Father John Misty
Teatro Municipal, Vila do Conde
12- Dez 2012
Quem esperava um Joshua Tillman virado para si mesmo, tímido e recatado (como o seu disco de estreia parece sugerir), tirou o cavalinho da chuva (quem se terá lembrado desta?) desde muito cedo. Joshua Tillman é todo cowboy, todo homem selvagem, com bom-humor e com dance moves dignas de respeito. O que ao princípio foi um pouco constrangedor, acabou por ser surpreendente e até perfeitamente normal (apesar de alguns exageros).
Ah, a música. Ao vivo, neste caso com banda, Father John Misty agiganta-se – é mais do que óbvio. Mais rock, mais intenso, mais tudo. Até as canções menos interessantes de Fear Fun soaram rejuvenescidas em Vila do Conde, mais vitais, mais urgentes. As intermitências do primeiro disco enquanto Father John Misty desvaneceram e o concerto foi um contínuo de intensidade e interesse. Resumindo: Father John Misty nasceu para estar em cima dos palcos.
Ouvir as canções de Father John Misty é um bocado como ouvir um disco de She & Him ou até de M. Ward – entre tantas outras possibilidades: sai-se com aquela sensação de se ter crescido toda a vida a ouvir aquelas mesmas canções. Não outras parecidas. Aquelas mesmas. E, sim, isto é um elogio. Sempre com a América no horizonte, folk e country ao barulho. Foi tudo tão americano – seja lá o que isto quer dizer – que a certa altura até pareceu que Conan O'Brien ia entrar em palco, dar uma palmada nas costas de Joshua Tillman e dizer-lhe: “do caralho, pá”. E teria razões para isso.
© Angela Costa
Ah, a música. Ao vivo, neste caso com banda, Father John Misty agiganta-se – é mais do que óbvio. Mais rock, mais intenso, mais tudo. Até as canções menos interessantes de Fear Fun soaram rejuvenescidas em Vila do Conde, mais vitais, mais urgentes. As intermitências do primeiro disco enquanto Father John Misty desvaneceram e o concerto foi um contínuo de intensidade e interesse. Resumindo: Father John Misty nasceu para estar em cima dos palcos.
© Angela Costa
Ouvir as canções de Father John Misty é um bocado como ouvir um disco de She & Him ou até de M. Ward – entre tantas outras possibilidades: sai-se com aquela sensação de se ter crescido toda a vida a ouvir aquelas mesmas canções. Não outras parecidas. Aquelas mesmas. E, sim, isto é um elogio. Sempre com a América no horizonte, folk e country ao barulho. Foi tudo tão americano – seja lá o que isto quer dizer – que a certa altura até pareceu que Conan O'Brien ia entrar em palco, dar uma palmada nas costas de Joshua Tillman e dizer-lhe: “do caralho, pá”. E teria razões para isso.
· 14 Dez 2012 · 01:54 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
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