DISCOS
Wolf Eyes
Human Animal
· 07 Nov 2006 · 08:00 ·
Wolf Eyes
Human Animal
2006
Sub Pop
Sítios oficiais:
- Sub Pop
Human Animal
2006
Sub Pop
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Wolf Eyes
Human Animal
2006
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Human Animal
2006
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Segundo disco dos Wolf Eyes pela Sub Pop é mais um carimbo na viagem pelas áreas mais obscuras do som. Sejam bem-vindos ao Terror Tank.
Terror Tank não é propriamente um nome que suscite imagens positivas. Rapidamente remete para a guerra, para as máquinas, para o terrorismo. Terror Tank é o nome pelo qual os Wolf Eyes, infants terribles da norte-americana Sub Pop, conhecem e apelidam o seu próprio estúdio de gravação, ou seja, a cave onde tudo acontece para John Olson, Nate Young e, recentemente, Mike Connelly (dos Hair Police e da editora Tundra), que no inicio de 2005 substituiu Aaron Dilloway, que chegou ainda a fazer parte do processo de mistura do novo disco. Com a mudança de membro, o segundo disco dos Wolf Eyes pela Sub Pop surgia com acrescidos motivos de interesse – e de certa maneira dúvida – no sentido de se saber que caminho seguiriam. Como de costume, disco de Wolf Eyes é sinónimo de imprevisibilidade e, na maior parte das vezes, de soco no estômago.
Antes de mais, Human Animal tem de ser um dos títulos mais apropriados e ilustrativos dos últimos anos. Assenta que nem uma luva às construções híbridas e indefiníveis dos camaleónicos Wolf Eyes. Em cima de ambiências frias de “A Million Years”, as batidas metálicas e o saxofone (livre) de John Olson criam cenários de destruição, sublinhados no final pelo dilatar do ruído e da tensão. O espaço é frio e sem emoções, algures em 2015. “Human Animal”, o tema que dá nome ao disco, liga a visão nocturna e detecta no raio de visão criaturas grotescas e ruído processado e maquinal. “Rusted Mange” segue o mesmo caminho mas aumenta a dose violência e de brutalidade, quase a remeter para o death-metal. “Rusted Mange” é uma sucessão brusca de rajadas de ruído onde se juntam vozes em registo de desespero.
O saxofone do tema de abertura (“A Million Years”) volta a marcar presença em “Leper War”, a abrir caminho por entre os escombros e seres não reconhecíveis. A finalizar, “Noise not Music”, uma versão dos No Fucker é ainda outra descarga brutal (e trashy), algo semelhante às experiências que a banda proporciona quando se apresenta ao vivo. Em disco, no presente, agora, mais do que nunca, Human Animal é um passo em frente em relação a Burned Mind, de uma banda que se recusa a andar para trás no tempo.
André GomesAntes de mais, Human Animal tem de ser um dos títulos mais apropriados e ilustrativos dos últimos anos. Assenta que nem uma luva às construções híbridas e indefiníveis dos camaleónicos Wolf Eyes. Em cima de ambiências frias de “A Million Years”, as batidas metálicas e o saxofone (livre) de John Olson criam cenários de destruição, sublinhados no final pelo dilatar do ruído e da tensão. O espaço é frio e sem emoções, algures em 2015. “Human Animal”, o tema que dá nome ao disco, liga a visão nocturna e detecta no raio de visão criaturas grotescas e ruído processado e maquinal. “Rusted Mange” segue o mesmo caminho mas aumenta a dose violência e de brutalidade, quase a remeter para o death-metal. “Rusted Mange” é uma sucessão brusca de rajadas de ruído onde se juntam vozes em registo de desespero.
O saxofone do tema de abertura (“A Million Years”) volta a marcar presença em “Leper War”, a abrir caminho por entre os escombros e seres não reconhecíveis. A finalizar, “Noise not Music”, uma versão dos No Fucker é ainda outra descarga brutal (e trashy), algo semelhante às experiências que a banda proporciona quando se apresenta ao vivo. Em disco, no presente, agora, mais do que nunca, Human Animal é um passo em frente em relação a Burned Mind, de uma banda que se recusa a andar para trás no tempo.
andregomes@bodyspace.net
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