Playlists para o Dia da Música | 2010
· 27 Set 2010 · 23:18 ·

É uma estreia, que queremos auspiciosa e repetida ao longo dos anos. Parece as dez melhores canções de sempre neste momento mas não é nada que se possa comparar. Para celebrar o Dia Mundial da Música, porque parece tantas vezes relegado para segundo plano e destinado a celebrações pouco nobres, abrimos o Bodyspace durante uma semana às maravilhosas playlists elaboradas por pessoas que nos são próximas e que constroem, dia após dia, com discos, com textos, com programas de rádio, com artigos, com os seus sets, com os seus projectos, nas mais variadas áreas de acção, este espaço musical em Portugal que parece cada vez mais um lugar precioso para se estar. É um convite a viver durante uma semana – e as que se seguem – num maravilhoso mundo de playlists desenhadas à medida para o menino e para a menina, para todos os gostos e feitios. Não digam que vão daqui.


© Angela Costa



Alexandre Monteiro | The Weatherman

Wild Beasts - This Is Our Lot
Charlotte Gainsbourg - IRm
Caribou - Bowls
Panda Bear - Take Pills
Stone Roses - I Am The Resurrection
Jon Brion - Ruin My Day
Thee Oh Sees - I Was Denied
Broken Social Scene - Texico Bitches
The Beach Boys - This Whole World
Paul McCartney "The Back Seat Of My Car"
TAME IMPALA - Sundown Syndrome

Inevitavelmente, a esta lista associo imediatamente dois hobbies recentemente introduzidos no meu quotidiano.
1- "Per(corredor)" matinal das praias da minha cidade de Ipod no bolso
2- "Passador" de música em bares de bom nome

Na primeira categoria incluo por exemplo o Jon Brion, músico pop genial, cujo trabalho descobri há relativamente pouco tempo, com o qual senti desde logo uma grande afinidade. Produziu algumas coisas do Elliott Smith, e como se não bastasse, aquela pérola que foi a banda sonora do Eternal Sunshine Of The Spotless Mind. "You can still ruin my day" lembra-me um John Lennon em pico de forma, com os graus de acidez, dolência e doçura bem doseados.

Na segunda categoria saliento "I Am The Resurrection", dos Stone Roses, uma presença assídua nos meus DJ Sets. Para além de ter 11 minutos e como tal dar uma boa margem de manobra para se tratar de outros assuntos enquanto a coisa rola, é sempre muito eficaz para agitar o ambiente numa noite de copos.

De resto, deixo à vossa consideração em que categoria encaixam as restantes. Ou melhor ainda, experimentarem fazer as vossas próprias listas e respectivas actividades associadas. Sugestão: "Banda sonora para uma viagem de balão por cima do rio Nilo".




David Santos | noiserv

...há as músicas do momento, as músicas que duram mais que um momento e as músicas que duram uma vida toda...a vida poucas vezes muda, mas quando muda levamos algumas músicas com ela... Daí vêem as minhas escolhas, são das músicas que oiço neste momento aquelas que, se de um dia para o outro tudo mudar, levo comigo até à próxima paragem, seja ela qual for, e dure o tempo que durar...

Quem? | De Onde? | Qual delas?

Arcade Fire | The Suburbs | "Half Light1"
The Album Leaf | In a Safe Place | "Twenty Two Fourteen"
Jonsi | Go | "Animal Arithmetic"
The National | Cherry Tree EP | "About Today"
Noah And The Whale | The First Days Of Spring | "I Have Nothing"
Foge Foge Bandido | Lado A - O amor dá-me tesão | "Canção da canção triste"
Grizzly Bear | Veckatimest | "Foreground"
Sunset Rubdown | Dragonslayer | "Black Swan"
Patrick Watson | Wooden Arms | "Man Like you"
Yann Tiersen | Good Bye Lenin! Soundtrack | "Summer 78 (instrumental)"

...e uma hora depois chegamos ao meio da história...






Isilda Sanches | Oxigénio

01 Moodyman - It’s 2 late for You And Me
02 Marvin Gaye - Just to keep you satisfied
03 Frank Zappa - Willie the Pimp
04 Mulatu Astatke (Pedro zopelar edit) - A Man of Experience and wisdom
05 Janelle Monáe - The Archandroid
06 Washed out - Life of Leisure
07 Vários do Kyle Hall
08 DJ Nature - Foggy Monday Morning
09 New Mjondallen Disco Swingers (Todd Terje) - Eurodans
10 Aloe Blacc - I Need A Dollar

Música nova e música que não sendo nova, soa como se fosse. Moodyman sempre foi um genuíno freackymuthafucka, mas Ol’ Dirty Vynil é especial. Fiquei presa à letra de "It’s 2 Late For You And Me", mesmo antes de perceber que afinal as palavras eram de uma das break up songs mais terríveis de sempre: "Just To Keep You Satisfied" de Marvin Gaye. Não me canso de ouvir uma e outra. Frank Zappa é uma escolha improvável mas o Superdisco colocou-me o Hot Rats à frente e a canção com Captain Beefheart entrou no meu groove diário. Posso dizer o mesmo de "I Need A Dollar" de Aloe Blacc. Há algo de reconfortante em podermos cantar a falta de dinheiro em coro com o resto do mundo. Kyle Hall é o maior. Ainda nem tem 20 anos e produz a música de dança mais estimulante do momento, com melodias doces, contratempos e efeitos marados. Sem medo. Estes discos e os outros fazem os meus dias melhores. Enquanto for assim, está tudo bem…





Jorge Manuel Lopes | Editor executivo da Time Out Porto e colaborador do Expresso

- A Guerra das Rosas - Camané
- Runaway - Devlin ft. Yasmin
- Like a G6 - Far East Movement
- Club Can't Handle Me - Flo Rida ft. David Guetta
- Wonderful Life - Hurts
- Monster - Kanye West, Jay-Z, Rick Ross, Bon Iver, Nicki Minaj
- Emancipate - Kelis
- Big n Bad - Kid Sister
- Hello World - Lady Antebellum
- Perfect Stranger - Magnetic Man ft. Katy B
- Stay or Go - Monica
- Champagne Life - Ne-Yo
- If I Die Young - The Band Perry
- Yamaha - The-Dream
- Whip My Hair - Willow Smith

Há algumas coisas a ligar estas canções para lá do facto óbvio de serem daquelas que mais tenho gostado de ouvir este ano. Os temas r&b, country, fado e também, cada vez mais, os de hip-hop, exemplificam como há géneros musicais que conseguem ter uma vida extensa e entusiasmante seguindo o método da evolução na continuidade, isto é, mantendo intacta uma parte do seu núcleo ao mesmo tempo que está atenta e absorbe as partículas que lhe interessam do que de novo ou diferente ou em voga a música popular pode ter no presente. Há também um representante vindo daquela nebulosa fascinante onde estão o dubstep, grime, UK funky, UK garage e house - uma nova estirpe de género musical, mais resistente e imprevisível para outros tempos, ou será demasiado cedo para estas considerações?






