DISCOS
Clutchy Hopkins
Walking Backwards
· 11 Abr 2008 · 08:00 ·

Clutchy Hopkins
Walking Backwards
2008
Ubiquity Records
Sítios oficiais:
- Ubiquity Records
Walking Backwards
2008
Ubiquity Records
Sítios oficiais:
- Ubiquity Records

Clutchy Hopkins
Walking Backwards
2008
Ubiquity Records
Sítios oficiais:
- Ubiquity Records
Walking Backwards
2008
Ubiquity Records
Sítios oficiais:
- Ubiquity Records
Quando o motor da existência pessoal é o prazer de produzir música, não haverá nada que possa distrair os desígnios de quem ostenta desejos de perfeição.
De Clutchy Hopkins pouco há dizer. Além de viver – aparentemente – distante dos grandes centros cosmopolitas, de preferir a simplicidade eremita do deserto, de apreciar o anonimato – que preserva religiosamente – e de fazer música pelo simples prazer que o processo criativo lhe dá, nada há de significativo a acrescentar ao perfil de uma personagem misteriosa e profligadora – se é que existe na realidade – que conduz ingenuamente uma orquestra de feira com a proficiência de um verdadeiro músico profissional.
Walking Backwards é dos raros objectos que se apreciam pela dinâmica distorcida impressa numa matriz que tem a experiência sonora como desígnio mas que prefere ocultar a ousadia num véu de inocência. E honestidade não deixará de ser um substantivo modesto perante o genuíno gosto de criar sonoridades que apontam os azimutes às mais variadas tipologias. Em Walking Backwards tudo soa familiar e simultaneamente desusado. Entre os 12 temas paira uma invulgar consciência comum que nos leva a reconhecer o passado sem no entanto ignorar a existência de uma força motora que propela a música para um futuro idílico.
À primeira, a amalgama hip-hop, jazz, funk, soul e até mesmo rock de Walking Backwards poderá soar algo rústica. Para alguns a ideia até poderá perpetuar-se na memória se se pretender que a obra mantenha a aura vernal que emana da mescla nuclear. Com o hábito o que está garantido para todos é a percepção da verticalidade do carácter, da sinceridade experimental, da matriz tradicional que circula nas veias e da vernaculidade de todos as narrativas. Talvez por isso este conjunto de ensaios editados pela Ubiquity proporciona a redescoberta do verdadeiro prazer de ouvir música quando tudo aparentemente já está inventado, senão mesmo esgotado. Só por isso já valerá a pena a aquisição de tão luxuosa colecção que não inventando nada de novo, também não repete outros escarmentos. Um achado de ouro.
Rafael SantosWalking Backwards é dos raros objectos que se apreciam pela dinâmica distorcida impressa numa matriz que tem a experiência sonora como desígnio mas que prefere ocultar a ousadia num véu de inocência. E honestidade não deixará de ser um substantivo modesto perante o genuíno gosto de criar sonoridades que apontam os azimutes às mais variadas tipologias. Em Walking Backwards tudo soa familiar e simultaneamente desusado. Entre os 12 temas paira uma invulgar consciência comum que nos leva a reconhecer o passado sem no entanto ignorar a existência de uma força motora que propela a música para um futuro idílico.
À primeira, a amalgama hip-hop, jazz, funk, soul e até mesmo rock de Walking Backwards poderá soar algo rústica. Para alguns a ideia até poderá perpetuar-se na memória se se pretender que a obra mantenha a aura vernal que emana da mescla nuclear. Com o hábito o que está garantido para todos é a percepção da verticalidade do carácter, da sinceridade experimental, da matriz tradicional que circula nas veias e da vernaculidade de todos as narrativas. Talvez por isso este conjunto de ensaios editados pela Ubiquity proporciona a redescoberta do verdadeiro prazer de ouvir música quando tudo aparentemente já está inventado, senão mesmo esgotado. Só por isso já valerá a pena a aquisição de tão luxuosa colecção que não inventando nada de novo, também não repete outros escarmentos. Um achado de ouro.
r_b_santos_world@hotmail.com
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