, que apesar de única, nada de novo nos oferece senão uma mescla resumida do passado – onde participam uma mão cheia de novos convidados (Femi Kuti, Seu Jorge, Chuck Brown, Notch, Jana Andevska) do qual se esperariam resultados bem mais estimulantes.
Apesar da pertinente temática politica em vésperas de eleições para a Casa Branca e alguma modesta retaliação dirigida à radiofonia norte-americana e à sua subserviência às grandes multinacionais, Rob Garza e Eric Hilton pouco divergem dos paradigmas por si lançados em The Mirror Conspiracy (2000), ignorando algumas das sementes mais intrigantes lançadas no anterior The Cosmic Game (2005), voltando a insistir nas áreas mais cinzentas que caracterizaram o infausto The Richest Man in Babylon (2002).
Entre a teimosa insistência na desaceleração do hip-hop, o pseudo-afro-beat, os delírios psicadélicos, o dub encrostado, as típicas passagens por Cuba ou Índia, o funk ou blues cozinhado em calda psicotrópica, o linguajar francês ou o reggae orelhudo, tudo soa a uma indolência que chega mesmo a perder sentido quando as canções, na grande maioria insípidas, entram num caloroso piloto automático. Radio Retaliation não será tão mau como The Richest Man in Babylon, mas que lhe tentou fazer alguma concorrência, disso não haverá grandes dúvidas. Mais uma oportunidade perdida.
r_b_santos_world@hotmail.com
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