Nuno Dias | Popstock Portugal

01 Japandroids – Heavenward Grand Prix
02 Wavves - Green Eyes
03 Delorean - Seasun
04 Nite Jewell - Am I Real?
05 Gaygns - The Gaudy Side of Town
06 El-P – Time Won't Tell
07 !!! - The Hammer
08 Teengirl Fantasy - Cheaters
09 Big Boi – Shutterbug
10 El Guincho - Soca del Eclipse

Ponto 1: Não ouço música com mais de 2 anos. É a cena. Antes que os velhos do Restelo comecem a atirar pedras e insultar-me: não quero saber. 

Estas escolhas representam os últimos 2/3 meses relativamente a algumas das minhas músicas preferidas. Algumas escolhas são um bocadinho óbvias (El Guincho, !!!), mas outras foram autênticas descobertas (Big Boi, El-P e Gayngs). O maior destaque e em repeat é a nova dos Japandroids. Há qualquer coisa naquela malha. Tal como há algo na Ramona Gonzalez, da mui querida Nite Jewell. Da Green Eyes, porque revela-se música maior no King of the Beach do Nathan e da minha minha paranóia por olhos verdes, à cena cool dos Gaygns, a playlist está mais dançante que outrora (Delorean, Teengirl Fantasy) e muito hispânico-balear (El Guincho).




Pedro Primo Figueiredo | Jornalista da agência Lusa e editor de música da DIF

01 Panda Bear – Slow Motion
02 Panda Bear - Drone
03 Broken Social Scene – Meet Me In The Basement
04 Four Tet – Fact Mix 182 (ok, esta é uma pequena batota)
05 The Pains Of Being Pure At Heart – Say No To Love
06 Delorean - Seasun
07 Linda Martini – Mulher-a-Dias
08 Pavement – Gold Soundz
09 Filho da Mãe - Sobretudo
10 John Legend & The Roots – Hang On In There
11 LCD Soundsystem – I Can Change
12 !!! – The Hammer
13 Deerhunter – He Would Have Laughed
14 Miles Davis - Pharaoh's Dance
15 The Divine Comedy - Down In The Street Below

Gosto muito de ler o Bodyspace e raras vezes o disse abertamente aos seus responsáveis. Fica aqui feito o registo – e não, isto não é graxa por se terem lembrado de mim neste dia especial, o Dia Mundial da Música. Sempre gostei de ler aqueles balanços de final do ano, com textos criativos, inventivos, alguns no limite do bom gosto, certo, mas sempre do lado justo da fronteira. Admiro esta malta acima de tudo por saber fazer algo que eu não sei, este estilo de jornalismo livre, criativo, sem regras. 

Isto é, e apesar do meu rumo profissional se ter centrado no mundo das letras e da informação, a ousadia ideológica dos escribas (péssimo termo, eu sei) deste espaço fez-me, de há largos anos para cá, “cliente†habitual do estamine. 

Sobre as minhas escolhas musicais: foram muito instintivas e não obedeceram a nenhum critério. Acho que são mesmo as 15 músicas que nos últimos tempos mais me têm passado pelos ouvidos, seja por via digital ou pelas famosas rodelas pretas, sejam elas de maior ou menor dimensão. Obrigado ao Bodyspace e aos três marmanjos que se dignaram a ler esta prosa.




Sara Costa | DJ, assina como Fabulosa Marquise

1 - Arcade Fire – Ready To Start – “The Suburbs†– 2010 – City Slang
2 - Broken Social Scene – Meet Me In The Basement – “Forgiveness Rock Record†- 2010 - Arts & Crafts International
3 - Chemical Brothers – Escape Velocity - “Further†- 2010 – Virgin Records
4 - Chromeo – Don't Turn The Lights On (Aeroplane Remix) – 2010
5 - Deerhunter – Helicopter - “Halcyon Digest†- 2010– 4AD
6 - Drake ft. T.I. & Swizz Beatz – Fancy – “Thank Me Later†– 2010 - Universal Motown
7 - Fool's Gold – Surprise Hotel – “Fool's Gold†- 2009 - I Am Sound Records
8 - Gayngs – Faded High - “Relayted†- 2010 – Jagjaguwar
9 - Gold Panda - Quitter's Raga - “ Quitter's Raga EP†- 2009 – Make Mine
10 - Gonzales – I Am Europe - “Ivory Tower†- 2010 – Gentle Threat
11 - Groove Armada – History - “Black Light†- 2009 – Cooking Vinyl
12 - Hyetal – Phoenix - “Phoenix/Like Silver EP†- 2010 – Orca Recordings
13 - Kylie Minogue – “Get Outta My Way†– Performance - 2010 – Parlophone
14 - Peter Visti – Dolly - “Dolly†- 2007 – Mindless Boogie
15 - The Portugals – "Les aventures des boniface" – Optimus Discos

Numa altura em que sai um disco bom por dia torna-se complicado manter a disciplina de os conseguir ouvir a todos, mesmo que a vontade seja desumanamente muita... Por estar em fase obsessiva de audição de álbuns que saíram ou estão mesmo a saír, a minha lista é mais fresca que o pão quente às 7h da manhã... Estou a tentar manter a sanidade mental e a tentar com que alguma das músicas dos 1500 álbuns que tenho ouvido, me “marqueâ€... Estas foram as que me marcaram no meio de audições que mereciam o dobro da atenção. Ficaram, marcaram-me e fui obrigada a ouvi-las mais uma ou quinze vezes. Queria muito falar das músicas, uma a uma... a ver se os caracteres/a gerência mo permite. Vou tentar pôr isto por pontos:

1 – Porque me apetece dizer palavrões de boa que é... os teclados... são os teclados...
2 – Porque é um hino inacreditável.
3 – Porque é uma viagem e uma música “daquelas†à Chemical Brothers.
4 – Porque me faz dançar que nem doida.
5 – Porque é incrivelmente bonita e porque continuo a querer que o Bradford Cox seja o meu melhor amigo.
6 – Porque é uma música de hip-hop à antiga, sem auto-tune.
7 – Porque foi a primeira música que passei no Milhões de Festa e porque marca esse momento.
8 – Porque faz parte do álbum mais original que ouvi este ano.
9 – Porque o live dele no Milhões de Festa foi das melhores coisas que tenho visto e porque acho que o álbum dele vai ser um dos melhores deste ano.
10 – Porque Gonzales é Deus e porque a letra é demasiado boa.
11 – Porque esta música foi feita para mim, embora os Groove Armada ainda não o saibam.
12 – Porque fico completamente hipnotizada a ouvi-la.
13 – Porque é a Kylie, e porque quem me conhece já estava a estranhar a falta de algo do género nesta lista.
14 – Porque é com a Dolly e a Dolly é gigante.
15 – Porque são minhas almas gémeas musicais, meus amigos e mal eles sabem o que eu sou insana por esta música.

Logicamente que depois destas 15, podia fazer outra lista com mais outras tantas. Estas saíram instantaneamente “straight from the heartâ€... acabei de criar uma playlist chamada Bodyspace e vou-me contemplar com o prazer de as ouvir todas mais uma vez. Pela vossa saúde, façam o mesmo.

