Os Equations foram passear pela Europa e as fotografias que restam da epopeia no cada vez mais omnipresente Instagram são enganadoras. Algures pelo caminho, tal qual um Paul McCartney, o quinteto de Frozen Caravels acabou morto e irreconhecível numa qualquer valeta suja e imediatamente substituído, com a conivência dos comparsas SAUR, por outros cinco tipos de aspecto e traje idêntico, de forma a perpetuar o mito da banda que juntamente com um tipo seminu deu um dos melhores concertos do Milhões de Festa 2011.


Os Equations que se apresentaram quinta-feira no Musicbox não eram os Equations que aprendemos a amar e insultar em doses repartidas; algures no âmago desta nova aventura que deverá marcar o seu segundo disco cuja data de edição ainda não se dignaram a revelar ainda há uma ligeira matemática aplicada aos riffs, mas que é atordoada pela nova festarola em modo space/prog que só permite um único pensamento, sem qualquer tipo de conotação positiva ou negativa: o que é isto?. Vamos precisar de algumas audições a mais para tentar percebê-los. Já eles não deverão precisar de muito mais para serem grandes. Que o diga o puto que no final lhes foi pedir autógrafos.


Os Black Bombaim continuam os Black Bombaim (bom, nos cartazes de antecipação do evento foram por momentos os Black Bombain) e cada vez há menos formas de descrever os seus concertos. Eis umas palavras-chave: stoner, riffs, jam, exploração, #tojónãovás, "jarda do caralho" e "Barcelos é demais". O trio continua a dominar os palcos a seu bel-prazer com a pujança de Titans; se é verdade que a semana foi passada a ouvir os monstros Earthless, não menos verdade é que os minhotos a nada devem a Isaiah Mitchell e demais. No dia em que tocarem juntos o planeta implode.