Thieves Like Us
Plano B, Porto
25 Set 2010
Os Thieves Like Us são bons tipos, sinceros, honestos. E o novo disco, Again and Again, é também um conjunto de canções despretensiosas, para dançar sentado ou em pé, consciente de um ou outro gamanço à história da música (como o nome da banda parece indicar), mas honesto, e com algum groove. É, a espaços, um belo disco de canções pop que recriam ambientes dos anos 80, para não fugir à moda do momento. Recriar esse espírito que reside em Again and Again, mesmo com uma banda ao vivo (baixo, guitarra, bateria electrónica), não se apresentava como uma tarefa fácil, embora haja canções no disco que gritam para ter uma experiência suada e intensa em cima de um palco.
Num Plano B não cheio mas bastante apresentável os Thieves Like Us deram um concerto curto, a espaços intenso, mas que não conseguiu não deixar a impressão de que tudo poderia ter sido um pouco melhor. Aquela que é a melhor canção de Again and Again, “Never Known Love” foi precisamente aquela que foi servida em condições menos interessantes. Felizmente uma canção como “Shyness”, com as suas formas douradas e circulares, compensou ao ser entregue de uma forma crua e directa, a espaços até visceral. A forma despreocupada como não tentam recriar o que está em registado em disco é um ponto a favor, mas, sem que se perceba muito bem porquê, o todo, ainda que com algumas partes entusiasmantes, resulta um pouco “a meio gás”.
Resumindo: os Thieves Like Us podiam dar bons concertos mas dão concertos um pouco acima da média. São óptimos entertainers, proporcionam momentos de escape e fuga, mas precisam de alguma coisa que falta. Há um novo membro na mistura que lhes dá mais liberdades e um corpo mais consistente, mas falta mais aos Thieves Like Us para um convencimento total. E este até talvez seja o disco certo para alcançar a conquista. E o ano certo. Não fosse 2010 o ano de todos os revivalismos.
Num Plano B não cheio mas bastante apresentável os Thieves Like Us deram um concerto curto, a espaços intenso, mas que não conseguiu não deixar a impressão de que tudo poderia ter sido um pouco melhor. Aquela que é a melhor canção de Again and Again, “Never Known Love” foi precisamente aquela que foi servida em condições menos interessantes. Felizmente uma canção como “Shyness”, com as suas formas douradas e circulares, compensou ao ser entregue de uma forma crua e directa, a espaços até visceral. A forma despreocupada como não tentam recriar o que está em registado em disco é um ponto a favor, mas, sem que se perceba muito bem porquê, o todo, ainda que com algumas partes entusiasmantes, resulta um pouco “a meio gás”.
Resumindo: os Thieves Like Us podiam dar bons concertos mas dão concertos um pouco acima da média. São óptimos entertainers, proporcionam momentos de escape e fuga, mas precisam de alguma coisa que falta. Há um novo membro na mistura que lhes dá mais liberdades e um corpo mais consistente, mas falta mais aos Thieves Like Us para um convencimento total. E este até talvez seja o disco certo para alcançar a conquista. E o ano certo. Não fosse 2010 o ano de todos os revivalismos.
· 02 Out 2010 · 15:54 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
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