 

© Angela Costa


João Chaves | Dreams

Animal Collective - Fireworks
Ariel Pink - For Kate I Wait
Atlas Sound - Sheila
Deerhunter - Helicopter
Ducktails - Roses
The Durutti Column - Sketch For Summer
The Feelies - The Boy With Perpetual Nervousness
Galaxy 500 - Ceremony
Health - In Violet
Memoryhouse - Sleep Patterns
Panda Bear - Mich Mit Einer Mond
Skeletal System - In A Fog
Table - Moth Catchers
Wild Nothing - Drifter

Estas escolhas foram um pouco automáticas, tanto podiam estar aqui estas, como outras, ou como muitas mais. Estas 15 faixas resumem mais ou menos o que eu tenho andado a ouvir e o que me tem influenciado nos últimos tempos. Seria mais justo enumerar álbuns e não músicas, mas no entanto escolhi as que mais me têm influenciado a encontrar uma noção de minimalismo, simplicidade e harmonia.




João Moço | Diário de Notícias

1. Kanye West – Runaway Love (Remix feat. Justin Bieber, Raekwon)
2. Lil Silva – Seasons
3. Illmana – Kiss You (feat. Tazmin)
4. Redlight – Stupid (feat. Roses Gabor)
5. James Blake – I Only Know (What I Know Now)
6. Lil B – I Am
7. How to Dress Well – Suicide Dream 2
8. Cassie - Skydiver
9. Hurts- Wonderful Life
10. Kanye West – Monster
11. Ariel Pink – Mistaken Wedding
12. Sleigh Bells – Run the Heart
13. Matthew Dear - Slowdance
14. The-Dream – Yamaha
15. (Smog) – Dress Sexy At My Funeral

Não perceber que Justin Bieber é uma das grandes potências pop de 2010 é sinal de preconceito, mas também de surdez. Kanye West percebeu que "Runaway Love" era uma verdadeira pérola e ao juntar-lhe Raekwon só tornou a canção ainda maior. O funky house tem sido outro dos meus vícios nas últimas semanas. Talvez porque é das poucas coisas que ainda me conseguem surpreender verdadeiramente sem se definir por regras indie. E porque o drama e a desolação fazem parte dos meus fascínios, seria impossível de não referir How to Dress Well e os Hurts (que são mesmo os tipos mais bem vestidos do ano). Claro que não podia deixar de lado os rappers do ano: Lil B e Nicki Minaj, que arrebenta com tudo no "Monster" de Kanye West. Já Ariel Pink até a cantar sobre casamentos acerta em cheio. Um pequeno génio, é o que ele é. Ah, e devia ser um crime não ter um disco de Cassie há já quatro anos, esse verdadeiro Prince de saias. Já The-Dream é o autêntico sucedâneo do Artista. (Smog) no final porque "Dress Sexy At My Funeral" é muito mais que uma mera canção, já está cravada na pele e de lá não sai nunca mais. É o que nos salva.




Inês Meneses | Radar

Avi Buffalo – What’s in it for
Paus - Mudo e Surdo
Janelle Monáe – Tightrope
Wolf Parade – What did my lover say (it always had to go this way)
Arcade Fire – We used to wait
Vampire Weekend – Oxford Comma
Sufjan Stevens – I walked
Black Keys – Never gonna give you up
Style Council – Shout to the top
Wire – Kidney Bingos
T-Rex – Children of Revolution
Paul Simon – 50 ways to leave your lover
Beck – The Golden Age
Rufus Wainwright – Dinner at eight
Beach House – Lover of mine

Entre recentes e mais antigas, estão aqui músicas que alguns convidados do Fala com Ela levaram para a conversa e que depois disso ficaram associadas a eles e a esse momento de contágio: o "Oxford Comma" dos Vampire Weekend, ou o Paul Simon e o "50 ways to leave your lover" (Simon tão inspirador para os Vampire Weekend).

Depois músicas que vamos buscar sem querer. Uma viagem de carro e Nuno Galopim a falar de Beck. Andava há anos sem que que me apetecesse ouvi-lo e sou apanhada na curva com o "Golden Age". A vulnerabilidade pode fintar-nos.

Depois há valores seguros, coisas que vou buscar para passar na rádio em dias felizes: o "Shout to the Top" dos Style Council (uma das canções mais Prozac de que há memória), ou em pose Gioconda (feliz mas sem extravasar demasiado), o "Kidney Bingos" dos Wire ou o "Children of the Revolution" dos T-Rex.

Recentes outra vez – duas canções dos meus discos de perdição do ano, Black Keys, "Never Gonna give you up" e o "Lover of Mine" dos Beach House – embora pudesse ser qualquer uma do Teen Dream (permanecerá intocável à passagem do tempo). E há também Sufjan Stevens, que vem de mansinho e fica em loop. "I walked". Avi Buffalo, uma das minhas revelações. Paus de primeira água(!) Janelle Monáe (um repeat da minha filha), Wolf Parade, a intensidade que gostava de ver ao vivo, Arcade Fire – a minha desilusão, mas que não deixa de fazer parte desta colheita.

Rufus Wainwright é o nome que mais me acompanhou nestes 10 anos. E tenho-o em qualquer lista, mesmo no ano em que editou um disco menos bom. Fui buscar o "Dinner at eight", um dos momentos ‘lágrima-no-olho’ em Maio.




Hélio Morais | Linda Martini / If Lucy Fell / PAUS 

Odeio fazer playlists!
Não tenho por hábito ouvir músicas soltas. Gosto de discos completos.
Mas gosto do André, e por isso mesmo, vou escolher algumas músicas dos discos que tenho ouvido nos últimos dias. “Vampiria†dos Moonspel, é a única excepção desta lista. A música é linda de terrível que é e proporcionou-me umas valentes gargalhadas nos últimos dias. Tem lá todos os clichés. Adoro! Experimentem cantá-la à noite a descer a Serra de Sintra…

Estou fodido com o fim do Verão, por isso tenho ouvido maioritariamente música de anúncio da Super Bock.
Tenho ouvido também bastante gente que me irrita, mas à qual tenho que tirar o chapéu por fazer boa música. 
Quem mais tem tocado por aqui, é o B Fachada. Decidi deixar-me de merdas e ouvir a música pela música. Gosto dele! É para mim dos melhores letristas que por aí temos nos dias que correm. E eu ainda ligo a essas coisas menores; as letras.
Outro que não me sai da cabeça é o FILHO DA MÃE. Tenho todas as razões para lhe chamar isso. Essencialmente porque a sua música me angustia. Vá-se lá perceber porque a oiço em repeat.
Entretanto descobri também que tenho ciúmes dos Los Hermanos. Tenho ouvido o disco ao vivo e é no mínimo arrepiante ouvir aquele público. Quero aquilo para mim!

E é isto que tenho ouvido, a par das restantes músicas da lista que se segue:

HEALTH – “USA boysâ€
Baths – “Hallâ€
FILHO DA MÃE – “Não sei desenhar barcosâ€
Los Hermanos – “Além do que se vꆖ ao vivo
B Fachada – “Há festa na moradiaâ€
Suckers – “Save your love for meâ€
Pedro the lion – “Second bestâ€
Portugal: the man – “The dead dogâ€
Les mystères des voix Bulgares – “Pilentze peeâ€
Moonspel – “Vampiriaâ€




Luís Filipe Rodrigues | Time Out Lisboa

É suposto estas dez cantigas documentarem o meu “agoraâ€, não é? Aquilo que tenho andado a ouvir, ou uma merda parecida, mesmo que daqui a uma semana não me lembre sequer das pessoas que as fizeram. Foi assim que me venderam a coisa, e é assim que eu a reproduzo. Faço anos dia 1 de Outubro e tenho saudades da escola primária.

