DISCOS
Magnolia Electric Co.
Fading Trails
· 08 Jun 2007 · 08:00 ·
Magnolia Electric Co.
Fading Trails
2006
Secretly Canadian / Flur
Sítios oficiais:
- Secretly Canadian
- Flur
Fading Trails
2006
Secretly Canadian / Flur
Sítios oficiais:
- Secretly Canadian
- Flur
Magnolia Electric Co.
Fading Trails
2006
Secretly Canadian / Flur
Sítios oficiais:
- Secretly Canadian
- Flur
Fading Trails
2006
Secretly Canadian / Flur
Sítios oficiais:
- Secretly Canadian
- Flur
Mais uma aparição de Jason Molina, mais um belo conjunto de canções inspiradas. Neil Young está mesmo aqui ao lado.
A característica voz de Jason Molina tem vindo nos últimos anos a dar a cara numa série de discos assinados essencialmente por duas entidades distintas: Songs: Ohia e Magnolia Electric Co. (o titulo do último disco de Jason Molina enquanto Songs: Ohia). O primeiro era essencialmente o seu projecto (apesar de ter ocasionalmente convidados), este segundo é liderado por si mas apoiado por uma banda. Entre ambas as experiências ainda teve tempo para editar em nome próprio. O terceiro lançamento da nova aventura de Jason Molina é tudo aquilo que se pode esperar de um disco com esta assinatura (elogio) – country rock fortemente influenciado por Neil Young (a eterna referencia de Jason Molina), aqui um pouco mais intimista e reservado do que o costume.
Aqui como noutros discos assinados por Jason Molina, Neil Young continua a estar assumidamente presente. Onde? Na voz, nos arranjos, na terna melancolia, na guitarra – não só quando se aventura em solos que reconhecemos. E não andará por aqui também um Will Oldham em doses moderadas (na taciturna “The Old Horizon”)? Cruzam-se guitarras acústicas com eléctricas aproveitando-se a experiência adquirida em aventuras anteriores. Jason Molina sabe perfeitamente como fazê-lo. E talvez seja por isso mesmo que, apesar da uniformidade dos terrenos que explora, todas as canções pareçam gozar de personalidade própria. Sensação reforçada pela curta duração do álbum, que não chega aos 30 minutos.
Obviamente só podemos concluir que Jason Molina dá lições a muito boa gente na hora de compor canções: “Don’t Fade on Me” é pedido urgente que evoca a lua e Cristo, numa das canções onde, neste disco, o country mais merece o sufixo rock (a outra será “Lonesome Valley”). A curta “Montgomery” faz-se valer de um piano no seu corpo central para mostrar a todos que esta banda funciona na perfeição. Que a melancolia encontra em “A little at a time” um poiso perfeito parece óbvio desde o início; o que não imaginávamos era que logo a seguir “The Old Horizon” conseguisse adensar ainda mais esse sentimento – no tema mais negro do disco. “Talk to me Devil, again” é o melhor retrato de uma segunda parte do disco que, apesar de algo inferior à primeira, não magoa significativamente a performance de Jason Molina. Haja tempo e espaço para deixar entrar estas canções nas nossas vidas.
André GomesAqui como noutros discos assinados por Jason Molina, Neil Young continua a estar assumidamente presente. Onde? Na voz, nos arranjos, na terna melancolia, na guitarra – não só quando se aventura em solos que reconhecemos. E não andará por aqui também um Will Oldham em doses moderadas (na taciturna “The Old Horizon”)? Cruzam-se guitarras acústicas com eléctricas aproveitando-se a experiência adquirida em aventuras anteriores. Jason Molina sabe perfeitamente como fazê-lo. E talvez seja por isso mesmo que, apesar da uniformidade dos terrenos que explora, todas as canções pareçam gozar de personalidade própria. Sensação reforçada pela curta duração do álbum, que não chega aos 30 minutos.
Obviamente só podemos concluir que Jason Molina dá lições a muito boa gente na hora de compor canções: “Don’t Fade on Me” é pedido urgente que evoca a lua e Cristo, numa das canções onde, neste disco, o country mais merece o sufixo rock (a outra será “Lonesome Valley”). A curta “Montgomery” faz-se valer de um piano no seu corpo central para mostrar a todos que esta banda funciona na perfeição. Que a melancolia encontra em “A little at a time” um poiso perfeito parece óbvio desde o início; o que não imaginávamos era que logo a seguir “The Old Horizon” conseguisse adensar ainda mais esse sentimento – no tema mais negro do disco. “Talk to me Devil, again” é o melhor retrato de uma segunda parte do disco que, apesar de algo inferior à primeira, não magoa significativamente a performance de Jason Molina. Haja tempo e espaço para deixar entrar estas canções nas nossas vidas.
andregomes@bodyspace.net
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