DISCOS
Blood Red Shoes
Box of Secrets
· 28 Mai 2008 · 08:00 ·
Blood Red Shoes
Box of Secrets
2008
V2 / Nuevos Media
Sítios oficiais:
- Blood Red Shoes
- V2
- Nuevos Media
Box of Secrets
2008
V2 / Nuevos Media
Sítios oficiais:
- Blood Red Shoes
- V2
- Nuevos Media
Blood Red Shoes
Box of Secrets
2008
V2 / Nuevos Media
Sítios oficiais:
- Blood Red Shoes
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- Nuevos Media
Box of Secrets
2008
V2 / Nuevos Media
Sítios oficiais:
- Blood Red Shoes
- V2
- Nuevos Media
Sangue, segredos e rock bubblegum formam a trilogia deste duo britânico.
Para se auto-promoverem, os Blood Red Shoes podiam aproveitar uma linha clássica usada pelos Rolling Stones em “Live With Me”:I got nasty habits, I Take Tea at Three. Ou seja, traduzindo a frase por graúdos, lê-se algo como:nascemos condenados a carregar todos os estigmas britânicos, mas esse também é o pretexto ideal para dar bom uso a uma rebeldia irónica que corroa o preconceito instalado..
Embora sejam mínimas as probabilidades de vir a chocar alguém, a dupla Blood Red Shoes, orgulho de Brighton, na Inglaterra, e predilectos da publicação musical NME, chega-se à frente com um primeiro longa-duração - Box of Secrets - onde todo o “senão” tem a sua “bela”: Laura Mary-Carter (a assanhada guitarrista e vocalista) e Steven Ansell (baterista e vocalista) são protocolarmente bem aparecidos e cuidadosos na selecção da indumentária fashion, mas capazes de gerar um frenesim desgraçado quando deitam uma gota de melodia num tanque de atiçadas piranhas rock. Sujeitam-se à repetição exaustiva de um mesmo molde verso-encurtado/refrão/verso-encurtado vagamente estéril, mas, vá lá, conseguem a longevidade de uma resistente pastilha elástica para os hooks de “Doesn’t Matter Much” (perfeita para uso na vaga corrente de spots publicitários que registam orgias juvenis prestes a acontecer) e “I Wish I Was Someone Better”.
Os Blood Red Shoes são dependentes de uma abusada produção talhada para rock de estádio (primeira parte dos concertos de U2?), sem chegarem a ser grotescamente plásticos no aproveitamento dessa. São os responsáveis por um disco recomendável como “ponte” e óptima prenda para aquela sobrinha de 14 anos que idolatra os Green Day das óperas punk-rock, mas nada por aqui impede alguém de imaginar que a dupla brit pudesse deixar de merecer a simpatia do lendário John Peel, caso o entusiasta da BBC ainda estivesse clinicamente vivo (porque espiritualmente continuará para sempre). Enfim, os Blood Red Shoes são merecedores de um “ok”, mas não deixam ninguém “k.o.”.
Miguel ArsénioEmbora sejam mínimas as probabilidades de vir a chocar alguém, a dupla Blood Red Shoes, orgulho de Brighton, na Inglaterra, e predilectos da publicação musical NME, chega-se à frente com um primeiro longa-duração - Box of Secrets - onde todo o “senão” tem a sua “bela”: Laura Mary-Carter (a assanhada guitarrista e vocalista) e Steven Ansell (baterista e vocalista) são protocolarmente bem aparecidos e cuidadosos na selecção da indumentária fashion, mas capazes de gerar um frenesim desgraçado quando deitam uma gota de melodia num tanque de atiçadas piranhas rock. Sujeitam-se à repetição exaustiva de um mesmo molde verso-encurtado/refrão/verso-encurtado vagamente estéril, mas, vá lá, conseguem a longevidade de uma resistente pastilha elástica para os hooks de “Doesn’t Matter Much” (perfeita para uso na vaga corrente de spots publicitários que registam orgias juvenis prestes a acontecer) e “I Wish I Was Someone Better”.
Os Blood Red Shoes são dependentes de uma abusada produção talhada para rock de estádio (primeira parte dos concertos de U2?), sem chegarem a ser grotescamente plásticos no aproveitamento dessa. São os responsáveis por um disco recomendável como “ponte” e óptima prenda para aquela sobrinha de 14 anos que idolatra os Green Day das óperas punk-rock, mas nada por aqui impede alguém de imaginar que a dupla brit pudesse deixar de merecer a simpatia do lendário John Peel, caso o entusiasta da BBC ainda estivesse clinicamente vivo (porque espiritualmente continuará para sempre). Enfim, os Blood Red Shoes são merecedores de um “ok”, mas não deixam ninguém “k.o.”.
migarsenio@yahoo.com
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