1. Superchunk – Learned To Surf
Sim, a “Learned To Surf†chegou aos blogues há um ano ou coisa que valha, mas também está no Majesty Shredding que é o novo disco dos Superchunk (power-pop-punk sem grandes merdas, com tudo no sítio e um milhão de vezes melhor do que os Arcade Fire). Sublinhe-se que, passado um ano, continua a ser uma canção do caralho.

2. Pavement – Unseen Power of The Picket Fence
Aqui há uns tempos tive de escrever sobre os três primeiros álbuns dos R.E.M. (que aprecio). Curiosamente, quando o artigo saiu já os tinha voltado a arrumar no disco externo. O que é ainda mais curioso é que, passadas sete semanas, há uma semana ainda não tinha parado de ouvir esta canção dos Pavement sobre esses R.E.M. Ele há coisas.

3. Ducktails – Art Vandelay
Há quem, só pelo nome, vá logo dizer que é uma das canções do ano. Que é uma merda bué literata e pertinente, cenas. Ninguém quer saber. Como, espero eu, ninguém vai querer saber do facto de eu, bêbedo, achar que é uma das canções do ano e abusar das vírgulas. Reparem: isto não é incrível por causa da referência ao Seinfeld (just google it), mas à custa daquela base instrumental, da voz do Matt, a cantar como quem cantarola à beira-mar com os pés enterrados na areia, ou daquela tarde no Primavera, com os Real Estate e com esta malha a fazer-me pensar nos Promise Ring. Com um sorriso nos lábios.

4. Deerhunter – Helicopter
O Bradford Cox é um gajo porreiro. E sabe fazer canções do caralho.

5. Papa Topo – Oso Panda
Os Papa Topo são a melhor coisa que aconteceu ao twee espanhol desde que o Guille Milkyway foi ao festival da canção. Acho que os podia ter visto ao vivo e não o fiz.

6. Summer Camp – Was It Worth It
Posso ser o único, mas ainda não me fartei desta vaga de indie-pop revisionista com cheiro a praia, e muito menos destes Summer Camp. Conheço pelo menos uma pessoa que vai dizer que “dentro do péssimo até se ouveâ€. Eu acho só que é uma óptima canção pop.

7. Lil B – Im Burning
Confesso que durante uns bons cinco minutos achei que era boa ideia fazer uma playlist só com canções do Lil B. Entretanto achei que era uma ideia um bocado parva, mas agora começo a arrepender-me de não o ter feito, e se não tivesse despachado já sete textos sobre outras cantigas ainda voltava atrás. Mas não.

8. Branches – Cool Kids
Quero acreditar que toda a gente conhece a versão original dos Screeching Weasel, por isso não vou perder tempo a explicar o quão fiche aquilo é. Vou isso sim, recomendar o sacanço desta versão de Branches (projecto solitário do colega e amigo Pedro Rios, que é um fofo apesar de não gostar de brunches) mal ela saia numa compilação de versões chill de hinos punk da nossa juventude, ou lá o que é. Imaginem o original, troquem o tom ressabiado por uma dose valente de nostalgia, e juntem-lhe uma voz doce, enterrada em nuvens de feedback. Menor que três.

9. Yoñlu – Humiliation
Yoñlu é o nom de plume de Vinícius Gageiro Marques, um puto brasileiro que se suicidou em 2006. Tinha 16 anos. Porém não é por isso que veio aqui parar, até porque todos os dias se suicidam uns quantos putos (brasileiros, portugueses, japoneses, é escolher). Nada disso: está aqui porque fazia canções do caraças, com um computador, samples (quando a dada altura se ouve aquele discurso do Caetano é difícil não sentir coisas), voz e um par de instrumentos. Canções como esta, mais chonas do que dois Elliott Smiths, mais pegadiça do que um daqueles caramelos espanhóis e mais fácil do que a tua mãe.

10. Atom and His Package – Hats Off To Halford
E acabo com um clássico. Porque apesar disto ter passado ao lado de quase todo o mundo, o Adam era (e espero que continue a ser, algures naquele liceu onde dá aulas a putos parvos que certamente desconhecem o seu passado secretamente épico) um dos grandes. Porque com um sequenciador podre, uma voz fanhosa e umas quantas prateleiras cheias de clássicos do punk/hardcore fazia maravilhas destas, enquanto citava Screeching Weasel e dava os parabéns ao Rob Halford por assumir a sua mariquice no sempre homofóbico meio metaleiro.




Pedro Ramos | Radar

Aloe Blacc "Take Me Back": Grande revelação da Stones Throw, editora que não dá passos em falso, com Mayer Hawthorne e Dâm-Funk no currículo recente.

Arthur Russell "The Platform On The Ocean": O meu carro decidiu ouvi-lo numa noite de condução por Lisboa, vazia. E eu sigo sempre os conselhos do meu bólide.

Associates "Party Fears Two": Ninguém cantou ou cantará como o Billy Mackenzie. E nesta canção, em particular… Assombroso.

Chromeo & Ezra Koenig "I Could Be Wrong": São das minhas bandas pastilha-elástica preferidas. Ninguém soa como eles e depois, crucial factor de amor para a vida: não se levam demasiado a sério.

Clinic "Lion Tamer": Banda que no final dos anos 90 me entusiasmou muito e depois editou desilusão atrás de desilusão. O novo disco ainda está à prova, mas para já, esta canção recupera aquele rosnar da fase "Internal Wrangler" / "Walking With Thee".

Deerhunter "Helicopter": O Bradford Cox é um dos tipos mais neuróticos que já conheci e por isso mesmo entendemo-nos às mil maravilhas. A dele é a mais infinita das adolescências. Está a chegar a uma fase mais interessante, porque está a dizer adeus aos complexos e a esconder-se cada vez menos.

Iggy Pop "Nightclubbing": Iggy é muito pouco valorizado como letrista e eu defendo sempre o seu sentido de canção. Poucos fizeram tanto com tão pouco. São peças, as letras dele, obras-primas de Repetição. Tenho aliás, a letra do "No Fun" emoldurada numa parede lá de casa, para que saibam que falo a sério.

Linda Martini "Mulher A Dias": Estamos a viver uma das mais estimulantes fases da canção em português. E esta banda é essencial para que este Portugal evolua ainda mais. Esta canção, juntamente com "Belarmino" colocaram-nos já no topo da pirâmide. E ainda falta o resto do disco…

Sufjan Stevens "I Walked": Entusiasma-me muito este abraçar das electrónicas dele. Poderia aproximar-se perigosamente de um exercício sem rumo, mas assim, com canções como esta, consegue o mais difícil: a reinvenção.

Wolf Parade "Cave-O-Sapien": É a última canção de um dos meus discos preferidos deste ano. Quase que faz lembrar Variações, no início... Estão em estado de graça e são a banda que mais quero ver ao vivo nesta altura.




Gil Oliveira | Long Way to Alaska

"On and Ever Onward" Dirty Projectors + Bjork - Mount Wittenberg Orca (2010)
Caguei para a Björk, o coro das meninas é a cena e ponto final.
Recomendo para despertador, bom para começar o dia.

"Cast Into Unknown" Torche - Songs for Singles (2010)
No carro, semp'abrir, janela aberta, brisa a bater na cara, siga!

