Festival Fukushima! - Flags Across Borders - Kay Grant + Sabu Toyozumi / Bing Selfish / Sean O´Hagan / Lepke B
Café Oto, Londres
14 Ago 2012
Na casa da música improvisada (e outras) em Londres, o famoso Café Oto, a noite é de consciência. As entradas para a última noite do Festival Fukushima! - Flags Across Borders (programado por Ed Baxter da Resonance FM), como o próprio nome indica, destinavam-se a ajudar as vítimas do desastre nuclear acontecido em território japonês. A ideia foi de Otomo Yoshihide, conhecido e celebrado improvisador nipónico, presente apenas nas palavras de quem foi apresentando os quatro concertos da noite.
Depois de 10 minutos pouco interessantes à volta da voz a cru de Kay Grant e de um instrumento de duas cordas tocado com arco por Sabu Toyozumi, tudo muda. Durante vinte minutos, mais coisas menos coisa, como um relâmpago, Sabu Toyozumi na bateria (brilhantemente, diga-se) e Kay Grant na voz (agora processada com mil e quinhentos efeitos) parem uma parede sonora avassaladora e de uma intensidade irresistível. Apesar do belo desempenho de Kay Grant, o destaque vai todo para Sabu Toyozumi, um verdadeiro furacão na bateria e verdadeiro motor da improvisação.
De repente um momento de humor. Bing Selfish, de ukulele nas mãos, canta canções sobre o sistema financeiro e o estado do mundo que diz serem inéditas, provoca o público, enfia piada atrás de piada e sai do palco passado quatro temas e alguma risota do público. Seguiu-se Sean O´ Hagan, mais conhecido por ser a voz dos High Llamas (que deram ao mundo o belíssimo Cold and Bouncy, entre outros discos), para apresentar um pequeno conjunto de canções, só à guitarra (sem outras ajudas, como um computador, que admitiu ter pensado trazer). Num alinhamento curto mas delicioso, Sean O´Hagan, sem grandes piadas na algibeira, apresentou um alinhamento simpático que incluiu “Cookie Bay” e “Take my hand” (de Talahomi Way, o mais recente disco dos High Llamas) e outras delicias. Curtinho mas bonito.
A fechar a noite e o festival, algo insólito. Lepke B (outrora membro dos Die Trip Computer Die), disparou canções de um CDJ, cantou por cima das mesmas, ensaiou scratch usando o mesmo CDJ e ainda experimentou uns passinhos de dança. Ouviu-se Dire Straits, tropicalismos vários, algum rock psicadélico, um sem fim de piadas e fechou-se com bom humor uma noite em que todos os olhares estavam todos postos no o Japão.
Kay Grant + Sabu Toyozumi © Angela Costa |
Depois de 10 minutos pouco interessantes à volta da voz a cru de Kay Grant e de um instrumento de duas cordas tocado com arco por Sabu Toyozumi, tudo muda. Durante vinte minutos, mais coisas menos coisa, como um relâmpago, Sabu Toyozumi na bateria (brilhantemente, diga-se) e Kay Grant na voz (agora processada com mil e quinhentos efeitos) parem uma parede sonora avassaladora e de uma intensidade irresistível. Apesar do belo desempenho de Kay Grant, o destaque vai todo para Sabu Toyozumi, um verdadeiro furacão na bateria e verdadeiro motor da improvisação.
Bing Selfish © Angela Costa |
De repente um momento de humor. Bing Selfish, de ukulele nas mãos, canta canções sobre o sistema financeiro e o estado do mundo que diz serem inéditas, provoca o público, enfia piada atrás de piada e sai do palco passado quatro temas e alguma risota do público. Seguiu-se Sean O´ Hagan, mais conhecido por ser a voz dos High Llamas (que deram ao mundo o belíssimo Cold and Bouncy, entre outros discos), para apresentar um pequeno conjunto de canções, só à guitarra (sem outras ajudas, como um computador, que admitiu ter pensado trazer). Num alinhamento curto mas delicioso, Sean O´Hagan, sem grandes piadas na algibeira, apresentou um alinhamento simpático que incluiu “Cookie Bay” e “Take my hand” (de Talahomi Way, o mais recente disco dos High Llamas) e outras delicias. Curtinho mas bonito.
Sean O´Hagan © Angela Costa |
A fechar a noite e o festival, algo insólito. Lepke B (outrora membro dos Die Trip Computer Die), disparou canções de um CDJ, cantou por cima das mesmas, ensaiou scratch usando o mesmo CDJ e ainda experimentou uns passinhos de dança. Ouviu-se Dire Straits, tropicalismos vários, algum rock psicadélico, um sem fim de piadas e fechou-se com bom humor uma noite em que todos os olhares estavam todos postos no o Japão.
Lepke B © Angela Costa |
· 28 Ago 2012 · 14:22 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
ÚLTIMAS REPORTAGENS
ÚLTIMAS