Kim Gordon & Ikue Mori / Margarida Garcia
Galeria Zé dos Bois, Lisboa
31 Jul 2012
No final do ano passado a notÃcia caiu como uma bomba. O casal mais adorável do rock anunciou a separação. Ficou a dúvida sobre o futuro dos Sonic Youth, ficámos tristes, sentimo-nos órfãos. Ficámos com medo que ele e ela deixassem de nos visitar. Este ano ambos resolveram fazer-nos uma visita, embora separados, com diferença de poucos meses. Em Março passado Thurston levou ao Teatro da Trindade (concerto promovido pela ZDB) as suas canções imaculadas. E agora foi a vez de Kim nos visitar.
A baixista mais sexy do rock (sim, o tÃtulo continua válido quase aos 60) subiu ao palco do aquário acompanhada da japonesa Ikue Mori, manipuladora electrónica ligada à área da improvisação. Trocando o baixo pela guitarra eléctrica, à qual se juntava pontualmente a voz, Gordon fornecia material sonoro (riffs, acordes, feedback, palavras, guinchos, gemidos) que Ikue processava em tempo real, transformando os inputs de Kim em loops, em matéria moldada. Mori acrescentava ainda outras texturas electrónicas autónomas, numa massa sonora mutante. Entre Kim e Ikue nascia uma música visceral, uma amálgama que ia sendo electronicamente processada e adulterada.
Na primeira parte actuou a lusa Margarida Garcia, em formato solo, acompanhada apenas pelo seu contrabaixo eléctrico. Apresentando o seu novo disco The Leaden Echo, Margarida encheu o aquário com o som nebuloso gerado pelo seu contrabaixo. O seu fabuloso trabalho com o arco é ainda mais evidente neste formato solo, sobressaindo a riqueza daquelas paisagens assombradas.
© LuÃs Martins |
A baixista mais sexy do rock (sim, o tÃtulo continua válido quase aos 60) subiu ao palco do aquário acompanhada da japonesa Ikue Mori, manipuladora electrónica ligada à área da improvisação. Trocando o baixo pela guitarra eléctrica, à qual se juntava pontualmente a voz, Gordon fornecia material sonoro (riffs, acordes, feedback, palavras, guinchos, gemidos) que Ikue processava em tempo real, transformando os inputs de Kim em loops, em matéria moldada. Mori acrescentava ainda outras texturas electrónicas autónomas, numa massa sonora mutante. Entre Kim e Ikue nascia uma música visceral, uma amálgama que ia sendo electronicamente processada e adulterada.
© LuÃs Martins |
Na primeira parte actuou a lusa Margarida Garcia, em formato solo, acompanhada apenas pelo seu contrabaixo eléctrico. Apresentando o seu novo disco The Leaden Echo, Margarida encheu o aquário com o som nebuloso gerado pelo seu contrabaixo. O seu fabuloso trabalho com o arco é ainda mais evidente neste formato solo, sobressaindo a riqueza daquelas paisagens assombradas.
· 02 Ago 2012 · 20:08 ·
Nuno Catarinonunocatarino@gmail.com
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