"Novias" El Guincho - Pop Negro (2010)
Por estranho que pareça fico deprimido a pensar no bombanço que podiam ter sido as minhas férias se o "Pop Negro" tivesse chegado às minhas mãos mais cedo.

"Maybe so, maybe no" Mayer Hawthorne - A Strange Arrangement (2009)
Passear a pé por aí com groove.

"The Underground In America" Pantera (The Great Southern Trendkill - 1996)
"Gesso" como diria o Cavalheiro.
Daquelas fases que um tipo volta e meia tem em ouvir malhas antigas, mas desta vez acaba a colar no álbum que menos gostava e dá nisto...

"Radar Detector" Darwin Deez - Darwin Deez (2009)
Excelente banda sonora para quem arranja uma namorada.

"Carne Picada" Mikado Lab - Coração Pneumático (2009)
Bom para quem tem empregos de escritório e pode ouvir música no trabalho, ou para montar mobília do IKEA.

"Marathon" Tennis - Baltimore EP (2010)
Desta vaga lo-fi de verão que já começa a saturar, destaco este belíssimo tema.

"Sleep Tight" Rollerskaters (2010)
Não há muito para dizer e pouco se sabe acerca deste moço.
Bonito e nostálgico.

"Armistice" Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix (2009)
Passado um ano volto a pegar neste disco e acabo por descobrir o meu tema preferido.
A música consegue ter a introdução mais pirosa e desinteressante de sempre mas quando entra o refrão... é amor.

"Aminals" Baths - Cerulean (2010)
Adoro sidechain em exagero.
Bom para ouvir no carro ao final do dia no regresso a casa.

"The Gaudy Side of Town" Gayngs - Relayted (2010)
Foi o balde de água fria que toda a gente levou nas férias.

"Milk White Air" J. Tillman - Cancer and Delirium (2008)
Deixei o melhor para o fim.
Na busca de algo mais para além de "Vacilando Territory Blues" e do mais recente "Year In the Kingdom", vi-me obrigado a ouvir o "Cancer and Delirium" que me passava completamente ao lado.
Acabo por descobrir um álbum cheio de mel.

 

© Angela Costa


Vitor Joaquim | Criador sonoro e visual / Investigador / Professor Universitário

Como sempre, na feitura de uma lista selectiva, coloca-se sempre a questão: que critério utilizar? Os discos da nossa vida? Com selecções estranhíssimas de temas que demoraríamos dois parágrafos a explicar cada um deles? Os últimos discos que andamos a ouvir? E se não ouvimos nada de novo há muito? Também pode acontecer que as ultimas coisa até nem são tão interessantes quanto o desejaríamos, e nem são merecedoras de uma playlist... Só essa viagem de procura de critérios e selecção, já é um delírio!

Pois bem, tendo que o fazer (e estas coisas fazem-se sempre com um gosto especial) o meu delírio incide sobre uma grelha muito simples. Escolhi temas de criadores que convidei para concertos programados ao longo dos últimos 10 anos no meu festival EME.

E porque uma das razões que sempre me motivou a fazer o festival, foi o dar a conhecer criadores portugueses e colocá-los em igualdade de circunstâncias com criadores estrangeiros (mesmo palco, mesmo som, mesmo tamanho de fonte no cartaz) vou seguir o mesmo critério, e fazer uma lista com 14 portugueses e um estrangeiro. Felizmente ou infelizmente, não estão todos, mas os que estão na lista, estiveram nos EME. Uma lista com a consciência de que o momento se adequa, e com um gozo especial em contrariar esta tendência de que em Portugal não há, e de que o que há, não tem dimensão internacional. Uma playlists Top de um país On, em estado Off.

autor | edição | tema

(ordem aleatória)

The Beautiful Schizophonic | Erotikon | Aysha
@c | Mus*****c | 68
Carlos Zíngaro | Caje of Sand | The Cities And The Dead
NNY | Oº | 01
Micro Audio Waves | Zoetrope | Speeding Ball
Osso Exótico | Osso Exótico V | Ciclo #1
Nuno Rebelo | Sábado 2 – Minimal Show | Deixou-se Beijar (E Sabia Coisas)
Vitriol | Sul - dedicated to Chris Marker | Sulipsism
Mosaique | Filare | Vitral
OCP - Operador de Cabine Polivalente | Rejects | Ejects
Emidio Buchinho | Toltech | Devotion
Draftank | Orange | 04
Manuel Mota | I Wish I’d Never Met You | Let me bring you down
Pedro Carneiro | Iannis Kenakis | Psappha pour "set" de percussions
Hauschka | Ferndorf | Schönes Mädchen
(a excepção estrangeira. Pretexto: brevemente no Maria Matos, valerá a pena espreitar :) )



Luís Fernandes | peixe : avião / The Astroboy / Old Jerusalem

Nós últimos tempos tenho dividido as minhas audições entre recordações, música que me tinha escapado até hoje e algumas novidades. Em relação às escolhas: 1) foi bom descobrir (com atraso) os Electric Prunes e os Roxy Music (menos superficialmente é claro); 2) os últimos discos de Emeralds, Zs, MGMT e Jon Hopkins (géniozinho?) encheram-me as medidas; 3) para atenuar a ansiedade de ouvir os seus novos trabalhos tenho recordado o Another Green World do Brian Eno e muita coisa do Sufjan Stevens. Para finalizar, em qualquer lista minha tenho de colocar os Sterolab e curto os The Alps para caraças. Abraços para o André. Aqui vai:

Brian Eno - I'll come running
Stereolab - Baby lulu
Jon Hopkins - Vessel
Sufjan Stevens - Holland
MGMT - Siberian breaks / It's working
Zs - Concert black
Emeralds - Candy Shoppe
Roxy Music - Chance meeting
The Alps - A manha na praia
The Electric Prunes - I had too much too dream last night



Tiago Sousa | Músico

Alinhei esta playlist com intenção de retratar o que me tem passado pelos ouvidos com mais insistência.

Tigrala – Djadja
John Coltrane – India
Morton Feldman – Durations
Arvo Pärt – Summa
Maurice Ravel – Un Barque sur l'ocean
Olivier Messiaen – Louange a l'Eternite de Jesus
Federico Mompou – Pour inspirer L'amour
Grizzly Bear – foreground
Nina Nastasia – Daytrip
Lopes-Graça – Acordai!
Igor Stravinsky (Le Sacre du Printemps) - Rondes Printanieres
Richard Skelton - Green Withins Brook
Frédéric Chopin – Nocturne no.7 in c#, Op.27 no.2
Chalres Ives - Quarter-Tone Pieces for 2 pianos
Wadada Leo Smith – Tastalun
Pharoah Sanders - The Creator Has a Master Plan
Don Cherry - Bra Joe From Kilimanjaro



Hugo Alfredo Gomes | wools / 

escolhi estas 15 músicas porque representam bem o que me encanta na música. fascina-me a experiência que é ouvi-las. não há aqui sonic youth, nem my bloody, nem stereolab, nem o elliott smith (o maior de sempre) nem outros assim que me educaram melhor do que qualquer professor que tenha tido.

