Clubbing Optimus
Casa da Música, Porto
15 Jan 2011
O primeiro Clubbing Optimus de 2011 reservava um menu que agradava ao menino e à menina, e a todo um público bastante distinto. Por um preço único de 10 euros havia quem se tivesse deslocado à Casa da Música para apanhar os Jazzanova em 2011 à procura de um novo caminho através da soul (de razoável colheita, diga-se, a ver pelo disco editado em 2008); para ouvir as canções melancólicas e assinadas por um homem apenas de Noiserv; com o intuito de perceber onde as explorações pop levaram Armando Teixeira no novo disco de Balla; para ver Lindstrøm a distribuir lições de culinária disco no restaurante; e para apalpar o pulso à Barcelos ruidosa pelas mãos dos Glockenwise e Black Bombaim.
Dos Jazzanova e os Glockenwise não há motivos de reportagem pelo simples facto de imprevistos terem acontecido a este que assina o texto, mas a crer pelos relatos terão ambos cumprido os seus papéis: uns de redenção através da folk, outros de dar um pontapé no rock ‘n’ roll português. No que aos Black Bombaim diz respeito, a recta final do concerto que deram depois dos compadres barcelenses provou, como noutros concertos recentes, que este power trio minhoto é a maior e mais destrutiva máquina de riffs que Portugal teve a sorte de testemunhar nos últimos anos. O novo disco, com convidados de luxo diz-se por aí, deverá colocar os Black Bombaim onde estes merecem; nem que a aprovação tenha de vir lá de fora primeiro, como costuma acontecer neste pedacinho de terra à beira-mar plantado.
Na Sala Cyber havia quem se amontoasse para entrar no mundo que as canções de Noiserv sugere e que os desenhos que a prima Diana Mascarenhas concretiza. Demasiada gente impediu quem assina de perceber melhor até que ponto David Santos conseguiu convencer a multidão de gente que o seguiu até àquele cantinho mas a julgar pelas reacções entre canções parece que Noiserv já é um nome mais do que confirmado na música portuguesa. Uma Sala Suggia, que parece cada vez mais aposta para o Clubbing, muito bem composta e com sede de dança recebeu Armando Teixeira e os seus Balla para uma sessão de esclarecimentos de duvidas acerca de Equilíbrio, o seu mais recente filho. Mas porque no restaurante Lindstrøm começou pouco depois a sua viagem pelo disco resgatado finalmente não deu para perceber se Balla é neste momento tudo aquilo que Armando Teixeira tem para dar. Mas que havia gente em pé a dançar entusiasticamente ai isso havia.
Lindstrøm no restaurante foi toda uma festa bem regada com álcool, gente bonita e disco do bom. Batidas para todos os gostos, com criteriosa gestão de esforço, belas ambiências e a vontade que Lindstrom se apresente sem falta com Christabelle, com quem o norueguês assinou o delicioso Real Life Is No Cool. E foi esse o último retrato da noite. Este texto em jeito de reportagem repleto de relatos incompletos e inconsistentes resulta não só de alguns imprevistos de última hora mas também da evidência – e da prova - é que este Optimus Clubbing continua, apesar de tudo, a ser uma bandeira de ecletismo na oferta da Casa da Música e na noite do Porto, entendida enquanto coisa capaz de albergar cultura. Se mais noites houvesse assim no Porto não seria nada má ideia.
Dos Jazzanova e os Glockenwise não há motivos de reportagem pelo simples facto de imprevistos terem acontecido a este que assina o texto, mas a crer pelos relatos terão ambos cumprido os seus papéis: uns de redenção através da folk, outros de dar um pontapé no rock ‘n’ roll português. No que aos Black Bombaim diz respeito, a recta final do concerto que deram depois dos compadres barcelenses provou, como noutros concertos recentes, que este power trio minhoto é a maior e mais destrutiva máquina de riffs que Portugal teve a sorte de testemunhar nos últimos anos. O novo disco, com convidados de luxo diz-se por aí, deverá colocar os Black Bombaim onde estes merecem; nem que a aprovação tenha de vir lá de fora primeiro, como costuma acontecer neste pedacinho de terra à beira-mar plantado.
Na Sala Cyber havia quem se amontoasse para entrar no mundo que as canções de Noiserv sugere e que os desenhos que a prima Diana Mascarenhas concretiza. Demasiada gente impediu quem assina de perceber melhor até que ponto David Santos conseguiu convencer a multidão de gente que o seguiu até àquele cantinho mas a julgar pelas reacções entre canções parece que Noiserv já é um nome mais do que confirmado na música portuguesa. Uma Sala Suggia, que parece cada vez mais aposta para o Clubbing, muito bem composta e com sede de dança recebeu Armando Teixeira e os seus Balla para uma sessão de esclarecimentos de duvidas acerca de Equilíbrio, o seu mais recente filho. Mas porque no restaurante Lindstrøm começou pouco depois a sua viagem pelo disco resgatado finalmente não deu para perceber se Balla é neste momento tudo aquilo que Armando Teixeira tem para dar. Mas que havia gente em pé a dançar entusiasticamente ai isso havia.
Lindstrøm no restaurante foi toda uma festa bem regada com álcool, gente bonita e disco do bom. Batidas para todos os gostos, com criteriosa gestão de esforço, belas ambiências e a vontade que Lindstrom se apresente sem falta com Christabelle, com quem o norueguês assinou o delicioso Real Life Is No Cool. E foi esse o último retrato da noite. Este texto em jeito de reportagem repleto de relatos incompletos e inconsistentes resulta não só de alguns imprevistos de última hora mas também da evidência – e da prova - é que este Optimus Clubbing continua, apesar de tudo, a ser uma bandeira de ecletismo na oferta da Casa da Música e na noite do Porto, entendida enquanto coisa capaz de albergar cultura. Se mais noites houvesse assim no Porto não seria nada má ideia.
· 18 Jan 2011 · 00:08 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
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