Nisennenmondai / Lobster
Galeria Zé dos Bois, Lisboa
07 Dez 2011
Lisboa é merda, ponto um: seja pelo público na sua maioria imóvel quando, no meio do aquário da ZdB, estão os Lobster a rasgar e a matar a réstia de saudades que terÃamos deles, especialmente quem não os viu no Milhões, e é necessário um grito de é só meninos! por parte de um conhecido cantautor da nossa praça para ver algo minimamente semelhante a um moshpit, ou seja pelas bocas cliché e sem piada quando ao palco sobem três japonesas - arigatô! konnichiwa! ataka ataka! (o Fernando Rocha nunca teve piada, filhos da puta), Lisboa e seu público serão sempre merda. A nossa falta de paciência em constatá-lo só é inferior ao gozo que nos dá escrever isto repetidamente.
Lisboa é merda, ponto dois: apenas e só porque não é o Milhões, e a ânsia de ver os Lobster na sua segunda encarnação não era tão grande como a que se sentia em julho, nem o convÃvio era o mesmo (ver ponto um); mas o duo continua a ser incrÃvel e quem estava lá para os testemunhar no inÃcio continua a sorrir tão largamente como da primeira vez. Valha-nos isso, a nós e à cidade. A voltagem sexualmente transmissÃvel de faixas como "Fossils" ou "Farewell Chewbacca" mantém a sua força - ou, quem sabe, talvez esteja até mais forte hoje do que antes. A prova? Nem o amplificador aguentou antes da última faixa, expondo toda a crueza do ritmo como ditado por Ricardo Martins. O novo disco já era para ontem.
Lisboa é merda, ponto três: aqui já é mais um caso de ZdB I love you mas os teus horários are bringing me down; para quem mora na Santa Terriola, 23h é demasiado tarde para se poder ver um concerto por inteiro (ainda para mais tendo começado com um ligeiro atraso). Ainda assim, houve tempo para saber quem eram as Nisennenmondai, nome tão trava-lÃnguas quanto o idioma do paÃs de onde vêm, e trio feminino de pujança mutant disco que soa a espaços como uma versão rock de "The Bells" de Jeff Mills ou uns Can de Future Days mais agressivos. As três faixas que pudemos ouvir eram todas repetitivas, simples, dançáveis: excelentes, portanto. Mais não se pede. E eram todas lindas, todas, incluindo a baixista que mais parecia um rapazinho. O fetiche por asiáticas não nos deixa mentir.
Lisboa é merda, ponto dois: apenas e só porque não é o Milhões, e a ânsia de ver os Lobster na sua segunda encarnação não era tão grande como a que se sentia em julho, nem o convÃvio era o mesmo (ver ponto um); mas o duo continua a ser incrÃvel e quem estava lá para os testemunhar no inÃcio continua a sorrir tão largamente como da primeira vez. Valha-nos isso, a nós e à cidade. A voltagem sexualmente transmissÃvel de faixas como "Fossils" ou "Farewell Chewbacca" mantém a sua força - ou, quem sabe, talvez esteja até mais forte hoje do que antes. A prova? Nem o amplificador aguentou antes da última faixa, expondo toda a crueza do ritmo como ditado por Ricardo Martins. O novo disco já era para ontem.
Lisboa é merda, ponto três: aqui já é mais um caso de ZdB I love you mas os teus horários are bringing me down; para quem mora na Santa Terriola, 23h é demasiado tarde para se poder ver um concerto por inteiro (ainda para mais tendo começado com um ligeiro atraso). Ainda assim, houve tempo para saber quem eram as Nisennenmondai, nome tão trava-lÃnguas quanto o idioma do paÃs de onde vêm, e trio feminino de pujança mutant disco que soa a espaços como uma versão rock de "The Bells" de Jeff Mills ou uns Can de Future Days mais agressivos. As três faixas que pudemos ouvir eram todas repetitivas, simples, dançáveis: excelentes, portanto. Mais não se pede. E eram todas lindas, todas, incluindo a baixista que mais parecia um rapazinho. O fetiche por asiáticas não nos deixa mentir.
· 09 Dez 2011 · 10:28 ·
Paulo CecÃliopauloandrececilio@gmail.com
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