escolhi-as porque me rebentam todo, porque me fazem sentir pequenino, porque me fazem chorar, porque me deixam num estado que às vezes nem consigo perceber muito bem, porque quando as ouço sinto espuma a subir-me pelas costas e nevoeiro na barriga. tenho a certeza que estas fizeram com que fosse uma pessoa um bocado melhor. não são "aquelas 15 que…coiso", nem as 15 músicas da minha vida, nem as do ano nem tão pouco as melhores 15 músicas para comer uma travessa de leitão. são estas 15 e são uma amostra fiel de quem as escolheu.

fennesz - made in hong kong (endless summer)
grouper - a cover over (dragging a dead deer up a hill)
ducktails - dancing with the one you love (ducktails)
julian lynch - ruth, my sister (mare)
ariel pink's haunted graffiti - among dreams (the doldrums)
kurt vile - breathing out (constant hitmaker)
panda bear - i'm not (person pitch)
belong - late night (colorloss record)
tim hecker - sea of pulses (an imaginary country)
gold panda - i'm with you but i'm lonely (lucky shiner)
fuck buttons - the lisbon maru (tarot sport)
deerhunter - spring hall convert (cryptograms)
mount eerie - cold mountain (dawn)
otis redding - ole man trouble (otis blue)
arvo part - fur alina (alina)



Lia Pereira | Blitz / Boa Noite e um Queijo (Rádio Zero)

Nem de propósito, quando recebi este convite do Bodyspace fizera, há poucos dias, uma daquelas compilações que pomposamente pretendemos que espelhem o «espírito dos tempos» (neste caso, o do Outono), acima de tudo servindo para partilharmos com os amigos algumas das músicas que mais aconchego ou desassossego nos têm trazido na presente temporada. E assim cheguei a uma playlist de 15 cançonetas, quase tudo fruta deste ano, polvilhada por um regresso aos anos 90 que é, em simultâneo, antecipação de um dos mais apetecíveis concertos que aí vêm (Greg Dulli, ex-Afghan Whigs, em Lisboa e Porto no mês de Novembro). Soa assim:

Caribou - Odessa
Ed Harcourt - Do As I Say Not As I Do
Department of Eagles - Brightest Minds
Horse Feathers - Belly of June
Laura Veirs - Wide-Eyed, Legless
Sun Kil Moon - You Are My Sun
The Walkmen - Stranded
Interpol - Try It On
The Afghan Whigs - Debonair
Sparklehorse com Julian Casablancas - Little Girl
Adrian Crowley - The Wishing Seat
Laura Marling - Devil's Spoke
Lloyd Cole - Like a Broken Record
The National - Walk-off
Alela e Alina - Matty Groves



Pedro Maia | p.ma

Não gosto muito de fazer listas nem de escrever sobre música, mas aqui está uma possível lista do que me vem de momento à cabeça. Sobre as músicas: elas falam por si e tudo o que poderia dizer não seria 1% do que elas representam para mim.

Evols - White (Evols, 2010)
Jacaszek - Lament (Treny, 2008)
Harmonia Eno '76 - Sometimes In Autumn (Shackleton Remix) (Harmonia & Eno '76 Remixes, 2009)
Thee Oh Sees - I Was Denied (Warm Slime, 2010)
Wooden Shjips - Motorbike (Dos, 2009)
Spectrum - We ask you to ride (War Sucks EP, 2009)
Karen O and the Kids - Igloo (Where the Wild Things Are, 2009)
Arthur Russell - The Platform on the Ocean (Calling Out of Context, 2004)
Pantha du Prince - Behind the Stars (Black Noise, 2010)
Felipe Venegas & Francisco Allendes - Llovizna (Llovina EP, 2009)
Guy Gerber & Luciano - Arcenciel (Versus, 2009)
Four Tet - Wing Body Wing (Ringer, 2008)
Hot Chip - One Life Stand (Carl Craig Remix) (2010)
Jacaszek - Resident Advisor Podcast (RA.192, 2010)
Terre Thaemlitz - Resident Advisor Podcast (RA.188, 2010)



Nelson Gomes | Filho Único / Gala Drop

Ariel Pink - Revolution's a Lie

C Cat Trance - I Looked For You
(Obrigado Zé)

Dunkelziffer - I Pinched Myself

Moussa Doumbia - Mokholou

Niagara - Onda Blue (ver video)

Ray Barreto - O elefante

Hype Williams - get choong and look at the sky

Excepter "Presidence" (não consigo enumerar uma música, o disco tem de ser ouvido de enfiada)
Podem encontrar o disco à venda na Flur

Jorge Ben - Amor de Carnaval

J Dilla - Crushin' (Yeeeeaah!)



Vítor Belanciano | Ãspsilon

Wyatt/Atzmon/Stephen – "At last i am free"
Teengirl Fantasy – "Cheaters"
Balam Acab – "See birds (Moon)"
Zola Jesus – "Sea talk"
Spoek Mathambo – "Tonite"
Bill Callahan – "Faith/void"
Glasser – "Home"
Salem – "King night"
How To Dress Well – "Lover’s start"
U2 – ‘Where the streets have no name’

É isto. É a minha lista deste momento. Porque nunca existiu tanta boa música e tantas formas de a viver, o que nem sempre significa saber fazê-lo. Sinto-me bem nestes tempos. O Robert Wyatt está aí porque é daqueles que está sempre, mesmo acompanhado. Bill Callahan porque andei a ouvir o seu último álbum, do ano passado salvo erro, este Verão. Gosto de descobrir discos a que não liguei nenhuma quando saíram. O Spoek Mathambo porque continuo a acreditar que a música tem muito a ver com dimensão física. Infelizmente Portugal é um pais de cultura e ditadura rock. É pena. Não pelas guitarras, dessas gosto, apesar de gostar mais do baixo, mas porque a história do rock é preguiçosa e mal contada. Os Teengirl, Balam, Zola, Glasser, Salem ou How To Dress Well porque, para mim, a música continua a valer pela surpresa, pela descoberta, pelo momento, mesmo que para a semana seja outro o momento, e qual é o problema? Os U2 porque vou vê-los no fim de semana e porque gosto da forma assumida e descomplexada como Bono está na música e porque ninguém aguenta ‘gourmet’ todos os dias. Há momentos em que uma pizza ou um Mac é que é.



Nicolai Sarbib | DJ, assina como CVLT

Este exercício serviu para me aperceber de algumas das minhas tendências e também confirmar a suspeita que tinha, que tenho tido muito pouco interesse pela maioria das coisas recentes que têm surgido. Provavelmente dos poucos lançamentos recentes que tenho ouvido, a "Sun" é um exemplo perfeito da criatividade fantástica de Daniel Snaith. Isto dito vivemos há muito tempo numa era de reciclagem, o Sr. Luke que faz os "young edits" fez um belo trabalho a re-apropriar esta música linda do Arthur Russell e falando em re-apropriações o re-edit da "Get to my baby" dos TBD, que acaba monstruosamente com um riff que me soa muito a algo saido da "Could you be loved" do Bob Marley, foi a música ao som da qual mais dancei estes últimos tempos e que teria de constar nesta lista.

Jazz é um termo abrangente, provavelmente dos géneros musicais mais ouvidos nesta casa, em tempos tive um professor que dizia que não trabalhava com ninguém que não soubesse reconhecer Miles Davis ou Coltrane, o Coltrane Jazz tem estado em constante rotação e nesta música ouvem-se bem os dedos de Wynton Kelly.

