Vana Trio & Brazilian Percussion
Auditório de Espinho, Espinho
16 Mai 2007
Espinho já merecia um sítio assim. Para ajudar a colmatar o vazio cultural inexplicável de que a cidade padece há muitos anos. Chama-se Auditório de Espinho e é parte integrante da Academia de Música de Espinho. Foi inaugurado muito recentemente e já contou com uma actuação de, por exemplo, Brigada Victor Jara e receberá o sueco Jay-Jay Johanson em Junho. Promete ser um local de referência para quem não vive assim tão perto de cidades como Braga, Famalicão, Guimarães ou mesmo o Porto, cidade que na verdade até fica ali tão perto. O belíssimo auditório apresenta umas condições técnicas e logísticas excelentes para se assistir a um concerto (com a excepção, vá lá, das cadeiras). Resta esperar que a programação continue a afirmar-se pela sua qualidade e pertinência.
Depois de terem actuado no Hot Club em Lisboa na noite anterior, o Vana Trio subiu até Espinho para apresentar o jazz registado em discos como A New Day e Small Regrets. Mas não veio sozinho. Werner "Vana" Gierig no piano, Gene Jackson na bateria e Sean Conly no contrabaixo tiveram a participação especial de Vinicius Barros, o paulista que representava a tal Brazilian Percussion. No início não transpareceu muito da tal percussão com sotaque brasileiro – apenas o jazz esperado de um trio composto por um piano inspirado, por uma bateria e por um contrabaixo. Melodioso, fortemente rítmico e, a espaços, belo. Só algures a meio da actuação é que Vinicius Barros ganhou maior protagonismo e trouxe cor brasileira a um palco em bom funcionamento. Aí, Vinicius Barros brilhou ao trazer ao Auditório de Espinho a inconfundível marca brasileira dos ritmos e do samba.
O próprio Vana, como é conhecido, dirigiu-se ao público em português (com toque do Brasil), idioma que confessou conhecer ligeiramente. Nos intervalos das peças foi contando as histórias que possibilitaram a criação deste trio actual, da adição da percussão brasileira e de algumas temáticas invisíveis de certos temas, como o caso de um dedicado a pessoas que ajudam outras voluntariamente noutros países que não o seu. Mas havia ainda mais convidados. Um violoncelista e um violinista que mostraram bom serviço em duas peças compostas por Vana, mais planantes e menos jazzisticas que na maior parte das ocasiões – especialmente no primeiro tema. Momento a destacar perto do final: o trio original numa espécie de aula de percussão sob a batuta de Vinicius Barros. Numa actuação que ultrapassou e bem 1 hora de concerto (com encore incluído), Vana Trio, com uma actuação muito positiva, foi boa luz na candeia cultural que Espinho parece querer segurar.
Depois de terem actuado no Hot Club em Lisboa na noite anterior, o Vana Trio subiu até Espinho para apresentar o jazz registado em discos como A New Day e Small Regrets. Mas não veio sozinho. Werner "Vana" Gierig no piano, Gene Jackson na bateria e Sean Conly no contrabaixo tiveram a participação especial de Vinicius Barros, o paulista que representava a tal Brazilian Percussion. No início não transpareceu muito da tal percussão com sotaque brasileiro – apenas o jazz esperado de um trio composto por um piano inspirado, por uma bateria e por um contrabaixo. Melodioso, fortemente rítmico e, a espaços, belo. Só algures a meio da actuação é que Vinicius Barros ganhou maior protagonismo e trouxe cor brasileira a um palco em bom funcionamento. Aí, Vinicius Barros brilhou ao trazer ao Auditório de Espinho a inconfundível marca brasileira dos ritmos e do samba.
O próprio Vana, como é conhecido, dirigiu-se ao público em português (com toque do Brasil), idioma que confessou conhecer ligeiramente. Nos intervalos das peças foi contando as histórias que possibilitaram a criação deste trio actual, da adição da percussão brasileira e de algumas temáticas invisíveis de certos temas, como o caso de um dedicado a pessoas que ajudam outras voluntariamente noutros países que não o seu. Mas havia ainda mais convidados. Um violoncelista e um violinista que mostraram bom serviço em duas peças compostas por Vana, mais planantes e menos jazzisticas que na maior parte das ocasiões – especialmente no primeiro tema. Momento a destacar perto do final: o trio original numa espécie de aula de percussão sob a batuta de Vinicius Barros. Numa actuação que ultrapassou e bem 1 hora de concerto (com encore incluído), Vana Trio, com uma actuação muito positiva, foi boa luz na candeia cultural que Espinho parece querer segurar.
· 16 Mai 2007 · 08:00 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
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