DISCOS
Amiina
Kurr
· 03 Out 2007 · 08:00 ·
Amiina
Kurr
2007
Bláskjár / Ever / Popstock
Sítios oficiais:
- Amiina
- Ever
- Popstock
Kurr
2007
Bláskjár / Ever / Popstock
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- Amiina
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As Amiina saem da casca pouco antes da estreia em Portugal sem os Sigur Rós, num disco que tem tanto de simples como de belo.
Começaram por ser apenas a banda de cordas dos Sigur Rós e depois conseguiram quebrar as amarras que as prendiam aos seus progenitores e ganharam existência e vida próprias. E ainda bem. A independência é uma coisa bonita. Depois de um EP apresentador de intenções as islandesas Amiina reuniram um conjunto de novos temas e deram-lhe o titulo de Kurr, som de pássaros, som da liberdade. Não é fácil encontrar uma identidade depois de se estar tão intimamente relacionado com algo tão próprio e característico como o som dos Sigur Rós e esse era precisamente o maior desafio das Amiina.
Ao abrir a caixinha Kurr agrada imediatamente perceber que este é um disco que vai para além dos jogos de cordas e funcionalidades do mesmo departamento. É interessante descobrir que Kurr é uma caixinha de surpresas, como aquele que parece soar no inicio do disco, timidamente. Pode-se ouvir aqui harpas várias, sintetizadores, pianos eléctricos, metalofones, xilofones, sinos, trompetes, trombones, tubas, clarinetes e tambores, entre outros elementos. Apesar de não se movimentarem em terrenos radicalmente diferentes daqueles percorridos pelos Sigur Rós (em termos de sensibilidades), as Amiina promovem intenções distintas, alimentam-se de ambições distintas. Kurr é um disco simples mas não simplório. As paisagens aqui são maioritariamente planas (elogio), fomenta-se uma certa contenção e intimismo - quase sempre. Os sons são delicados, facilmente quebráveis. As melodias, incorpóreas.
A capa de Kurr não podia ser melhor aliado na altura de descrever a música das islandesas: sentadas, as quatro Amiina vão criando uma espécie de tapete contribuindo cada uma com uma cor diferente. Também este disco é uma espécie de manta de diferentes cores, de diferentes momentos, de pequenos retalhos presos por um fio. Ou vários fios. Há uma constante indesmentível em Kurr: a beleza. Não é um disco com grandes pretensões mas é um disco acima de tudo belo. Não desbrava terreno mas é solo fértil, não carrega o peso da evolução da música mas significa em si o desenvolvimento das Amiina. As islandesas descobriram finalmente a liberdade – e que bem que soa.
André GomesAo abrir a caixinha Kurr agrada imediatamente perceber que este é um disco que vai para além dos jogos de cordas e funcionalidades do mesmo departamento. É interessante descobrir que Kurr é uma caixinha de surpresas, como aquele que parece soar no inicio do disco, timidamente. Pode-se ouvir aqui harpas várias, sintetizadores, pianos eléctricos, metalofones, xilofones, sinos, trompetes, trombones, tubas, clarinetes e tambores, entre outros elementos. Apesar de não se movimentarem em terrenos radicalmente diferentes daqueles percorridos pelos Sigur Rós (em termos de sensibilidades), as Amiina promovem intenções distintas, alimentam-se de ambições distintas. Kurr é um disco simples mas não simplório. As paisagens aqui são maioritariamente planas (elogio), fomenta-se uma certa contenção e intimismo - quase sempre. Os sons são delicados, facilmente quebráveis. As melodias, incorpóreas.
A capa de Kurr não podia ser melhor aliado na altura de descrever a música das islandesas: sentadas, as quatro Amiina vão criando uma espécie de tapete contribuindo cada uma com uma cor diferente. Também este disco é uma espécie de manta de diferentes cores, de diferentes momentos, de pequenos retalhos presos por um fio. Ou vários fios. Há uma constante indesmentível em Kurr: a beleza. Não é um disco com grandes pretensões mas é um disco acima de tudo belo. Não desbrava terreno mas é solo fértil, não carrega o peso da evolução da música mas significa em si o desenvolvimento das Amiina. As islandesas descobriram finalmente a liberdade – e que bem que soa.
andregomes@bodyspace.net
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