Bill Evans é um nome com o qual cresci e um que me há de acompanhar. Juntamente com o Koln Concert do Keith Jarrett diria que este é o disco que mais ouvi nos últimos anos, é provavelmente um dos principais exemplos do que me faz gostar tanto de música. "We will meet again" é uma música que Bill Evans dedica ao seu irmão, num dos seus últimos e mais incríveis discos.

Uma das maravilhas de se passar muito tempo em lojas de discos é o facto de estarmos constantemente a descobrir um sem fim de música que nunca julgámos existir, ao contrário de apenas olhar para um top 10 do iTunes ou algum site. Neste caso Phantomband foi algo que um amigo me mostrou há uns meses e que tive dificuldade em acreditar que não fosse algo esquecido do passado em vez de uma banda formada há uns anos por Jaki Liebezeit, baterista dos Can. Uns meses adiante descubro um novo release na Golf Channel records de um tal Domink Von Senger, um tipo curioso, que por coincidência, ou não, também fez parte dos Phantomband. A "No name" é um namoro psicadélico embalado num groove do além, tudo dito. Indispensável sempre, Map of Africa é a mancha de suor que é deixada numa cama após "o amor", de Thomas Bullock e Harvey Bassett só poderiam existir coisas boas.

Porque uma grande parte da minha vida se passa em locais com música pulsante e alta, e por vezes sou eu o responsável, esta música de Neurotic Drum Band é o apogeu de um revival do house do passado e a mistura perfeita de piano e uma espiral de acid house em crescendo tal como a "Can you feel it" dos Slight Delay é outro exemplo de como uma batida simples, um bom piano e uns sons do mar são tudo o que é preciso.
Não podia terminar sem deixar uma música do albúm de Gala Drop e citar algo que alguém disse recentemente em relação a este grupo: "um país de génios, o nosso".


1. Arthur Russell – "How We Walk On The Moon (Youth Return to Base Edit)"

2. TBD - "Get to my baby" (Try to find me)
3. Caribou - "Sun" (Odessa)
4. The O'Jays - "Back stabbers" (Back Stabbers)
5. Bill Evans - "We will meet again" (You Must Believe in Spring)
6. John Coltrane - "My shinning hour" (Coltrane Jazz)
7. Can - "I'm so green" (Ege Bamyasi)
8. Map of Africa - "Bone" (Map of Africa)
9. Phantomband - "I'm the one" (Freedom Speech)
10. Dominik Von Senger - "No Name"
11. Lia Ices - "(Un)chosen one" (Necima)
12. Neurotic Drum Band - "Robotic Hypnotic Adventure"
13. Slight Delay - "Can you feel it" (Cosmic Balearic Beats Vol. 2)
14. Gala Drop - "Parson" (Gala Drop)




André Tentugal | Realizador / Músico

1 - Brad Mehldau – Don’t be sad 
2 - David Axelrod – The Smile 
3 - Philip glass – The Secret Agent (soundtrack)
4 - The national – So Far Around the Bend
5 - Rotary Connection – We’re Going Wrong
6 - Serge Gainsbourg – Ah! Melody
7 – Avi Buffalo – Remember Last Time 
8 - Sebastien Tellier – Kissed by You
9 - Toro Y Moi – You Hid
10 - Someone Still Loves You Boris Yeltsin –Anna Lee
11 - El Perro Del Mar – Change of Heart
12 - Girls – Hellhole Ratrace
13 - Softlightes – Heart made of Sound
14 - Jackson C. Frank – Milk and Honey
15 – Elliott Smith – The White Lady Loves You More

Quando me pedes para fazer uma playlist do que tenho andado a ouvir recentemente o meu primeiro sentimento é extretamente egocêntrico porque realmente ultimamente não tenho ouvido muito mais do que as canções que ando a preparar para gravar. Fora essas há sempre canções que povoam ora o meu carro ora o meu mp3 portátil. Situam-se entre dois grupos principais: coisas já bem antigas e coisas mais ou menos recentes (que cheiram a velhinho) e que sobretudo me têm ajudado a ir buscar alguma inspiração para o que ando a fazer. Se quiser rotulá-las diria que estarão entre o soul, funk, pop e folk. Coisas calmas e bem melódicas que me criem conforto. É o que tenho procurado. E depois há o Elliott Smith, sempre claro.



Cláudia Duarte | Radar

Depois ter enviado uns 10 desenhos para o programa de televisão tendo todos eles sido ignorados na altura - o que é profundamente lamentável e até traumatizante - finalmente tenho o meu momento 'Agora Escolha'. Yeah!!

Guns and Roses - Garden of Eden
Como estou em estágio para o concerto, tenho ouvido este tema durante aquele período demoníaco depois da hora de almoço em que nem com dois Ristrettos lá vou. Lifesaver!

The Roots & John Legend - Hard Times
Os The Roots têm álbum novo logo são dos mais ouvidos, ponto final parágrafo.

Monarchy - Gold in The Fire + Miami Horror - Sometimes + Metronomy - Heartbreaker (Kris Menace Remix)
Só posso dizer que estas três músicas me fazem profundamente feliz. Há já vários meses que chego ao ponto de estar uma hora a ouvi-las non stop. Os sintetizadores lambuzados são como os gelados da Santini, as pastilhas da Droste ou as faláfeis do meu Conde Barão, e sem a chatice óbvia que estas delícias provocam. São temas 'Incha, desincha e passa' mas, agora, OBRIGADO Monarchy, Miami Horror e Metronomy.

Gonzales - Bottom of The Pops
Há uma semana um amigo mostrou-me como se podia alterar o som do final dos renders no After Effects. Desde então que é esta a minha escolha. Não há nada como um render sem erros ao som de Mr. Gonzo, acreditem (mesmo os que não partilham a geekiness).

B Fachada - Kit de Prestigitação
Custou mas foi, estou rendida a ele. Acho as letras totalmente desarmantes. O equilíbrio entre o humor e a total ausência de cinismo transmite uma honestidade que já não achava possível nas letras em português. Lindo! JP Simões do meu coração finalmente tens 'concorrência' e que bom para todos nós.

Queen - Bohemian Rapsody
Este tema está na lista não porque o ouça muito mas porque é a música que todos os dias, involuntariamente, tenho cantado ao volante do meu carro desde que o meu auto radio foi indevidamente levado por um anonimo.

Ute Lemper - Stranger Here Myself + Momus - "I Want You but I Don't Need You"
Nos últimos tempos ando a recuperar alguns dos álbuns que mais ouvia durante o tempo de faculdade e que, consequentemente, passava na ruC. O primeiro, hoje como há 10 anos, continua a ser um preferido para pôr o eyeliner de manhã e para me fazer sentir uma movie star. O segundo continua um dos meus mais amados temas reversíveis, ou seja, aperta-me o coração quando presto atenção à letra e dá-me aquele feeling 'shalala', que tanto gosto, quando me só me concentro na melodia. Acho que devia ser um hino ás relações urbano-qualquer coisa.

Grum - Through the Night (The Swiss Menergy Remix)
Este tema foi uma sugestão do meu querido amigo Hugo Moutinho, my own private musical Marcelo Rebelo de Sousa. São 46 segundos até ao rebentar da música (e que 46 segundos). O que vem a seguir faz-me dançar que nem louca. Mr. Mitsuhirato nunca falha.



