DISCOS
Astrud
Tú no Existes
· 04 Set 2007 · 08:00 ·

Astrud
Tú no Existes
2007
Austrohúngaro / Sinnamon
Sítios oficiais:
- Astrud
- Sinnamon
Tú no Existes
2007
Austrohúngaro / Sinnamon
Sítios oficiais:
- Astrud
- Sinnamon

Astrud
Tú no Existes
2007
Austrohúngaro / Sinnamon
Sítios oficiais:
- Astrud
- Sinnamon
Tú no Existes
2007
Austrohúngaro / Sinnamon
Sítios oficiais:
- Astrud
- Sinnamon
Disco pop inteligente prova que de Espanha chega mais do que maus ventos e maus casamentos.
Os Astrud são uma das bandas mais proeminentes da cena indie espanhola. A curiosa dupla catalã formada por Manolo Martínez e Genís Segarra já anda nesta vida há alguns anos. Em Tú no existes batalham nisto da pop electrónica a fazer lembrar Kraftwerk e, ao mesmo tempo, sensibilidades de bandas como os Belle & Sebastian e os Smiths. Neste disco, talvez mais do que nunca, os Astrud exploram a canção enquanto espaço elástico para temáticas do dia comum e para o humor. A ironia está imensamente presente em Tú no existes: útil VS fútil, o dia-a-dia, aquilo que é comum e, por vezes, corriqueiro. Este novo disco sofre algumas alterações desde o anterior Performance.
“El miedo que tengo”, por exemplo, é sobre alguém que tem muito medo mas não chega a dizer bem porquê. A electrónica é habilmente manejada, a palavra também. A inteligência é traço comum nas sonoridades e na mensagem propriamente dita. “El Vertedero de São Paulo” é aquilo que parece: uma canção sobre uma lixeira em São Paulo: “El vertedero de São Paulo / No es una metáfora / Si un vertedero que tienen en São Paulo”. “Minusvalía” é balada electrónica de eficácia garantida: debate-se com o arrependimento, de consciência pesada, com a amizade e com os insondáveis mistérios da psique. E contém o característico falsete de Manolo Martínez que tão bem se afirma em castelhano.
A infantilidade e doçura de “Acordarnos” faz com que este seja uma killer song. Os Astrud exploram na perfeição terrenos mais luminosos. “Por la ventana” é sobre um tipo que diz constantemente que se vai atirar da janela mas nunca chega a fazê-lo. Os Astrud gostam de basear as suas canções em situações concretas, brincar com o que normalmente até nem se brinca em canções pop luminosas. “Un millón de amigos” é outra killer track, rapidamente absorvível, muito graças à electrónica directa mas amigável e, mais uma vez, elementos injectores de inocências. “Un paliza” é sobre um tiro que, basicamente, leva uma carga de porrada. E para assimilar tudo isto, como é dito na parte de trás do CD, um instrumental, a fechar um disco acima de interessante. Estes são os Astrud: à procura do confronto directo em forma de canções pop. Traços de realidade assinados por uma das melhores bandas pop vindas de Espanha.
André“El miedo que tengo”, por exemplo, é sobre alguém que tem muito medo mas não chega a dizer bem porquê. A electrónica é habilmente manejada, a palavra também. A inteligência é traço comum nas sonoridades e na mensagem propriamente dita. “El Vertedero de São Paulo” é aquilo que parece: uma canção sobre uma lixeira em São Paulo: “El vertedero de São Paulo / No es una metáfora / Si un vertedero que tienen en São Paulo”. “Minusvalía” é balada electrónica de eficácia garantida: debate-se com o arrependimento, de consciência pesada, com a amizade e com os insondáveis mistérios da psique. E contém o característico falsete de Manolo Martínez que tão bem se afirma em castelhano.
A infantilidade e doçura de “Acordarnos” faz com que este seja uma killer song. Os Astrud exploram na perfeição terrenos mais luminosos. “Por la ventana” é sobre um tipo que diz constantemente que se vai atirar da janela mas nunca chega a fazê-lo. Os Astrud gostam de basear as suas canções em situações concretas, brincar com o que normalmente até nem se brinca em canções pop luminosas. “Un millón de amigos” é outra killer track, rapidamente absorvível, muito graças à electrónica directa mas amigável e, mais uma vez, elementos injectores de inocências. “Un paliza” é sobre um tiro que, basicamente, leva uma carga de porrada. E para assimilar tudo isto, como é dito na parte de trás do CD, um instrumental, a fechar um disco acima de interessante. Estes são os Astrud: à procura do confronto directo em forma de canções pop. Traços de realidade assinados por uma das melhores bandas pop vindas de Espanha.
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