Henrique Amaro | Radialista da Antena 3, director artístico da Optimus Discos

Antes da música, um gigante Salvé para os donos deste espaço que tal como os melhores tatuadores ajudam Portugal a ficar mais bonito.
Vamos lá.

The Black Keys "Everlasting Light"
Conhecia as capas dos discos mas nunca lhes tinha dado atenção. Um destes dias apanhei o meu colega Nuno Calado a tocar esta canção na rádio e acho um discaço.

Linda Martini "Juventude Sónica"
Estes meus amigos sabem o quanto gosto deles e deram-me uma cópia “legalizada†do novo disco. Esta canção é isso mesmo “Sonic Youth†by Linda Martini. Oba oba.

The Grasspoppers "Complicação Dub" Produzir um disco de dub enquanto a televisão transmite o campeonato do mundo de futebol é só por si uma ideia inusitada. Resultou num belo disco de dub tuga.

Wavves "Linus Spacehead"
Mais um nome que apareceu em conversa nos corredores da radio e que me tem dado muito prazer em ouvir.

Mendes & João Só "Sofia por Ela Própria"
Poderá parecer sacrilégio nestas paragens mas estes rapazes conhecem melhor os Beatles que o próprio McCartney. E é tão fácil adivinhar o acorde que vem a seguir.

Seu Jorge and Almaz “Cirandarâ€
Voltei a reconciliar-me com o Seu Jorge com este disco e esta nova banda que inclui dois dos meus músicos favoritos, o guitarrista Lúcio Maia e o baterista Pupilo.
Dub tropical semi-tóxico.

The Cure “Untitledâ€
Este Verão comprei a edição especial do Disintegration e voltei a ter 20 anos. Primeiro pingo nostálgico.

Tiago Guillul “Praia Verdeâ€
Fiz da nostalgia do Tiago Guillul a minha nostalgia.
Quando a escuto só me lembro de álcool , sexo, drogas e do “Sunday Bloody Sunday†dos U2 que tocavam na discoteca da Praia Verde.
Acho que depois disto o Guillul vai excomungar esta canção da sua discografia.
Segundo e último pingo nostálgico.

Sol Hoopii “Kings Serenadeâ€
Gosto muito de stell guitar na sua vertente havaiana. Andei anos à procura de discos dentro do estilo e este ano encontrei o Sol Hoopii uma autoridade na material. A gravação é de 1933. Valeu a procura.

Maximum Ballon “Apartment wrestlingâ€
Acho que estamos a passar por um período de descrédito em relação ao papel do produtor talvez devido ao controle individual que cada músico pensa ter sobre a sua música. Eu continuo a ser um fan de produtores e o David Sitek está no pódio. Este seu disco não é grande coisa mas adquiri-lo era o mínimo que podia fazer por tudo o que me tem dado. Viva Sitek.

Salto “Por ti demaisâ€
Um baixo, uma guitarra e “umas†programações. A promissora receita dada por dois putos (sem ofensa) para construir a nova pop portuguesa. Estarei cá para ouvir.

Gal Costa “Divino Maravilhosoâ€
Este Verão andei a ler a história da Tropicália e dobrei o meu respeito pelo Caetano Veloso e pelo Gilberto Gil.
À Gal Costa apresento as minhas desculpas por nunca ter reparado na sua voz fatal. Esta canção tem quase 50 anos mas cabe nesta lista como uma luva.
Está na minha lista de hoje, agora, já.



Francisco Silva | Old Jerusalem

Ora bom, a playlist é um bocadito limitada, e o contexto é mesmo este: estou em Madrid e a Ryanair tem um limite de 15 kg para as malas, pelo que a discografia é limitada. Ora então, 2 preferidas de cada um dos únicos 5 discos que trouxe esta semana:

- Sun Kil Moon "Blue Orchids"
- Sun Kil Moon "Moorestown"
ambas do April
- Van Morrison "Warm love"
- Van Morrison "Wild children"
ambas do Hard nose the highway
- Grand Salvo "Needles"
- Grand Salvo "Sea"
ambas do Soil creatures
- Kevin Devine "Haircut"
- Kevin Devine "Probably"
ambas do Split the country, split the street
- Van Morrison "Fair play"
- Van Morrison "Bulbs"
ambas do Veedon fleece



Pedro Guimarães | Mr. Cookie

Chris Rea - Josephine (Groove Armada remix)
Dusty Springfield - Baby Blue (Horse Meat Disco edit)
Glasser - Apply
Jonathan Jeremiah - Happiness (Quiet Village remix)
Juan Maclean - Feel So Good
Little Dragon - Twice
Moderat - Rusty Nails
Nice Nice - See Waves
Solid Gold - Armoured Cars
The Bird Day - Thirsty
The Count & The Sinden feat. The Mystery Jets - After Dark
Violens - Spectator & Pupil (RAC Remix)
Washed Out - New Theory
Wave Machines - I Go, I Go, I Go
Yeasayer - Wait For The Summer

Fazer listas era algo habitual em mim noutras vidas, mas com o passar dos anos (e dos discos) desabituei-me de tal prática/vício/hábito/tique (riscar com veemência o que não interessa) chegando mesmo ao ponto de passar deliberadamente ao lado de quase todas as listas que veja publicadas.

Porquê então estas linhas...? Porque o pessoal do Bodyspace é porreiro e porque com isto já quase que cheguei aos caracteres que me pediram!

A música? Há aqui para muitos estados de espírito, conceitos de como passar o tempo e praticamente todas elas já foram tocadas em DJ Sets meus. Ah e pasme-se, uma ou outra até merece uma escutadela!



José Alberto Gomes | Nimai

1 - Caribou - Jamelia
2 - LCD Soundsystem - Someone Great
3 - Nathan Fake - Charlie's House
4 - Apparat – Fractales
5 - Animal Collective – Fireworks
6 - Alva Noto + Ryuichi Sakamoto – Berlin
7 - The Knife - One For You
8 - Death from above 1979 - Blood on our hands
9 - The Books -Thirty Incoming
10 - M83 - Highway of Endless Dreams - 
11 - Fuck Buttons – Surf Solar
12 - Delia Gonzalez & Gavin Russom – Relevee
13 - Efterklang - Step aside
14 - Dan Deacon - Wham City
15 - Alice Coltrane - Ptah, the El Daoud

Ora aqui vai a playlist do momento! (se fosse daqui a uma semana podia ser outra)! Claro está que é impossível escolher 15, ainda para mais quando dizem para privilegiar música recente mas que na verdade posso escolher o que quiser! Para agravar considero-me um velho do Restelo que gosta de ouvir sempre os mesmo discos (obrigado Sara e Nuno por me fazerem a triagem do que está a sair). A partir daqui escolhi dois tipos de música: aquelas que me fazem sair para dançar que nem um louco, aquelas que me fazem não sair porque sou um tipo lamechas, e uma para não ficar a ideia de que não se fazia boa música antes de 2003. Acho que faltam um milhão de músicas aqui. Todas elas têm muito que se diga, umas por serem geniais ou por serem a representação sonora de um momento, mas tenho que distinguir o melhor fim de álbum que me lembre com a "Jamelia" de Caribou, a "Wham City", quem ficar parado ao som desta música não pode ser boa gente, e a "One for You" que ainda não compreendi como é que um álbum de 2003 pode continuar a ser surpreendente.


Parceiros